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DATA DA PUBLICAÇÃO 24/03/2011 | Cidade
Dois crimes bárbaros chocam a cidade de Mauá
Dois crimes bárbaros ocorridos na noite de terça-feira chocaram a cidade de Mauá. Um foi o assassinato do empresário Custódio Gomes Chaves, 52 anos, durante suposta tentativa de sequestro na Avenida Barão de Mauá, no Jardim Itapeva, às 19h (leia abaixo). Outro vitimou a cobradora da Viação Cidade de Mauá Lilian Ramos de Vasconcelos, 29, morta provavelmente com uma facada no pescoço dentro do ônibus, às 20h30, enquanto trabalhava. O ato violento levou motoristas e cobradores a desligarem os motores de toda a frota do município (485 ônibus) entre 16h e 17h de ontem.

A paralisação, segundo funcionários presentes no velório, foi para chamar a atenção sobre a violência contra a categoria. Diversos funcionários das empresas Viação Cidade de Mauá e Viação Leblon, que preferiram não se identificar, afirmaram que assaltos em ônibus são rotina no município.

Outro fato citado pelos trabalhadores é a grande quantidade de pedidos de carona. Ontem, no meio da tarde, um motorista de 61 anos da Linha Zaíra 4, da Viação Leblon, foi agredido por homens que pediram carona, mas ele negou, atendendo norma da empresa. A Leblon confirmou, mas não divulgou o nome a pedido do funcionário, que teme represália. Ele passa bem, mas ficará alguns dias afastado.

O presidente do Sindicato dos Rodoviários da região, Francisco Mendes da Silva, o Chicão, não acredita na versão de latrocínio (roubo seguido de morte). "Tudo leva a crer que foi algo tramado contra ela. Funcionários da empresa disseram que ela pediu rendição aos fiscais por não estar passando bem, instantes antes da morte", declarou Chicão.

Velório
Cerca de 500 pessoas foram ao velório da cobradora, no Cemitério Santa Lídia. Ela deixou dois filhos, de 3 e 7 anos.

O clima era de revolta entre parentes, amigos e colegas de trabalho, que definiram Lílian como meiga, calma, amiga e companheira. Separada havia dois anos, morava com os pais no Jardim Paranavaí, mesmo período em que trabalhava na empresa de ônibus.

"Ela comentou que queria trocar o horário noturno pelo da manhã por causa de assalto que já sofreu e para chegar mais cedo em casa, por causa das crianças", disse o ex-marido Pedro de Alcântara Monteiro, 31, com quem foi casada por seis anos e mantinha bom relacionamento, segundo relatos de familiares.

Vindo do Interior há 25 anos, o pai de Lilian, o aposentado Leonildo Vasconcelos, 53, que trabalhou na mesma empresa durante 20 anos, acredita que tenha sido uma fatalidade. "Ela era muito querida. Olha só quanta gente aqui", disse Leonildo, apontando para a multidão que formou fila para dar adeus.

Investigação
O delegado titular do 4º DP de Mauá, José Luiz Parisoto Filho, à frente das investigações do caso, trabalha com duas hipóteses: latrocínio ou crime passional.

"As características do crime fogem ao padrão de assalto a ônibus. Foram quatro homens. Um deles, armado com arma de fogo, rendeu o motorista e outro, com instrumento cortante, provavelmente uma faca, golpeou-a.

Depois, fugiram em um Santana cor vinho. A quantia de R$ 79 foi levada do caixa, assim como o celular dela", detalhou o delegado, que ouviu três testemunhas na tarde de ontem. Hoje, familiares e colegas serão ouvidos.

Por Deborah Moreira - Diário do Grande ABC
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