NOTÍCIA ANTERIOR
Operadoras criam pacotes turísticos só para compras
PRÓXIMA NOTÍCIA
Carrefour anuncia proposta de fusão com Pão de Açúcar
DATA DA PUBLICAÇÃO 27/06/2011 | Economia
Dificuldade para obter alvará faz jornaleiro trocar banca por revistaria
O perfil do comércio de jornais e revistas em São Paulo vem mudando rapidamente. A dificuldade dos jornaleiros em obter um TPU (Termo de Permissão de Uso) para a instalação de uma banca em via pública, aliada aos problemas em abrir espaço para novos itens como alimentos e sorvetes, tem promovido a reinvenção das empresas do setor.

Segundo o Sindjor (Sindicato dos Vendedores de Jornais e Revistas de São Paulo), nos últimos quatro anos mais de 300 revistarias abriram na capital paulista. Nesse mesmo período, por sua vez, 900 bancas fecharam. Ao contrário das bancas, as revistarias não necessitam de alvará de funcionamento e podem comercializar produtos como brinquedos, chocolates e cigarros importados, entre outros.

Segundo o presidente do Sindjor, Ricardo Carmo, a concessão de novos pontos foi suspensa pela prefeitura e as transferências do documento costumam demorar entre 30 dias e cinco anos. Carmo lembra que é uma reivindicação antiga dos jornaleiros da capital a abertura para a venda de produtos diferenciados, como sorvetes e refrigerantes.

- Há anos não há abertura de novos pontos para bancas. Por isso, o que há é a compra das bancas que já existem, com a transferência de TPUs. Além disso, a legislação só permite a venda de certos tipos de gêneros alimentícios, como chocolates de até 30 gramas, não permite ter geladeiras de refrigerantes dentro da banca. Podemos vender, além de revistas e jornais, apenas coisas pequenas, como canetas, envelopes e cartões telefônicos.

Para entrar no ramo de jornais o empreendedor precisa desembolsar R$ 31 mil nos três primeiros meses, segundo uma estimativa feita pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).

Esse capital inicial envolve, entre outros custos, investimentos em instalações e equipamentos (R$ 11 mil) e gastos com abertura da empresa (R$ 2.000), além de reserva para gastos não previstos (R$ 5.000), estoques (R$ 2.000) e reserva para capital de giro (R$ 5.000).

Apesar das dificuldades envolvidas, Carmo diz que ainda compensa ser jornaleiro – se não pela remuneração, ao menos pelo contato com o público.

- O mercado de banca é gostoso, pelo contato com as pessoas, com o conhecimento. O jornaleiro é o primeiro a saber das notícias do dia. Afinal, somos os primeiros a receber o jornal. As bancas precisam de um leque mais amplo. Xerox é permitido, pilhas, cartão telefônico, bilhete único, zona azul. Por isso muitas estão sobrevivendo. Ninguém quer tornar as bancas lojas de conveniências, mas sim torná-las mais convenientes para os clientes.

Por Vinicius Albuquerque, do R7
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Economia
25/09/2018 | Operação mira sonegação de R$ 100 mi de grupos cervejeiros e cerca Proibida
25/09/2018 | Greve na Argentina cancela voos no Brasil nesta terça-feira
25/09/2018 | Demanda por GNV aumenta até 350% após alta na gasolina
As mais lidas de Economia
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7711 dias no ar.