DATA DA PUBLICAÇÃO 27/02/2015 | Veículos
Dono reavê Fusca que tirou ele, a irmã e os 2 filhos da maternidade
Em 'O carro da minha vida', internauta fala do carro da avó, de 1973.
Ele teve que abrir mão do xodó da família, mas conseguiu recomprá-lo.
O Fusca 1973 amarelo atravessou gerações na família de Elisandro Pastoriza, de Porto Alegre. Comprado zero quilômetro pela avó paterna dele, o carro levou o pai dele ao casamento, em 1974, tirou ele (em 1977) e a irmã (em 1980) da maternidade, foi o transporte para o primeiro encontro dele com a mulher e também levou os filhos dele para casa (em 2005 e 2007), após o nascimento.
Porém, ainda em 2007, Pastoriza teve de abrir mão do "Fuca" porque não tinha como transportar os dois filhos com as cadeirinhas corretas. Viveu, então, 8 anos de intensa saudade, "vigilância" sobre os novos donos no Orkut, e, finalmente, há menos de 1 mês, conseguiu reaver o xodó da família. Em troca do Fusca, deu uma Brasília 1976.
O 'roubo' do Fusca
Pastoriza "namorava" o Fusca da vó Ilza desde a adolescência, quando podia tirá-lo da garagem, colocá-lo na rua e limpar a carroceria e os bancos em tom caramelo, "um padrão bem raro de fábrica", conservado até hoje.
Tinha 14 anos quando 'roubei' o Fusca, minha avó estava viajando... Tive que vender duas bicicletas que eu tinha para pagar o conserto do para-lama"
Elizandro Pastoriza
Sua lembrança mais marcante daquela época foi quando, aos 14 anos, "roubou" o carro. "Eu era escoteiro, e estava chovendo, o pessoal estava indo a pé, eu ia de ônibus. Minha avó estava viajando e resolvi pegar o Fusca e saí com ele, com 4 amigos dentro. Morávamos numa zona rural e, na primeira curva, surgiu um cavalo", conta.
"Eu virei o carro pra outro lado, não consegui mais retomar o controle e caímos numa vala. Atolou o Fusca. Tive que voltar a pé para casa e chamar o meu pai para rebocá-lo. Levei a maior bronca e tive que vender duas bicicletas que eu tinha, para pagar o conserto do para-lama."
Primeiro encontro
Em 2003, como Pastoriza estava sem carro, acabou ganhando o Fusca amarelo da avó, hoje com 92 anos. Foi nele que o consultor de vendas foi ao primeiro encontro com a futura esposa. "Quando eu fui buscá-la, no Centro da cidade, e ela viu o carro, fez uma cara...", diverte-se. "Depois ela se apegando também. Uma vez tive uma proposta de trocar o Fusca por um Fiesta e, quando a pessoa foi até a nossa casa para vê-lo, ela já saiu na porta chorando."
Até o filho mais velho de Pastoriza, de 10 anos, é fã do carro. "Ele desenha Fusca todo dia. Um dia, minha esposa viu um quadro de um Fusca amarelo e perguntou se ele queria comprar, mas ele falou: 'De que adianta, se não temos mais o carro?'", lembra o pai.
Ele teve que abrir mão do xodó da família, mas conseguiu recomprá-lo.
O Fusca 1973 amarelo atravessou gerações na família de Elisandro Pastoriza, de Porto Alegre. Comprado zero quilômetro pela avó paterna dele, o carro levou o pai dele ao casamento, em 1974, tirou ele (em 1977) e a irmã (em 1980) da maternidade, foi o transporte para o primeiro encontro dele com a mulher e também levou os filhos dele para casa (em 2005 e 2007), após o nascimento.
Porém, ainda em 2007, Pastoriza teve de abrir mão do "Fuca" porque não tinha como transportar os dois filhos com as cadeirinhas corretas. Viveu, então, 8 anos de intensa saudade, "vigilância" sobre os novos donos no Orkut, e, finalmente, há menos de 1 mês, conseguiu reaver o xodó da família. Em troca do Fusca, deu uma Brasília 1976.
O 'roubo' do Fusca
Pastoriza "namorava" o Fusca da vó Ilza desde a adolescência, quando podia tirá-lo da garagem, colocá-lo na rua e limpar a carroceria e os bancos em tom caramelo, "um padrão bem raro de fábrica", conservado até hoje.
Tinha 14 anos quando 'roubei' o Fusca, minha avó estava viajando... Tive que vender duas bicicletas que eu tinha para pagar o conserto do para-lama"
Elizandro Pastoriza
Sua lembrança mais marcante daquela época foi quando, aos 14 anos, "roubou" o carro. "Eu era escoteiro, e estava chovendo, o pessoal estava indo a pé, eu ia de ônibus. Minha avó estava viajando e resolvi pegar o Fusca e saí com ele, com 4 amigos dentro. Morávamos numa zona rural e, na primeira curva, surgiu um cavalo", conta.
"Eu virei o carro pra outro lado, não consegui mais retomar o controle e caímos numa vala. Atolou o Fusca. Tive que voltar a pé para casa e chamar o meu pai para rebocá-lo. Levei a maior bronca e tive que vender duas bicicletas que eu tinha, para pagar o conserto do para-lama."
Primeiro encontro
Em 2003, como Pastoriza estava sem carro, acabou ganhando o Fusca amarelo da avó, hoje com 92 anos. Foi nele que o consultor de vendas foi ao primeiro encontro com a futura esposa. "Quando eu fui buscá-la, no Centro da cidade, e ela viu o carro, fez uma cara...", diverte-se. "Depois ela se apegando também. Uma vez tive uma proposta de trocar o Fusca por um Fiesta e, quando a pessoa foi até a nossa casa para vê-lo, ela já saiu na porta chorando."
Até o filho mais velho de Pastoriza, de 10 anos, é fã do carro. "Ele desenha Fusca todo dia. Um dia, minha esposa viu um quadro de um Fusca amarelo e perguntou se ele queria comprar, mas ele falou: 'De que adianta, se não temos mais o carro?'", lembra o pai.
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