DATA DA PUBLICAÇÃO 03/03/2010 | Cidade
Dias quer privatizar zona azul de Mauá
Em um dia sem muitas emoções na sessão da Câmara Municipal de Mauá, o assunto que rodeou os vereadores foi um projeto de lei encaminhado pela administração do prefeito Oswaldo Dias (PT) para a privatização do sistema de zona azul na cidade. Atualmente, cobrança e metodologia são feitas pela prefeitura, mas o governo defende que o serviço terá um salto de qualidade se repassado a uma empresa terceirizada.
A matéria ainda não entrou na ordem do dia dos parlamentares, e pegou muitos vereadores de surpresa. Até mesmo o secretário de Governo e todo-poderoso do Paço mauanese, José Luiz Cassimiro (PT), mostrou conhecer pouco do texto. “Sei que é sobre um convênio para a zona azul”, declarou o petista. A oposição também pediu tempo para analisar o artigo. “Ainda não li o projeto inteiro. Não tem como falar”, defendeu-se Manoel Lopes (DEM).
O governista Paulo Suares (PT) tentou resumir a intenção do prefeito. “Muitos países europeus estão à frente economicamente porque já adotavam as PPPs (Parceria Público-Privada). Não tem como a prefeitura contratar um monte de gente para fiscalizar a zona azul, cobrar e ainda emitir o bilhete. Além disso, as empresas disponibilizam de sistemas modernos, que facilitarão a vida da população”. Atualmente, o valor da taxa de estacionamento em vias públicas é de R$ 1,50 para uma hora e R$ 2,50 para duas horas.
Contradição - O discurso defensor da privatização da zona azul parece ser contrário ao adotado por petistas durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB, 1995-2002). Em sua gestão, FHC optou por vender serviços públicos ao terceiro setor, principalmente para empresas estrangeiras. Nesse pacote se incluiu a mineradora Vale do Rio Doce e o sistema de telefonia da Telebrás. À época, o tucano usou o mesmo argumento utilizado pelos governistas mauaenses: a parceria traria avanços tecnológicos aos setores.
A matéria ainda não entrou na ordem do dia dos parlamentares, e pegou muitos vereadores de surpresa. Até mesmo o secretário de Governo e todo-poderoso do Paço mauanese, José Luiz Cassimiro (PT), mostrou conhecer pouco do texto. “Sei que é sobre um convênio para a zona azul”, declarou o petista. A oposição também pediu tempo para analisar o artigo. “Ainda não li o projeto inteiro. Não tem como falar”, defendeu-se Manoel Lopes (DEM).
O governista Paulo Suares (PT) tentou resumir a intenção do prefeito. “Muitos países europeus estão à frente economicamente porque já adotavam as PPPs (Parceria Público-Privada). Não tem como a prefeitura contratar um monte de gente para fiscalizar a zona azul, cobrar e ainda emitir o bilhete. Além disso, as empresas disponibilizam de sistemas modernos, que facilitarão a vida da população”. Atualmente, o valor da taxa de estacionamento em vias públicas é de R$ 1,50 para uma hora e R$ 2,50 para duas horas.
Contradição - O discurso defensor da privatização da zona azul parece ser contrário ao adotado por petistas durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB, 1995-2002). Em sua gestão, FHC optou por vender serviços públicos ao terceiro setor, principalmente para empresas estrangeiras. Nesse pacote se incluiu a mineradora Vale do Rio Doce e o sistema de telefonia da Telebrás. À época, o tucano usou o mesmo argumento utilizado pelos governistas mauaenses: a parceria traria avanços tecnológicos aos setores.
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