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DATA DA PUBLICAÇÃO 20/05/2014 | Educação
Dilma defende cotas no Enem e diz que medida é para superar racismo
Presidente participou de bate-papo com internautas no Facebook.

Ela afirmou que investe na segurança do exame para garantir 'isonomia'.


Em bate-papo com internautas sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a presidente Dilma Rousseff voltou a defender nesta quinta-feira (15) o uso de cotas raciais no sistema de avaliação educacional que garante vagas a universidades. Ao responder questionamento de um usuário da rede social Facebook sobre se as cotas não poderiam ser consideradas "racismo", ela disse que as ações afirmativas são necessárias para o país superar mais de "300 anos de escravidão"

"As cotas raciais integram as ações afirmativas necessárias para que superemos as consequências de 300 anos de escravidão e do racismo dela decorrente. #DilmaResponde", escreveu a presidente na página oficial do Palácio do Planalto no Facebook.
As cotas raciais integram as ações afirmativas necessárias para que superemos as consequências de 300 anos de escravidão e do racismo dela decorrente"
Dilma Rousseff, presidente da República

A lei de cotas sociais e raciais na rede federal de ensino superior entrou em vigor em agosto de 2012. A nova legislação prevê que, até 2016, todas as universidades e institutos federais reservem 50% de todas as suas vagas por critério de cor, rede de ensino e renda familiar.

O aumento das cotas deverá ser gradual até o prazo final: em 2013, no mínimo 12,5% das vagas já deveria ter seguido as regras da lei federal. Para 2014, a meta mínima é de 25%.

Muitas universidades, no entanto, já estão adotando 50% de vagas para cotista, antecipando-se em relação a 2016. Estas regras vale para alunos de escolas públicas.

Face to Face
Essa é a terceira vez que a presidente utilizou a rede social, em uma estratégia batizada de Face to Face, para iteragir com internautas. Na primeira oportunidade em que promoveu um chat, Dilma respondeu perguntas sobre o Marco Civil da Internet, que, na ocasião, recém tinha sido aprovado pelo Congresso Nacional. No segundo bate-papo virtual, as perguntas foram sobre o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).

Nem todas as perguntas dos internautas publicadas na página do Planalto foram respondidas. Entre as questões elaboradas pelos usuários da rede social estavam dúvidas sobre acessibilidade à prova, segurança do Enem , correções dos testes e até mesmo sobre o programa Ciência Sem Fronteiras.

Em meio à sabatina, um internauta pediu que Dilma enviasse um beijo para ele. No meio do chat, a presidente publicou uma foto mandando "beijinho" para o internauta.

Segurança do Enem
Nesta quinta, além de falar sobre as cotas no Enem, a chefe do Executivo também comentou sobre as medidas de segurança adotadas pelo governo para evitar fraudes no exame. De acordo com a petista, a cada ano, o esquema de segurança é melhorado para garantir "isonomia" aos participantes.

"A cada ano, nós melhoramos o esquema de segurança relativo às provas do Enem. Sabe por que para nós a segurança é importante? É porque, com ela, garantimos a isonomia do exame: todas as pessoas que participam têm igualdade de oportunidade", sustentou.

Ainda sobre o sistema de segurança do Enem, Dilma destacou que o governo federal firmou "amplo acordo" com as secretarias de segurança estaduais para assegurar a lisura da prova. Ela ressaltou também que as áreas de inteligência da Polícia Federal e das Forças Armadas dão suporte à segurança do exame e que a Polícia Rodoviária Federal e as as polícias rodoviárias estaduais prestam apoio no transporte das provas.

Correções
Durante a sessão de perguntas, Dilma afirmou que os corretores recrutados para corrigir as provas do Enem recebem um número limitado de testes por dia. "Temos tido o cuidado de garantir aos corretores as melhores condições para que eles façam seu trabalho de forma adequada", disse a presidente.

Alguns internautas ironizaram as falhas que marcaram o Enem nos últimos anos. Um deles, por exemplo, perguntou se poderia escrever uma receita de bolo na redação do Enem, referindo-se aos estudantes que preencheram a prova dissertativa com receitas e não foram eliminados. "É um bolo gostoso, eu prometo", escreveu um usuário do Facebook.

Por Juliana Braga - G1, em Brasília
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