NOTÍCIA ANTERIOR
Representante do Estado é vaiado por desapropriação em Mauá
PRÓXIMA NOTÍCIA
Em serviço, motorista é assassinado dentro de micro-ônibus em Mauá
DATA DA PUBLICAÇÃO 28/10/2009 | Cidade
''Dias liberou terreno que iria para a UFABC'', diz Dersa
Gerente da empresa que gerencia obra do Rodoanel afirma que construção de alça de acesso no espaço teve consentimento da atual administração.

O gerente de relações institucionais do Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.), Ermes da Silva, afirmou que o prefeito de Mauá, Oswaldo Dias, deu aval ao início das obras do Rodoanel e da extensão da Jacu-Pêssego em um terreno que seria negociado com o Governo Federal para a construção da UFABC (Universidade Federal do ABC).

“Todo o trajeto, inclusive as obras que precisaram ser adicionadas ao projeto inicial, como a interligação da Avenida Papa João XXIII com a nova Jacu-Pêssego foi discutido com a prefeitura de Mauá. E essa negociação foi feita com a atual gestão do município”, disse Silva. “Aquele terreno, inclusive, era de propriedade do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social)”, complementou.

No começo da semana, a prefeitura informou que a área utilizada pelo Dersa já havia sido oferecida ao Governo Federal e que a empresa responsável pela construção do Rodoanel “invadiu” o terreno. O Paço anunciou também que irá encaminhar novas propostas para a União construir uma unidade da UFABC.

Audiência – Os impactos do Rodoanel na cidade também foram debatidos durante uma audiência pública realizada na Câmara Municipal. Munícipes residentes nos bairros Jardim Oratório, Jardim Primavera e Jardim Sônia Maria voltaram a reclamar do tratamento recebido pelos profissionais do Dersa e acusaram a companhia de não ter critério nas avaliações das casas que serão indenizadas por conta das obras.

Outro questionamento recorrente era sobre o não-pagamento dos valores do terreno. Os moradores exigem que o Dersa indenize a área construída e não somente a estrutura da casa, alegando terem documentos que comprovam a propriedade do terreno.

O papel mostrado era de concessão de uso do local, assinado pelo ex-prefeito Dorival Resende (1977-1983). Segundo Silva, esse dado não garante ao munícipe a propriedade do espaço. “Para ele ter direito a esse dinheiro, ele teria de ter uma escritura lavrada no cartório de imóveis. E me parece que não é o caso da grande maioria. Quem tiver a escritura, é só entrar na Justiça requerendo seus direitos que o Dersa terá muito prazer em pagar”.

O vereador Paulo Suares rebateu a tese da empresa, dizendo haver uma lei no estatuto da cidade que permite ao morador de um imóvel a posse do terreno. Suares cita o Artigo 183, parágrafo 1º, que diz que “o título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem”. “Toda concessão com mais de cinco anos é reconhecido como posse do terreno”, comentou o vereador.

Silva afirmou que a concessão de uso, como cita a lei, não garante a propriedade do espaço. “Muitos confundem a concessão de uso com a posse definitiva. Esse documento, que não tem reconhecimento legal, fala sobre concessão de uso, ou seja, a pessoa pode usar aquele terreno. Mas o local continua sendo uma área pública e a posse é do poder municipal”.

Por Raphael Rocha - Estação Notícia
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Setecidades - Clique Aqui
As últimas | Cidade
06/04/2020 | Atualização 06/04/2020 do avanço Coronavírus na região do ABC Paulista
03/02/2020 | Com um caso em Santo André, São Paulo monitora sete casos suspeitos de Coronavírus
25/09/2018 | TIM inaugura sua primeira loja em Mauá no modelo digital
As mais lidas de Cidade
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7708 dias no ar.