DATA DA PUBLICAÇÃO 12/03/2012 | Política
Dilma Rousseff estimula três pré-candidatas a prefeita no ABCD
Dilma: exemplo para mulheres. Foto: Luciano Vicioni
Cientista política afirma que eleição de mulher à presidência da República deve aumentar representação feminina nos municípios
A eleição da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), em 2010, estimula a candidatura de outras mulheres nas eleições de 2012. No ABCD, três pré-candiaturas a prefeitas é resultado da “impulso Dilma” Em Ribeirão Pires, Maria Inês Soares concorrerá pelo PT, para ocupar a imagem da opção feminina na cidade. Em São Caetano, Regina Maura Zetone (PTB) também vai pelo mesmo caminho; em Mauá, Vanessa Damo disputa pelo PMDB.
Em Ribeirão Pires, o PT anunciou a pré-candidatura de Maria Inês Soares ao Paço. A petista já administrou a cidade entre 1997 e 2004. “O número de filiadas no PT é expressivo, também por influência da ex-prefeita Maria Inês. O PT sempre incentivou a participação das mulheres na política e temos uma boa representatividade nos nossos quadros”, disse o presidente municipal do partido Antonio Carlos Pereira, o Carlão.
Atualmente, na gestão de Clóvis Volpi (PV), a cidade tem apenas duas secretarias comandadas por mulheres, Comunicação (Vera Guazelli) e Educação (Rosi Ribeiro Di Marco).
Nas palavras da cientista política e professora da Fespsp (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo), Rosemary Segurado, o que se espera é que a eleição da Dilma possa servir de exemplo para as mulheres aumentarem a representação política no campo municipal.
O prefeito de São Caetano, José Auricchio (PTB), tem dito que a eleição de Dilma demonstrou que a população do País almeja mudanças. “O fato a ser comemorado é que a mulher ampliou sua participação na sociedade mundial com uma nova gama de características. A mulher se destaca por ser menos centralizadora e impositiva, como os homens”, disse Auricchio.
Em Santo André, nos últimos oito anos, as mulheres têm sido eleitas para ocupar o cargo de vice-prefeita. Em 2004, foi eleita Ivete Garcia (PT) na chapa encabeçada por João Avamileno (PT). Em 2008, foi a vez de Dinah Zekcer (PTB). Naquela eleição, ela fez a dobradinha na chapa majoritária do prefeito Aidan Ravin (PTB).
No caso de Santo André, ainda existe uma dúvida se Dinah disputará a reeleição ou será substituída por outra candidata. A intenção de Aidan é colocar a secretária de Educação, Cleide Bochixio, mas isso ainda depende de costuras com o PSDB, partido em que ela é filiada.
São Caetano tem mais mulheres nas secretarias: 53%. No comando das pastas estão Sônia Nogueira secretária da Fazenda; Magali Selva Pinto, da Educação; Luciana Patara, da Comunicação; Marisa Catalão, de Assistência e Inclusão Social e Coordenadoria da Terceira Idade; Helaine Balieiro, da Saúde; Lilian Fernandes, de Direitos da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida; Adriana Sampaio, de Cultura; Regina Maura, da Coordenadoria de Ação Social (status de secretaria), e Ana Maria Caffaro, Procuradora Geral do Município.
São Bernardo tem quatro secretárias: Márcia Barral (Desenvolvimento Social), Cleuza Repulho (Educação), Tássia Regino (Habitação) e Nilza de Oliveira (Planejamento).
Em Santo André, três mulheres comandam secretarias. A vice Dinah é secretária de Governo, a advogada Fabiana Bozella é secretária de Gabinete e Cleide Bochixio, da Educação.
Rio Grande - Em Rio Grande, a vice-prefeita é mulher, Helenice Arruda (PTB) e a intenção do prefeito Adler Kiko Teixeira (PSDB) é manter a dobradinha. O pré-candidato Gabriel Maranhão (PSDB), pode ter como vice a vereadora Marilza de Oliveira (PTB). O adversário Claudinho da Geladeira (PT), já definiu Cida Santos (PT) como vice.
