DATA DA PUBLICAÇÃO 19/10/2012 | Cidade
Donisete e Vanessa empatam em Mauá
A disputa pelo comando da Prefeitura de Mauá é a mais acirrada do Grande ABC. É o que mostra a primeira pesquisa de intenções de voto feita pelo Diário no segundo turno. Donisete Braga (PT) e Vanessa Damo (PMDB) aparecem tecnicamente empatados, dentro da margem de erro de três pontos percentuais.
O petista está numericamente à frente no levantamento. Na sondagem estimulada, Donisete soma 41,5%, contra 39,7% da adversária. Brancos e nulos atingem 9,7%. Indecisos contabilizam 9,1%. Este último percentual deverá ser decisivo para o resultado das urnas no dia 28, quando será realizado o segundo turno.
Nos votos válidos, que excluem brancos e nulos, Donisete registra 51,1%, ante 48,9% de Vanessa. Este é o sistema utilizado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para publicar o resultado da eleição. No caso da pesquisa, a quantidade de indecisos também é eliminada neste cenário.
PREFERÊNCIAS - Curiosamente, o estudo mostra um paradoxo entre o eleitorado dos candidatos. A maioria dos homens entrevistados declarou votar em Vanessa (44,8%, contra 41,1% de Donisete). Já o petista tem vantagem entre as mulheres: 41,9% contra 35% da peemedebista.
A pesquisa sacramenta Vanessa como a preferida entre os mais pobres. Dos que responderam possuir rendimento familiar de até um salário-mínimo (R$ 622), 44,9% disseram votar na peemedebista e 34% em Donisete. O petista dá o troco nas famílias que concentram mais de cinco salários-mínimos por mês (R$ 3.110): 48% a 32,8%.
A tendência reflete no quadro por nível de escolaridade. Donisete lidera com folga entre os que ostentam diploma universitário: 48,7% a 27,6%. Vanessa detém a preferência de analfabetos e dos que não concluíram o Ensino Fundamental: 44,2% a 39,1%.
Por faixas de idade, Donisete alcança os melhores índices entre os que possuem 16 ou 17 anos (50% a 40%) e no eleitorado entre 45 e 59 anos (45,8% a 37,5%). Já Vanessa lidera entre os jovens de 18 a 24 anos (45,9% a 33,1%) e entre os idosos (42,5% a 38,6%).
O Diário ouviu 1.070 pessoas ontem. A pesquisa foi registrada no TSE sob o protocolo SP-01863/2012.
CAMINHOS DISTINTOS - Após figurar em segundo lugar em todas as pesquisas, Donisete Braga venceu o primeiro turno com 38,34% dos votos válidos, contra 33,9% de Vanessa Damo. Depois da votação do dia 7, o petista manteve o discurso de comparação entre os três governos do PT (todos encabeçados pelo prefeito Oswaldo Dias) com os dois de Leonel Damo, pai de Vanessa.
A peemedebista, que passou o turno inicial se esquivando das provocações dos adversários, começou a atacar o rival e a apostar na desconstrução da campanha de Donisete para vencer a eleição, inclusive tentando atrelar a candidatura adversária ao escândalo do Mensalão.
Alianças não garantem transferência automática de votos
Alianças firmadas no segundo turno da eleição à Prefeitura de Mauá não garantiram a transferência automática de votos aos candidatos apoiados. A pesquisa do Diário mediu o percentual de migração dos sufrágios conquistados pelos oito prefeituráveis que concorreram no primeiro turno.
Terceiro colocado na votação do dia 7, Atila Jacomussi (PPS) declarou apoio a Donisete Braga (PT). A expectativa do petista é a de que seu novo aliado transfira à sua candidatura a maior parte dos 26.520 votos conquistados no primeiro turno.
O levantamento, contudo, indica que a maior fatia da votação conquistada por Atila (38,9%) tende a ser transferida para Vanessa Damo (PMDB), sua afilhada de casamento, com quem rompeu politicamente nesta eleição. A Donisete sobrariam 28,9%.
