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DATA DA PUBLICAÇÃO 24/02/2015 | Economia
Dólar em alta e crise hídrica podem aumentar o pãozinho em até 20%
Dólar em alta e crise hídrica podem aumentar o pãozinho em até 20% Com a produção de trigo afetada pela estiagem, o Brasil precisa importar mais com dólar em alta: 20% a mais no preço do pão. Foto: Rodrigo Pinto
Com a produção de trigo afetada pela estiagem, o Brasil precisa importar mais com dólar em alta: 20% a mais no preço do pão. Foto: Rodrigo Pinto
Brasil depende de trigo importado e massas sofrem os maiores impactos com a alta da moeda americana

O preço do pãozinho poderá subir até 20% nos próximos meses na mesa dos brasileiros. De acordo com o Sipan ABC (Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria), o aumento está atrelado à alta do dólar e às condições climáticas que prejudicaram as plantações de trigo em 2014 no País. A moeda americana era comercializada por R$ 2,90 nesta segunda-feira (23/02). Há um ano custava R$ 2,35.

“O Brasil importa boa parte do trigo consumido e por isso a elevação do dólar influencia nas compras pelas padarias. Se o dólar continuar alto, em três meses o consumidor irá sentir aumento de até 20% no pão. Os demais produtos das padarias consequentemente também irão subir, já que o trigo é a base da nossa produção”, disse Carlos Alberto Lourenço, diretor do Sipan ABC.

Nesta semana o quilo do pãozinho é encontrado a R$ 8,24, em média. Levantamento do valor da cesta básica no ABCD feito pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) indica ainda que o produto teve uma redução de R$ 0,19 desde o início de 2015. “O preço caiu por alguns fatores, mas com o dólar em alta irá subir novamente nas próximas semanas. Assim como todos os produtos à base do trigo, como macarrão”, previu o engenheiro agrônomo da Craisa, Fábio Vezzá de Benedetto.

Tempo - De acordo com relatório da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), as adversidades climáticas, como a seca do Sudeste, foram responsáveis pela redução da produção nacional de trigo para 5,9 mil toneladas em 2014. Com isso as importações aumentaram para 6,6 milhões de toneladas, o que significa um acréscimo de 20% além da previsão inicial, influenciada pela perda de quantidade e qualidade da produção no País.

“O Brasil ainda não é autossuficiente na produção do trigo. Por isso, quando o dólar sobe o consumidor sente diretamente o impacto ”, explicou Volney Aparecido de Gouveia, professor de Economia da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul).

Outros alimentos - O consumidor deverá preparar o bolso para as refeições nos próximos meses. A alta do dólar influenciará também a elevação do preço de outros produtos. Gouveia explicou que as exportações são estimuladas neste cenário, o que provoca a diminuição da oferta no Brasil e pressiona o preço dos alimentos. “A carne é um ótimo exemplo. Os produtores optam por exportar, já que podem ganhar mais, e com isso a oferta de carne no Brasil diminuiu e o preço sobe”, disse.

Vezzá, da Craisa, ressaltou que o preço dos insumos agrícolas e rações pode também influenciar no preço dos alimentos. “Boa parte dos insumos é importada e o produtor repassa os custos. Por isso, além da carne, leite, arroz e feijão que devem subir, todos os demais também poderão sofrer uma ligeira alta. Além do dólar, a seca em diversas regiões do País é outro fator importante que tem influenciado diretamente no aumento dos preços. Por um motivo ou outro, os preços irão subir”, afirmou.

Volney alerta ainda para o preço das refeições fora de casa. “Este é um período de ajustes nas tarifas, como a de energia, aluguel, entre outros. Estes reajustes, somados ao aumento do valores dos alimentos, forçarão os restaurantes e lanchonetes a elevarem os preços das refeições.”

Por Michelly Cyrillo - ABCD Maior
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