DATA DA PUBLICAÇÃO 08/07/2015 | Economia
Dólar sobe ante real, de olho em China e Grécia
Na véspera, a moeda norte-americana fechou vendida a R$ 3,1825.
Divisa chegou a atingir R$ 3,20 nesta terça-feira, maior valor em 3 meses.
O dólar subia ante o real nesta quarta-feira (8), em meio a preocupações com a fraqueza das bolsas da China, que investidores temem poder indicar desaceleração mais firme na segunda maior economia do mundo, e com a crise da dívida da Grécia.
Às 15h57, a moeda norte-americana subia 1,1%, a R$ 3,2175 na venda. Na máxima do dia, o dólar atingiu R$ 3,2382, maior nível desde 31 de março no intradia, quando foi a R$ 3,2695 na venda. Veja cotação.
Desaceleração na China
"A forte correção nos mercados acionários da China pode ser indício de uma desaceleração mais ampla do gigante asiático, e quem deve sofrer com isso são aqueles países exportadores de commodities [produtos básicos], como o Brasil", escreveu em nota a clientes o operador Jefferson Luiz Rugik, da corretora Correparti.
Nesta quarta-feira, a Bolsa de Xangai fechou em baixa de 5,90%, em um clima de pânico, apesar das novas medidas das autoridades e da suspensão da cotação de quase 1.300 títulos do mercado chinês. O índice de referência perdeu 219,93 pontos, a 3.507,19 unidades, depois de operar em queda de 8% durante a sessão. A Bolsa de Shenzhen fechou em baixa de 2,50%.
As bolsas de valores chinesas têm protagonizado uma queda livre nas últimas sessões, com empresas correndo para escapar do desastre, tendo suas ações suspensas e os principais índices acionários do país despencando, após o regulador alertar sobre um "sentimento de pânico" apoderando-se de investidores.
Nesse contexto, o dólar se fortalecia em relação a moedas como os pesos chileno e mexicano. No Brasil, o movimento era muito mais intenso, com investidores citando fluxo de saída de divisas.
Além disso, operadores afirmaram que a escalada da moeda norte-americana nesta sessão e na anterior ativou uma série de operações automáticas de compra de dólares para limitar perdas de investidores (o chamado "stop-loss").
"O mercado vinha em um movimento de baixa. Uma alta forte como essa faz mais estrago nesses casos, porque pega o mercado de surpresa", disse o operador de uma corretora internacional, que falou sob condição de anonimato.
Grécia
A Grécia tem até o final da semana para chegar a um acordo com os europeus para conseguir ajuda financeira, afirmou nesta terça-feira (7) o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, após reunião dos lideres da zona do euro em Bruxelas.
No último dia 30, expirou o programa de ajuda à Grécia, existente desde 2012 e firmado por um mecanismo criado pelos europeus para ser temporário, o EFSF. A Grécia ainda tinha € 1,8 bilhão a receber por esse mecanismo, mas o governo recusou as reformas exigidas, que incluíam aumento de impostos e cortes nas aposentadorias.
Avanço frente ao real
Em junho, a divisa norte-americana acumulou queda de 2,46% em relação ao real, após ter saltado quase 20% neste ano até o fim de maio.
A Verde Asset Management destacou em seu relatório mais recente do Fundo Verde que considera como equivocada a avaliação de investidores estrangeiros de que o real já corrigiu tudo o que deveria e considera que o dólar tem espaço para subir ainda mais por aqui.
Mais cedo, o Banco Central (BC) deu continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em agosto, com oferta de até 6 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares.
Na véspera, a moeda norte-americana fechou vendida a R$ 3,1825, em alta de 1,28% sobre o fechamento na véspera. Na máxima do dia chegou a ser negociada a R$ 3,20 – o maior valor em cerca de três meses. Em 31 de março, o dólar fechou no valor de venda em R$ 3,2080.
Divisa chegou a atingir R$ 3,20 nesta terça-feira, maior valor em 3 meses.
O dólar subia ante o real nesta quarta-feira (8), em meio a preocupações com a fraqueza das bolsas da China, que investidores temem poder indicar desaceleração mais firme na segunda maior economia do mundo, e com a crise da dívida da Grécia.
Às 15h57, a moeda norte-americana subia 1,1%, a R$ 3,2175 na venda. Na máxima do dia, o dólar atingiu R$ 3,2382, maior nível desde 31 de março no intradia, quando foi a R$ 3,2695 na venda. Veja cotação.
Desaceleração na China
"A forte correção nos mercados acionários da China pode ser indício de uma desaceleração mais ampla do gigante asiático, e quem deve sofrer com isso são aqueles países exportadores de commodities [produtos básicos], como o Brasil", escreveu em nota a clientes o operador Jefferson Luiz Rugik, da corretora Correparti.
Nesta quarta-feira, a Bolsa de Xangai fechou em baixa de 5,90%, em um clima de pânico, apesar das novas medidas das autoridades e da suspensão da cotação de quase 1.300 títulos do mercado chinês. O índice de referência perdeu 219,93 pontos, a 3.507,19 unidades, depois de operar em queda de 8% durante a sessão. A Bolsa de Shenzhen fechou em baixa de 2,50%.
As bolsas de valores chinesas têm protagonizado uma queda livre nas últimas sessões, com empresas correndo para escapar do desastre, tendo suas ações suspensas e os principais índices acionários do país despencando, após o regulador alertar sobre um "sentimento de pânico" apoderando-se de investidores.
Nesse contexto, o dólar se fortalecia em relação a moedas como os pesos chileno e mexicano. No Brasil, o movimento era muito mais intenso, com investidores citando fluxo de saída de divisas.
Além disso, operadores afirmaram que a escalada da moeda norte-americana nesta sessão e na anterior ativou uma série de operações automáticas de compra de dólares para limitar perdas de investidores (o chamado "stop-loss").
"O mercado vinha em um movimento de baixa. Uma alta forte como essa faz mais estrago nesses casos, porque pega o mercado de surpresa", disse o operador de uma corretora internacional, que falou sob condição de anonimato.
Grécia
A Grécia tem até o final da semana para chegar a um acordo com os europeus para conseguir ajuda financeira, afirmou nesta terça-feira (7) o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, após reunião dos lideres da zona do euro em Bruxelas.
No último dia 30, expirou o programa de ajuda à Grécia, existente desde 2012 e firmado por um mecanismo criado pelos europeus para ser temporário, o EFSF. A Grécia ainda tinha € 1,8 bilhão a receber por esse mecanismo, mas o governo recusou as reformas exigidas, que incluíam aumento de impostos e cortes nas aposentadorias.
Avanço frente ao real
Em junho, a divisa norte-americana acumulou queda de 2,46% em relação ao real, após ter saltado quase 20% neste ano até o fim de maio.
A Verde Asset Management destacou em seu relatório mais recente do Fundo Verde que considera como equivocada a avaliação de investidores estrangeiros de que o real já corrigiu tudo o que deveria e considera que o dólar tem espaço para subir ainda mais por aqui.
Mais cedo, o Banco Central (BC) deu continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em agosto, com oferta de até 6 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares.
Na véspera, a moeda norte-americana fechou vendida a R$ 3,1825, em alta de 1,28% sobre o fechamento na véspera. Na máxima do dia chegou a ser negociada a R$ 3,20 – o maior valor em cerca de três meses. Em 31 de março, o dólar fechou no valor de venda em R$ 3,2080.
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