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DATA DA PUBLICAÇÃO 25/08/2016 | Educação
Diretora de escola dos EUA decide abolir a lição de casa dos alunos
Quase 600 alunos com idade até 14 anos serão afetados pela mudança. Em entrevista ao G1, diretora explicou que prefere qualidade à quantidade.

O ano letivo na Kelly Elementary School, no estado de Massachusetts, nos Estados Unidos, começa nesta semana com uma novidade: durante o ano todo, nenhum dos 583 alunos vai levar lição para casa. A novidade, que colocou a escola no noticiário nacional, surgiu depois que o distrito de escolas públicas de Holyoke, ao qual pertence a Kelly Elementary, foi alvo de uma intervenção do governo estadual, por causa do baixo desempenho dos estudantes.

"Isso quer dizer que os resultados dos nossos estudantes ficaram abaixo do padrão do estado, e ele 'tomou conta' do nosso sistema escolas", afirmou, em entrevista ao G1, Jacqueline Glasheen, diretora da escola que atende desde crianças em idade pré-escolar a adolescentes do equivalente ao ensino fundamental I e II no Brasil.

Entre as 11 escolas do distrito, a Kelly está acima da média de desempenho. Porém, ela também se encontra em um nível insatisfatório em relação à média de escolas de Massachusetts.

Uma das mudanças que todas as escolas ed Holyoke tiveram que adotar após a intervenção foi aumentar o número de horas do dia letivo, para que os estudantes tivessem um total de 1.330 horas de instrução. Como cada escola poderia escolher como redistribuir essas horas, na Kelly Elementary, foi decidido que as crianças teriam oito horas de aulas por dia (das 8h às 16h) durante 180 dias, o que equivale a um total de 1.440 horas.

A proibição da lição de casa, porém, foi ideia da própria Jacqueline, que a apresentou em março ao interventor estadual. A proposta foi aprovada e, depois, submetida aos professores, pais e aos próprios alunos. "Todos concordaram que isso fazia sentido para nós", explicou a diretora.

Qualidade em vez de quantidade
A decisão virou notícia porque a lição de casa já faz parte do cotidiano de todas as escolas e famílias. Porém, Jacqueline explica que trabalhar em casa não significa necessariamente reflete no aprendizado, principalmente se for apenas uma atividade de repetição de novas habilidades, com o intuito de que ela se torne automática.

"Queremos muito oferecer uma instrução de alto padrão e um enriquecimento de qualidade para os nosso alunos durante o período escolar. Acreditamos que não é quantidade de trabalho que os estudantes fazem que vai melhorar os resultados, e sim a qualidade desse trabalho. Não estou convencida de que as atividades repetitivas de lição de casa, que a maior parte dos alunos estão fazendo com os deveres, são capazes de qualificar a educação", afirmou ela.

Por enquanto, a escola de Jacqueline é a única do distrito que vai colocar a ideia em prática neste ano letivo.

Por Ana Carolina Moreno - G1
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