NOTÍCIA ANTERIOR
Morre o ''pai do Viagra'' aos 92 anos
PRÓXIMA NOTÍCIA
Remédio para acne pode afetar crescimento, dizem especialistas
DATA DA PUBLICAÇÃO 26/05/2009 | Saúde e Ciência
Diferença genética ajuda a eleger parceiro, diz estudo
Na hora do escolher alguém para namorar, os opostos realmente se atraem. Seres humanos tendem a buscar parceiros que sejam geneticamente distintos, diz um estudo da Universidade Federal do Paraná apresentado ontem num congresso na Áustria.

Os pesquisadores descobriram que pessoas casadas têm, em uma certa região do genoma, mais diferenças genéticas entre si do que pares de desconhecidos. A região é responsável pelo sistema imunológico.

Segundo a geneticista Maria da Graça Bicalho, líder da equipe de cientistas, trata-se de uma estratégia evolutiva. Dessa maneira, os filhos terão maior variabilidade genética.

"Pais com genes diferentes podem oferecer aos seus filhos mais chance de evitar infecções porque o sistema imunológico deles será mais diverso."

Além disso, essa atração pelo diferente evita o incesto ou mesmo relacionamentos dentro da mesma família.

"Embora possa ser tentador pensar que humanos escolhem seus parceiros porque são parecidos com eles, a nossa pesquisa mostrou claramente que o desejo subconsciente de ter crianças saudáveis é importante na hora de escolher alguém".

E como saber quem é geneticamente diferente? Estudos anteriores diziam que animais podem usar o cheiro como guia para identificar possíveis parceiros como geneticamente parecidos ou diferentes.

Em um deles, dedicadas voluntárias cheiravam camisetas suadas de homens desconhecidos e diziam quais odores eram mais atraentes. Resultado: elas gostavam mais daquelas cujos donos tinham sistemas imunológicos mais distintos dos seus. Mas outros fatores também podem estar envolvidos.

O grupo paranaense publica trabalhos nessa área desde 1998. Desta vez, estudaram 484 pessoas, divididas em 90 casais e 152 pares aleatórios. O trecho do genoma analisado por eles é conhecido como Complexo Principal de Histocompatibilidade (MHC, na sigla em inglês). Ele tem um papel fundamental na saúde da prole e é encontrada na maioria dos vertebrados.

O trabalho foi apresentado numa conferência da Sociedade Europeia de Genética Humana, em Viena.
"Nós queremos continuar com esse trabalho, observando as influências sociais e culturais, assim como as biológicas, na hora da escolha de um parceiro e relacionando isso com a diversidade genética da região do MHC", diz Bicalho.

Mas, claro, ninguém escolhe seus amores só pelo cheiro. "Não concordamos com a teoria de que se uma pessoa tem um gene em particular isso vai determinar o seu comportamento. Mas achamos que o aspecto evolutivo inconsciente não deve ser ignorado", afirma.

Com agências internacionais

Por Folha de São Paulo
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Saúde e Ciência
20/09/2018 | Campanha contra sarampo e poliomielite segue na região
19/09/2018 | É melhor dormir com ou sem meias?
19/09/2018 | Forma de andar mostra os vícios de postura
As mais lidas de Saúde e Ciência
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7708 dias no ar.