DATA DA PUBLICAÇÃO 16/11/2013 | Política
Dirceu, Genoino e Valério se entregam
Foto: Montagem/DGABC
Dez dos 12 condenados no processo do Mensalão que tiveram mandados expedidos se entregaram até as 23h de ontem à Polícia Federal. Foram eles: José Genoino, José Dirceu (SP); Marcos Valério, Ramon Hollerbach, Simone Vasconcelos, Cristiano Paz, Romeu Queiroz, Kátia Rabello e José Roberto Salgado (MG); e Jacinto Lamas (DF). Delúbio Soares deve se apresentar hoje, em Brasília, segundo informou o advogado. Henrique Pizzolato não foi localizado por agentes da PF.
As prisões ocorrem um ano depois de o STF (Supremo Tribunal Federal) condenar 25 réus do maior escândalo político do governo Lula. Em julgamento realizado em 2012, sete anos depois que o episódio estourou durante o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o STF considerou que um grupo comandado por José Dirceu, então chefe da Casa Civil, operou esquema de compra de votos no Congresso.
No dia 13, o tribunal decidiu que já era possível fazer cumprir as penas definitivas (transitadas em julgado), mesmo que o réu ainda pudesse recorrer de parte das condenações. As ordens de prisão imediata das penas foram dadas pelo presidente do STF, Joaquim Barbosa, e chegaram à Polícia Federal em Brasília por volta das 16h10 de ontem.
Após gritar “viva o PT”, o ex-presidente da sigla José Genoino foi o primeiro condenado do julgamento do Mensalão a se entregar na sede da Polícia Federal em São Paulo. Duas horas depois, o ex-ministro José Dirceu chegou ao local.
Ainda no conforto do lar, ao lado de sua família num condomínio de Vinhedo, interior de São Paulo, Dirceu redigiu 51 linhas que intitulou ‘Carta aberta ao povo brasileiro’, manifesto pelo qual se diz alvo de “pressões das elites” e classifica de “sentença espúria” a condenação que lhe foi imposta.
Dirceu foi condenado a dez anos e dez meses pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha. Ele, no entanto, começa a cumprir pena, em regime semiaberto, apenas para o primeiro crime, para o qual foi condenado a sete anos e 11 meses. E permanece neste sistema enquanto o STF analisa os embargos infringentes por formação de quadrilha.
A caminho da PF, o ex-ministro disse ao jornal O Estado de S. Paulo que espera que haja Justiça no caso do Mensalão mineiro – processo criminal sobre denúncia de financiamento ilegal da campanha à reeleição do então governador de Minas, Eduardo Azeredo (PSDB), em 1998.
Dirceu iria passar a noite ao lado de Genoino na carceragem da PF. Ele foi recebido sob o grito de “Dirceu, guerreiro, do povo brasileiro”.
Ao deixar sua casa, Genoino levantou o punho cerrado, como num gesto de resistência. Ao chegar à sede da PF, no bairro da Lapa, repetiu o gesto e bradou: “Sou inocente. Sou um preso político. Viva o PT!”.
Em nota divulgada antes de se entregar, Genoino argumenta que foi julgado porque era presidente do PT na época do escândalo e afirma que não existem provas das acusações contra ele.
Condenado a seis anos e 11 meses de prisão por corrupção ativa e formação de quadrilha, o petista deverá cumprir parte da pena em regime semiaberto. A segunda condenação, contudo, deve ser julgada somente em 2014 pelo Supremo.
Condenado à maior pena no processo do Mensalão (40 anos e quatro meses), o empresário Marcos Valério, que atuava como o operador financeiro do esquema, apresentou-se à PF por volta das 20h50, em Belo Horizonte.
Valério havia passado o dia em sua fazenda em Caetanópolis. Ele não falou com a imprensa.
As prisões ocorrem um ano depois de o STF (Supremo Tribunal Federal) condenar 25 réus do maior escândalo político do governo Lula. Em julgamento realizado em 2012, sete anos depois que o episódio estourou durante o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o STF considerou que um grupo comandado por José Dirceu, então chefe da Casa Civil, operou esquema de compra de votos no Congresso.
No dia 13, o tribunal decidiu que já era possível fazer cumprir as penas definitivas (transitadas em julgado), mesmo que o réu ainda pudesse recorrer de parte das condenações. As ordens de prisão imediata das penas foram dadas pelo presidente do STF, Joaquim Barbosa, e chegaram à Polícia Federal em Brasília por volta das 16h10 de ontem.
Após gritar “viva o PT”, o ex-presidente da sigla José Genoino foi o primeiro condenado do julgamento do Mensalão a se entregar na sede da Polícia Federal em São Paulo. Duas horas depois, o ex-ministro José Dirceu chegou ao local.
Ainda no conforto do lar, ao lado de sua família num condomínio de Vinhedo, interior de São Paulo, Dirceu redigiu 51 linhas que intitulou ‘Carta aberta ao povo brasileiro’, manifesto pelo qual se diz alvo de “pressões das elites” e classifica de “sentença espúria” a condenação que lhe foi imposta.
Dirceu foi condenado a dez anos e dez meses pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha. Ele, no entanto, começa a cumprir pena, em regime semiaberto, apenas para o primeiro crime, para o qual foi condenado a sete anos e 11 meses. E permanece neste sistema enquanto o STF analisa os embargos infringentes por formação de quadrilha.
A caminho da PF, o ex-ministro disse ao jornal O Estado de S. Paulo que espera que haja Justiça no caso do Mensalão mineiro – processo criminal sobre denúncia de financiamento ilegal da campanha à reeleição do então governador de Minas, Eduardo Azeredo (PSDB), em 1998.
Dirceu iria passar a noite ao lado de Genoino na carceragem da PF. Ele foi recebido sob o grito de “Dirceu, guerreiro, do povo brasileiro”.
Ao deixar sua casa, Genoino levantou o punho cerrado, como num gesto de resistência. Ao chegar à sede da PF, no bairro da Lapa, repetiu o gesto e bradou: “Sou inocente. Sou um preso político. Viva o PT!”.
Em nota divulgada antes de se entregar, Genoino argumenta que foi julgado porque era presidente do PT na época do escândalo e afirma que não existem provas das acusações contra ele.
Condenado a seis anos e 11 meses de prisão por corrupção ativa e formação de quadrilha, o petista deverá cumprir parte da pena em regime semiaberto. A segunda condenação, contudo, deve ser julgada somente em 2014 pelo Supremo.
Condenado à maior pena no processo do Mensalão (40 anos e quatro meses), o empresário Marcos Valério, que atuava como o operador financeiro do esquema, apresentou-se à PF por volta das 20h50, em Belo Horizonte.
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