Região tem apenas cinco vereadoras
O ABCD tem 108 parlamentares, sendo que apenas cinco são mulheres. Ou seja, o número de mulheres nas câmaras municipais não chega a 5%. Para a cientista política, Rosemary Segurado, porém, o número de mulheres no Poder Legislativo não representa a história feminista da Região. “É um número que não representa nada no ABCD, porque as mulheres têm história de participação maciça nas fábricas e deveria refletir na política regional”, opinou.
Diadema é o município que mais elegeu vereadoras, com três nomes: Irene dos Santos (PT), Cida Ferreira (PMDB) e Marion de Oliveira (PPL). As outras duas estão em Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, respectivamente: Diva Bartolo (PR), conhecida como Diva do Posto, e Marilza de Oliveira (PTB).
“Acredito que existe a necessidade de mais mulheres se engajarem na política, porque trabalhamos com o coração e isso muitas vezes ajuda a tratar de assuntos delicados”, disse Diva do Posto.
Em Rio Grande, dos nove parlamentares, a única mulher é a Marilza de Oliveira (PTB). “Infelizmente ainda há poucas mulheres na política e em Rio Grande, como a cidade é pequena, parece não ter espaço. Mas nós temos ganhado destaque na política e na atuação da cidade”, opinou.
São Bernardo não conta nesta legislatura com nenhuma vereadora. Apenas Fátima Araújo (PT) ocupa a suplência na Casa. Na verdade, poucas mulheres ocuparam uma cadeira no Legislativo: entre 2005 e 2008 Julieta Nage foi eleita pelo PSB e, na legislatura retrasada apenas Ana do Carmo (PT), hoje deputada estadual, representava as mulheres.
Apesar disso, em 1948, São Bernardo teve uma das primeiras mulheres comandando a Prefeitura: Tereza Delta, que, até a demolição do prédio da Câmara, batizava o plenário Legislativo.
A eleição da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), em 2010, estimula a candidatura de outras mulheres nas eleições de 2012. No ABCD, três pré-candiaturas a prefeitas é resultado da “impulso Dilma” Em Ribeirão Pires, Maria Inês Soares concorrerá pelo PT, para ocupar a imagem da opção feminina na cidade. Em São Caetano, Regina Maura Zetone (PTB) também vai pelo mesmo caminho; em Mauá, Vanessa Damo disputa pelo PMDB.
Em Ribeirão Pires, o PT anunciou a pré-candidatura de Maria Inês Soares ao Paço. A petista já administrou a cidade entre 1997 e 2004. “O número de filiadas no PT é expressivo, também por influência da ex-prefeita Maria Inês. O PT sempre incentivou a participação das mulheres na política e temos uma boa representatividade nos nossos quadros”, disse o presidente municipal do partido Antonio Carlos Pereira, o Carlão.
Atualmente, na gestão de Clóvis Volpi (PV), a cidade tem apenas duas secretarias comandadas por mulheres, Comunicação (Vera Guazelli) e Educação (Rosi Ribeiro Di Marco).
Nas palavras da cientista política e professora da Fespsp (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo), Rosemary Segurado, o que se espera é que a eleição da Dilma possa servir de exemplo para as mulheres aumentarem a representação política no campo municipal.
O prefeito de São Caetano, José Auricchio (PTB), tem dito que a eleição de Dilma demonstrou que a população do País almeja mudanças. “O fato a ser comemorado é que a mulher ampliou sua participação na sociedade mundial com uma nova gama de características. A mulher se destaca por ser menos centralizadora e impositiva, como os homens”, disse Auricchio.
