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DATA DA PUBLICAÇÃO 07/02/2012 | Política
Dilma espera que concessão dos aeroportos traga gestão ''eficiente''
Ministro comemora e empresas falam sobre suas estratégias vencedoras

O resultado final do leilão de três dos principais aeroportos do país foi comemorado pelo governo. A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira que espera uma gestão eficiente dos concessionários dos três aeroportos entregues à iniciativa privada (Guarulhos, Brasília e Campinas).

- Vocês sabem, né? No governo é assim: termina uma etapa e começa outra. Agora é fazer com que isso ocorra. Ou seja, a administração eficiente dos três aeroportos - afirmou a presidente ao final da posse do novo ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro.

O leilão de privatização de três dos aeroportos mais movimentados do país surpreendeu o governo, ao levantar R$ 24,5 bilhões, 348% acima do preço mínimo. O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, disse que o ágio mostrou que o país é um ambiente seguro para o investimento.

— De novo o Brasil deu uma demonstração que é um ambiente seguro de investimento. Ter um certame com tanta disputa mostra isso — afirmou Bittencourt.

Questionado sobre a concessão dos aeroportos e a histórica oposição do PT às privatizações, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), respondeu:- Eu já defendi lá na CPI (do Apagão Aéreo) que, no caso específico dos aeroportos, nós tínhamos que abrir o capital da Infraero e permitir que houvesse investimentos privados nos aeroportos. É uma área que não é estratégica, que não é fundamental para o funcionamento do Estado brasileiro, mas é fundamental para o funcionamento do país. QUanto mais investimento privado nós tivermos, quanto mais recursos privado tiver nos aeroportos, mais recursos vai sobrar para a saúde, para a educação, investimento em infraestrutura e outras áreas que são fundamentais para o país. Eu acho que é um avanço

Ele também defendeu a abertura de capital das empresas áreas brasileiras para investidores internacionais, com o objetivo de fazer com que elas tenham mais recursos para investimento.

Empresas comentam estratégias vencedoras

O presidente da Invepar que arrematou o aeroporto de Guarulhos, Gustavo Rocha, disse que jogou para ganhar e que fez estudos por oito meses com mais de cem pessoas para chegar aos R$ 16,2 bilhões oferecidos. O valor foi tão alto que o aeroporto não teve novos lances.

— Não tenho dúvida que é uma ótima oportunidade de investimento e que vamos entregar aos acionistas e aos usuários o que eles esperam — afirmou Rocha, que estima para entre 2016 e 2017 um movimento de entre 50 e 55 milhões de passageiros em Guarulhos, projeção acima do mercado.

O presidente da Triunfo, Carlo Bottarelli, apesar de reconhecer que as ações de sua empresa caíram 6% após conquistar o aeroporto de Viracopos lembrou que o ágio pago pelo aeroporto foi o menor dentre os três ofertados:

— A dinâmica do leilão mostrou que cada grupo tinha um foco. Num jogo desse tínhamos que dar um winner na entrada. Estamos confiantes.

Já o diretor-executivo da Engevix, José Antunes Sobrinho, que representava o consórcio Inframérica e arrematou o aeroporto de Brasília, disse estar confiante no equilíbrio do negócio. Segundo ele, os cálculos para o lance levaram em conta diversas possibilidades de rentabilizar o aeroporto, desde venda de combustíveis até exploração comercial da infraestrutura.

Questionado sobre o fato de só terem operadoras de aeroportos de países emergentes, o ministro Wagner Bittencourt disse que acredita nessas empresas que operam em vários países e transportam milhares de passageiros por ano:

— O fato de ser um país emergente não diminui ninguém, senão teríamos um complexo de vira-lata eterno. A gente não pode ter preconceito da origem do capital. É uma pena que outros não tenham tido tanta ambição no bom sentido, de reconhecer a capacidade e oportunidade que é desenvolver negócios no país. Os três grupos vencedores confirmaram que o principal financiador será o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e que estudarão outras formas no futuro como as recém-regulamentadas debêntures de infraestrutura lançadas pelo governo, além da abertura de capital. A Invepar admitiu que estuda abrir o seu capital num período de 12 a 24 meses.

A administração dos aeroportos deve ser transferida aos consórcios vencedores no início de maio. Segundo os consórcios vencedores, os usuários devem começar a sentir as mudanças de gestão até o fim do ano.

Por O Globo
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