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DATA DA PUBLICAÇÃO 02/12/2014 | Economia
Dívidas têm prioridade no 13º
Dívidas têm prioridade no 13º Foto: Ari Paleta/DGABC
Foto: Ari Paleta/DGABC
Em tempos de recebimento do 13º salário, cuja primeira parcela teve prazo até 30 de novembro para ser paga e, a segunda, até dia 20 (com desconto do Imposto de Renda) para ser depositada na conta bancária dos trabalhadores, é preciso ter cautela para administrar os recursos e entrar em 2015 com o pé direito. O que dá a impressão de ser muito dinheiro recebido de uma só vez, deve ser bem distribuído para não acabar antes mesmo que se possa perceber.

O primeiro passo é identificar em qual dos dois grupos de consumidores se faz parte: endividados ou não endividados. Pesquisa recente da Serasa Experian mostra que 40% da população brasileira está inadimplente. Outro estudo, da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças), aponta que 68% das pessoas pretendem usar a renda extra para quitar dívidas.

Quem possui contas em atraso deve priorizar o pagamento delas e, se necessário for, usar 100% do valor da gratificação natalina, orienta o professor da Escola de Administração de São Paulo da FGV (Fundação Getulio Vargas) Samy Dana. “É importante priorizar as dívidas com juros mais elevados, que são cartão de crédito, que cobra 241% ao ano, e cheque especial com 166% ao ano.”

Aqueles que não se encaixam nesta situação, e pretendem utilizar o 13º para comprar presentes e pagar as contas de início de ano, como IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e gastos com material escolar, devem distribuir bem os recursos.

Segundo o educador financeiro da DSOP Edward Cláudio Júnior, é importante dividir o montante, por exemplo, em três parcelas iguais. “Se o trabalhador tem 13º de R$ 3.000, ele pode destinar R$ 1.000 (33%) para comprar presentes de Natal, R$ 1.000 para pagar as contas de início de ano e, outros R$ 1.000, para fazer reforma em casa ou ajudar na troca do carro”, exemplifica.

Para isso, é preciso ter bem claro quanto se quer gastar (ou precisa) com cada coisa, reforça o educador. Também é necessário considerar o quanto foi desembolsado na Black Friday, principalmente se o valor for parcelado, para não embolar com os presentes de fim de ano – neste caso, é ainda mais essencial pagá-los à vista.

Luiz Carlos Lemos, professor de Finanças da Universidade Presbiteriana Mackenzie, campus Campinas, endossa a necessidade de prever quanto se quer gastar antes de sair às compras. E, se não houver planos de reformar a casa ou trocar o carro, orienta que o consumidor deve dividir o ganho adicional em 50% para os presentes natalinos e, a outra metade, para os gastos do início do ano.

INVESTIMENTO - Quem quiser aproveitar o momento do rendimento extra para guardar um pouco de dinheiro, pode começar destinando a metade do que seria gasto com presentes para a poupança. “É importante, paras as pessoas que não têm dívidas, pensar em investir na poupança ou em CDI (Certificado de Depósito Interbancário).” Dana, da FGV, recomenda aplicação bancária com taxa de remuneração de 95% do CDI.

Outra possibilidade é destinar parte da gratificação natalina para a previdência privada, visando complementar o valor a receber de aposentadoria do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) para tentar manter, na velhice, o padrão de vida atual. Muita gente aproveita e faz aporte anual justamente utilizando recursos do 13º salário.

DIA A DIA - Os especialistas advertem que, quem adota o hábito de controlar suas finanças, dificilmente fica no vermelho e ainda consegue poupar dinheiro. Uma dica é colocar tudo em planilhas e, quando se trata de um casal, Lemos recomenda que sejam trocados os relatórios de gastos entre marido e mulher, para que haja consenso financeiro e se identifique onde pode ser eliminado gasto desnecessário.

Outra orientação é concentrar as contas todas perto de uma mesma data, por exemplo, após o quinto dia útil, data em que o salário já tenha sido depositado e para que sejam pagas de uma só vez e, então, se analise o quanto vai sobrar.

Por Fernando Pereira - Especial para o Diário
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