Em Santo André, nos últimos oito anos, as mulheres têm sido eleitas para ocupar o cargo de vice-prefeita. Em 2004, foi eleita Ivete Garcia (PT) na chapa encabeçada por João Avamileno (PT). Em 2008, foi a vez de Dinah Zekcer (PTB). Naquela eleição, ela fez a dobradinha na chapa majoritária do prefeito Aidan Ravin (PTB).
No caso de Santo André, ainda existe uma dúvida se Dinah disputará a reeleição ou será substituída por outra candidata. A intenção de Aidan é colocar a secretária de Educação, Cleide Bochixio, mas isso ainda depende de costuras com o PSDB, partido em que ela é filiada.
São Caetano tem mais mulheres nas secretarias: 53%. No comando das pastas estão Sônia Nogueira secretária da Fazenda; Magali Selva Pinto, da Educação; Luciana Patara, da Comunicação; Marisa Catalão, de Assistência e Inclusão Social e Coordenadoria da Terceira Idade; Helaine Balieiro, da Saúde; Lilian Fernandes, de Direitos da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida; Adriana Sampaio, de Cultura; Regina Maura, da Coordenadoria de Ação Social (status de secretaria), e Ana Maria Caffaro, Procuradora Geral do Município.
São Bernardo tem quatro secretárias: Márcia Barral (Desenvolvimento Social), Cleuza Repulho (Educação), Tássia Regino (Habitação) e Nilza de Oliveira (Planejamento).
Em Santo André, três mulheres comandam secretarias. A vice Dinah é secretária de Governo, a advogada Fabiana Bozella é secretária de Gabinete e Cleide Bochixio, da Educação.
Rio Grande - Em Rio Grande, a vice-prefeita é mulher, Helenice Arruda (PTB) e a intenção do prefeito Adler Kiko Teixeira (PSDB) é manter a dobradinha. O pré-candidato Gabriel Maranhão (PSDB), pode ter como vice a vereadora Marilza de Oliveira (PTB). O adversário Claudinho da Geladeira (PT), já definiu Cida Santos (PT) como vice.
Região tem apenas cinco vereadoras
O ABCD tem 108 parlamentares, sendo que apenas cinco são mulheres. Ou seja, o número de mulheres nas câmaras municipais não chega a 5%. Para a cientista política, Rosemary Segurado, porém, o número de mulheres no Poder Legislativo não representa a história feminista da Região. “É um número que não representa nada no ABCD, porque as mulheres têm história de participação maciça nas fábricas e deveria refletir na política regional”, opinou.
Diadema é o município que mais elegeu vereadoras, com três nomes: Irene dos Santos (PT), Cida Ferreira (PMDB) e Marion de Oliveira (PPL). As outras duas estão em Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, respectivamente: Diva Bartolo (PR), conhecida como Diva do Posto, e Marilza de Oliveira (PTB).
“Acredito que existe a necessidade de mais mulheres se engajarem na política, porque trabalhamos com o coração e isso muitas vezes ajuda a tratar de assuntos delicados”, disse Diva do Posto.
Em Rio Grande, dos nove parlamentares, a única mulher é a Marilza de Oliveira (PTB). “Infelizmente ainda há poucas mulheres na política e em Rio Grande, como a cidade é pequena, parece não ter espaço. Mas nós temos ganhado destaque na política e na atuação da cidade”, opinou.
São Bernardo não conta nesta legislatura com nenhuma vereadora. Apenas Fátima Araújo (PT) ocupa a suplência na Casa. Na verdade, poucas mulheres ocuparam uma cadeira no Legislativo: entre 2005 e 2008 Julieta Nage foi eleita pelo PSB e, na legislatura retrasada apenas Ana do Carmo (PT), hoje deputada estadual, representava as mulheres.
Apesar disso, em 1948, São Bernardo teve uma das primeiras mulheres comandando a Prefeitura: Tereza Delta, que, até a demolição do prédio da Câmara, batizava o plenário Legislativo.
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