Os votos de Irmão Ozelito (PTB), que terminou o primeiro turno em quarto lugar (conquistou 16.238 sufrágios, ou 8,17% dos válidos), seriam distribuídos em escalas iguais: 32,6% a cada candidato que avançou ao segundo turno. O petebista foi o primeiro a se posicionar na etapa final, aderindo ao projeto de Vanessa.
Entre os anúncios de apoio, o único que surtiu o efeito desejado foi o de José Silva (Psol). Ele declarou voto em Donisete nesta semana. Segundo a sondagem, 66,7% dos votos conquistados pelo socialista no primeiro turno tendem a ser transferidos ao petista e 22,2% a Vanessa. Porém, este cenário não causa impacto pela baixa votação obtida por José Silva: 2.202 votos (1,11% dos válidos).
A pesquisa também traçou paralelo com as votações obtidas por Donisete e Vanessa no primeiro turno. Dos que revelaram ter votado no petista, 93,8% responderam que pretendem manter a posição no segundo turno. Já entre os que votaram na peemedebista, 90,6% disseram seguir o sufrágio.
Outros três ex-candidatos seguem neutros: Edimar da Reciclagem (PSDB), Paulo Bio (PV) e Diniz Lopes (PR).
AVALIAÇÃO DE GOVERNO - A aprovação do governo do prefeito Oswaldo Dias (PT) segue oscilando positivamente dentro da margem de erro. No levantamento, 23,7% responderam aprovar a administração petista (3,7% de ótimo e 20% de bom). O índice era de 22,1% em julho, caiu para 18,8% em agosto, atingiu 21% em setembro e variou para 22,8% no início do mês.
Por outro lado, a reprovação à gestão também segue oscilando para cima, chegando aos 46% (13,2% de ruim e 32,8% de péssimo). O percentual era de 43,5% em julho, 42,8% em agosto, 44,2% em setembro e 44,6% no início do mês.
O percentual de entrevistados que avaliaram o governo como regular soma 27,3%, sendo 8,7% mais para bom e 8,6% mais para ruim. Outros 3% não souberam responder.
O petista está numericamente à frente no levantamento. Na sondagem estimulada, Donisete soma 41,5%, contra 39,7% da adversária. Brancos e nulos atingem 9,7%. Indecisos contabilizam 9,1%. Este último percentual deverá ser decisivo para o resultado das urnas no dia 28, quando será realizado o segundo turno.
Nos votos válidos, que excluem brancos e nulos, Donisete registra 51,1%, ante 48,9% de Vanessa. Este é o sistema utilizado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para publicar o resultado da eleição. No caso da pesquisa, a quantidade de indecisos também é eliminada neste cenário.
PREFERÊNCIAS - Curiosamente, o estudo mostra um paradoxo entre o eleitorado dos candidatos. A maioria dos homens entrevistados declarou votar em Vanessa (44,8%, contra 41,1% de Donisete). Já o petista tem vantagem entre as mulheres: 41,9% contra 35% da peemedebista.
A pesquisa sacramenta Vanessa como a preferida entre os mais pobres. Dos que responderam possuir rendimento familiar de até um salário-mínimo (R$ 622), 44,9% disseram votar na peemedebista e 34% em Donisete. O petista dá o troco nas famílias que concentram mais de cinco salários-mínimos por mês (R$ 3.110): 48% a 32,8%.
A tendência reflete no quadro por nível de escolaridade. Donisete lidera com folga entre os que ostentam diploma universitário: 48,7% a 27,6%. Vanessa detém a preferência de analfabetos e dos que não concluíram o Ensino Fundamental: 44,2% a 39,1%.
Por faixas de idade, Donisete alcança os melhores índices entre os que possuem 16 ou 17 anos (50% a 40%) e no eleitorado entre 45 e 59 anos (45,8% a 37,5%). Já Vanessa lidera entre os jovens de 18 a 24 anos (45,9% a 33,1%) e entre os idosos (42,5% a 38,6%).
