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DATA DA PUBLICAÇÃO 14/03/2013 | Setecidades
Dívida ambiental do Rodoanel está parada em Santo André
Dívida ambiental do Rodoanel está parada em Santo André Entre as obras de compensação, Semasa quer terminar o cercamento dos 8 milhões de metros quadrados do Pq. do Pedroso. Foto: Andris Bovo
Entre as obras de compensação, Semasa quer terminar o cercamento dos 8 milhões de metros quadrados do Pq. do Pedroso. Foto: Andris Bovo
Mesmo recebendo R$ 18 milhões, gestão Aidan Ravin deixou obras de compensação paradas

Diferentemente de São Bernardo, que passa por dificuldades com as compensações ambientais e viárias do trecho Sul do Rodoanel devido à falta de entendimento entre Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) e Prefeitura, em Santo André os problemas de atrasos nas ações no Parque do Pedroso são atribuídas à antiga administração. É o que afirmam o superintendente do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental), Sebastião Ney Vaz, e a Dersa.

“Muita coisa ficou parada. Até agora, o parque nem foi cercado por completo”, revelou Ney Vaz. Em nota, a Dersa explicou que celebrou convênio com o município, que prevê repasse ao Semasa, inclusive para obras de saneamento básico no bairro Recreio Borda do Campo. Porém, a Dersa destacou que os recursos só podem ser liberados quando a Prefeitura apresentar os projetos e a licitação das obras. O que até então não vinha acontecendo. “Temos R$ 18 milhões de compensação do Rodoanel que ficaram parados todo esse tempo. Queremos iniciar as obras no meio deste ano”, disse Ney Vaz.

Pendências - Entre as obras pendentes, o superintendente do Semasa disse que está a construção do Centro de Referência Ambiental. “Será um prédio dentro do Parque do Pedroso para cursos, capacitação ambiental, uma espécie de museu com um centro de visitação e de eventos”, esclareceu Ney Vaz. O Semasa também quer a finalizar o cercamento dos mais de 8 milhões de metros quadrados do parque para ajudar na preservação ambiental do espaço que é uma APRM (Área de Proteção e Recuperação de Mananciais) e uma Unidade de Conservação de categoria integral.

Sobre o cercamento, a Dersa garantiu que realizou as obras em 30 km do perímetro do parque até setembro de 2010. No entanto, não deixou claro se esse era o total ou apenas a parte definida em contrato que a Dersa deveria cercar, ficando o restante a cargo do Semasa. A informação da empresa também contradiz os dados repassados ao ABCD MAIOR, em fevereiro de 2011, quando o então assistente de diretoria do Departamento de Gestão Ambiental do Semasa, Luis Fernando Bellettato, afirmou que apenas 5% do parque tinham sido cercados pela Dersa, o equivalente a 17,5 km.

As outras intervenções de responsabilidade da Dersa, como a aquisição de veículos e equipamentos, e a remoção de famílias da área do parque, já foram feitas. A respeito das obras de implantação de infraestrutura, o que inclui construção da sede administrativa, ciclovia e ETE (Estação de Tratamento de Esgoto), a Dersa afirmou que as intervenções estão em andamento e são previstas para julho deste ano.

Em relação ao plano de manejo, realizado por uma equipe multidisciplinar da USP (Universidade de São Paulo), do Semasa e do Comugesan (Conselho Municipal de Gestão e Saneamento Ambiental de Santo André), a Dersa explicou que o documento deverá ser finalizado no mês que vem. O plano é importante porque determinará o que pode ou não fazer na unidade de conservação.

São Bernardo pode ir à Justiça contra Dersa

São Bernardo foi cortado pelo trecho Sul do Rodoanel, bairros foram isolados, áreas desmatadas, desapropriadas e aterradas, mas após dois anos as compensações ambientais e viárias continuam sem sair do papel. Sem avanços nas negociações com a Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), a Prefeitura cogita entrar na Justiça contra o Estado.

De acordo com o secretário municipal de Transportes e Vias Públicas, Oscar Silveira Campos, nos últimos dias o prefeito Luiz Marinho e o governador Geraldo Alckmin estão se aproximando para tentar resolver o problema. “Estamos esperançosos que as compensações possam sair do papel, mas caso não haja novidades a respeito do assunto, a Prefeitura não descarta uma ação judicial para cobrar as obras prometidas”, afirmou.

Entre as intervenções pendentes está a definição do que será realizado à beira da represa Billings, no Jardim Canaã, onde a Dersa aterrou mais de 500 metros do braço do manancial para a construção da Ponte Billings. E a finalização do Parque Riacho Grande, que aguarda decisão da Justiça sobre desapropriações. “Na minha pasta o maior problema foi o isolamento dos bairros Jardim Represa e Parque Imigrantes”, explicou Campos.

Inicialmente foi proposta a construção de um viaduto que ligasse os dois bairros, mas, de acordo com o secretário, os moradores propuseram a troca da obra por melhorias no viário da região, como a pavimentação das ruas. “O projeto foi enviado para a Dersa, mas até o momento não há qualquer resposta”, enfatizou Campos.

Em nota, a Dersa informou que elaborou os projetos das obras viárias para ambos os bairros. A companhia explicou que mantém entendimentos com a Prefeitura para a entrega dos projetos e repasse dos recursos. A ideia é que a própria Prefeitura realize as obras. O valor a ser repassado ainda está sendo ajustado entre as partes.

Por Claudia Mayara - ABCD Maior
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