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DATA DA PUBLICAÇÃO 09/03/2012 | Geral
Distribuição de combustível em SP acontecerá inclusive no domingo
Distribuição de combustível em SP acontecerá inclusive no domingo Abastecimento de combustíveis ainda estavam voltando ao normal nesta quinta. Foto: Eduardo Enomoto/R7
Abastecimento de combustíveis ainda estavam voltando ao normal nesta quinta. Foto: Eduardo Enomoto/R7
Presidente do Sindicom afirmou que abastecimento acontecerá 24 horas

O presidente do Sindicom (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes), Alísio Vaz, afirmou nesta quinta-feira (8) que a distribuição de combustíveis em Sâo Paulo acontecerá durante 24 horas, inclusive durante os dois dias do fim de semana.

- Nossa expectativa é que o abastecimento esteja praticamente 100% na segunda-feira. Mas, a partir de amanhã o consumidor pode ficar mais tranquilo.

A entidade trabalha com a previsão de que o pleno abastecimento dos postos seja restabelecido em um prazo de 3 a 5 dias. As bases de distribuição da Grande São Paulo, cujo fluxo de veículos estava prejudicado devido a manifestações de caminhoneiros autônomos contrários à proibição de circulação pelas marginais, não apresentam novos problemas.

Em nota nesta manhã, Vaz diz que "embora a Polícia Militar continue disponibilizando escoltas, as entregas de combustíveis estão sendo feitas sem proteção policial, não sendo verificada a presença de piqueteiros nas imediações das bases".

Postos

Após a greve de caminhoneiros em São Paulo por causa das restrições aos veículos principalmente na marginal Tietê, pelo menos 600 postos já tinham sido reabastecidos na cidade até o início da tarde desta quinta-feira (8). As informações são da Rede Record. Desde o início da retomada dos trabalhos, na quarta-feira (7), 300 caminhões-tanque saíram das bases para levar combustíveis aos postos. Cada caminhão abastece dois postos.

Os postos começaram a ser reabastecidos na quarta, mas as bombas só devem ficar cheias novamente em três ou quatro dias. Segundo o Sindicam-SP (Sindicato dos Transportadores Autônomos de Bens do Estado de São Paulo), a greve dos caminhoneiros foi oficialmente encerrada na tarde de ontem.

Mesmo com o fim da paralisação, o Polícia Militar ainda faz a escolta dos caminhões para garantir a segurança dos motoristas. Durante a greve, muitos foram ameaçados pelas pessoas envolvidas no movimento e alguns veículos foram depredados. Também há temor de que a população prejudicada faça algum tipo de retaliação contra a categoria.

Na manhã desta quinta, os veículos que distribuem combustível a partir de duas distribuidoras da zona sul de São Paulo, a Raizen e a BR, já estavam carregados. Durante esta madrugada, 15 caminhões deixaram o local e oito saíram logo pela manhã. Outros 20 aguardavam o fim do horário de restrição aos veículos pesados para abastecer a cidade. A PM estava no local para acompanhar os caminhões.

A greve dos transportadores de combustível começou justamente por causa da nova regra imposta pela prefeitura que proíbe caminhões na marginal Tietê e em outras 27 vias entre 5h e 9h e das 17h às 22h, durante a semana. De acordo com o presidente do Sindicam, Norival de Almeida Silva, o objetivo do ato foi atingido.

- O protesto foi feito de forma positiva. Conseguimos chamar a atenção das autoridades em relação à proibição de caminhões na marginal Tietê.

Apesar do protesto, a Secretaria Municipal de Transportes negou o pedido de trégua da restrição de circulação. A solicitação foi feita pelo Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo), com a justificativa de agilizar a normalização da venda de combustíveis nos postos em até quatro dias.

A administração municipal informou, por meio de um comunicado, que não irá fazer alterações na proibição de circulação de caminhões na marginal Tietê.

- Entendemos que os horários definidos para o transporte de cargas e também para o transporte de cargas perigosas são suficientes para que as empresas possam realizar o abastecimento na cidade.

A secretaria ainda disse que o setor “possui logística necessária para normalizar o problema dos combustíveis em São Paulo no prazo mais curto possível, cumprindo as regras de circulação”.

Os motoristas que desrespeitarem a determinação são multados em R$ 85,13 e levam quatro pontos na carteira de habilitação.

O presidente do Sincopetro, José Alberto Gouveia lamentou que a prefeitura tenha sido irredutível em relação à fiscalização.

- Nós lamentamos que a prefeitura tenha sido irredutível, principalmente neste período de urgência e necessidade.

O Sincopetro ainda não tem um levantamento de quantos postos já operam com os estoques cheios. Esse balanço deve sair no fim da tarde desta quinta-feira.

Prejuízos

Alguns postos de gasolina começaram a somar os prejuízos nesta quinta após a greve. O abastecimento ainda voltava ao normal, mas enquanto bombas ainda não estão totalmente cheias de combustíveis, gerentes dos postos garantem que o prejuízo está sendo grande.

Para Paulo Reis, gerente de um posto que fica na altura do número 217 da rua Tabor, na quarta-feira a falta de combustível gerou um prejuízo de pelo menos R$ 43 mil, tendo em vista que deixaram de ser abastecidos cerca de 18 mil litros, e o preço do litro de gasolina no local é R$ 2,39.

- 18 mil litros por dia eu perdi [na quarta-feira] porque não foi vendido. O combustível só chegou às 19h.

Reis contou que como o combustível demorou a chegar, foi preciso segurar todos os frentistas no posto durante esta madrugada para abastecer a fila de carros.

- Tivemos que pagar hora extra noturna para dar conta da demanda da madrugada. Aí foi prejuízo.

Para o gerente de um posto na rua dos Glicérios, na região central de São Paulo, a greve fez com que os frentistas trabalhassem com os tanques praticamente na reserva.

- Todos os caminhões foram para as bases carregar. Estamos trabalhando com os tanques quase no zero. Com certeza tomamos prejuízo. Abastecemos em média 15 mil litros por dia.

Prisões

Por conta da escassez de combustíveis, alguns postos aumentaram ilegalmente o preço para o abastecimento. Com isso, pelo menos nove gerentes de postos de combustíveis foram detidos até a tarde de quarta-feira.

De acordo com a DPPC (Divisão de Investigações sobre Infrações contra o Consumidor), da Polícia Civil, a ação visa a coibir crimes contra a economia popular. No caso, o aumento abusivo dos preços dos combustíveis.

Por R7, com Rede Record
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