O Diário ouviu 1.070 pessoas ontem. A pesquisa foi registrada no TSE sob o protocolo SP-01863/2012.
CAMINHOS DISTINTOS - Após figurar em segundo lugar em todas as pesquisas, Donisete Braga venceu o primeiro turno com 38,34% dos votos válidos, contra 33,9% de Vanessa Damo. Depois da votação do dia 7, o petista manteve o discurso de comparação entre os três governos do PT (todos encabeçados pelo prefeito Oswaldo Dias) com os dois de Leonel Damo, pai de Vanessa.
A peemedebista, que passou o turno inicial se esquivando das provocações dos adversários, começou a atacar o rival e a apostar na desconstrução da campanha de Donisete para vencer a eleição, inclusive tentando atrelar a candidatura adversária ao escândalo do Mensalão.
Alianças não garantem transferência automática de votos
Alianças firmadas no segundo turno da eleição à Prefeitura de Mauá não garantiram a transferência automática de votos aos candidatos apoiados. A pesquisa do Diário mediu o percentual de migração dos sufrágios conquistados pelos oito prefeituráveis que concorreram no primeiro turno.
Terceiro colocado na votação do dia 7, Atila Jacomussi (PPS) declarou apoio a Donisete Braga (PT). A expectativa do petista é a de que seu novo aliado transfira à sua candidatura a maior parte dos 26.520 votos conquistados no primeiro turno.
O levantamento, contudo, indica que a maior fatia da votação conquistada por Atila (38,9%) tende a ser transferida para Vanessa Damo (PMDB), sua afilhada de casamento, com quem rompeu politicamente nesta eleição. A Donisete sobrariam 28,9%.
Os votos de Irmão Ozelito (PTB), que terminou o primeiro turno em quarto lugar (conquistou 16.238 sufrágios, ou 8,17% dos válidos), seriam distribuídos em escalas iguais: 32,6% a cada candidato que avançou ao segundo turno. O petebista foi o primeiro a se posicionar na etapa final, aderindo ao projeto de Vanessa.
Entre os anúncios de apoio, o único que surtiu o efeito desejado foi o de José Silva (Psol). Ele declarou voto em Donisete nesta semana. Segundo a sondagem, 66,7% dos votos conquistados pelo socialista no primeiro turno tendem a ser transferidos ao petista e 22,2% a Vanessa. Porém, este cenário não causa impacto pela baixa votação obtida por José Silva: 2.202 votos (1,11% dos válidos).
A pesquisa também traçou paralelo com as votações obtidas por Donisete e Vanessa no primeiro turno. Dos que revelaram ter votado no petista, 93,8% responderam que pretendem manter a posição no segundo turno. Já entre os que votaram na peemedebista, 90,6% disseram seguir o sufrágio.
Outros três ex-candidatos seguem neutros: Edimar da Reciclagem (PSDB), Paulo Bio (PV) e Diniz Lopes (PR).
AVALIAÇÃO DE GOVERNO - A aprovação do governo do prefeito Oswaldo Dias (PT) segue oscilando positivamente dentro da margem de erro. No levantamento, 23,7% responderam aprovar a administração petista (3,7% de ótimo e 20% de bom). O índice era de 22,1% em julho, caiu para 18,8% em agosto, atingiu 21% em setembro e variou para 22,8% no início do mês.
Por outro lado, a reprovação à gestão também segue oscilando para cima, chegando aos 46% (13,2% de ruim e 32,8% de péssimo). O percentual era de 43,5% em julho, 42,8% em agosto, 44,2% em setembro e 44,6% no início do mês.
O percentual de entrevistados que avaliaram o governo como regular soma 27,3%, sendo 8,7% mais para bom e 8,6% mais para ruim. Outros 3% não souberam responder.
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