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DATA DA PUBLICAÇÃO 02/05/2016 | Política
Diante de 100 mil pessoas, Dilma anuncia reajuste no Bolsa Família
Diante de 100 mil pessoas, Dilma anuncia reajuste no Bolsa Família Cerca de 100 mil pessoas compareceram ao Vale do Anhangabaú para participar do ato do 1º de Maio. Foto: Paulo Pinto/ Agência PT
Cerca de 100 mil pessoas compareceram ao Vale do Anhangabaú para participar do ato do 1º de Maio. Foto: Paulo Pinto/ Agência PT
Em ato do 1º de Maio no Anhangabaú, presidente ainda comunicou sobre redução de 5% no IR de assalariados

Em discurso de meia hora no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, a presidenta Dilma Rousseff disse no início da tarde deste domingo (01/05) que resistirá "até o fim" e que a oposição impediu o país de combater a crise e o desemprego. Confirmou o reajuste no Bolsa Família, de 9% em média, e redução de 5% no imposto de renda de assalariados. Ouvindo gritos de "fica, querida", Dilma reafirmou estar sendo vítima de golpe. "Se não tem base para o impeachment, o que é que está havendo?", questionou.

"Como não tenho conta no exterior, nunca recebi dinheiro do povo brasileiro, nunca recebi propina e nunca fui acusada de corrupção, eles tiveram de inventar um crime", afirmou a presidenta, comparando medidas implementadas no seu governo e no de Fernando Henrique Cardoso, ao afirmar ter feito 100 decretos de suplementação, enquanto o tucano fez 101. "Para ele, não era golpe nas contas públicas. Para mim, é golpe. Dois pesos e duas medidas. Eles não têm do que me acusar. É constrangedor."

Ela fez referência direta ao presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), segundo Dilma o grande aliado da oposição. "Esse senhor, Eduardo Cunha, foi o principal agente para desestabilizar o meu governo", afirmou. "Não aprovaram nenhuma das reformas que nós propúnhamos. Apostaram sempre contra o povo brasileiro. São responsáveis pelo fato de a economia brasileira estar passando por uma grave crise." Segundo a presidenta, Cunha passou a ameaçar com o impeachment após o PT se recusar a dar votos para livrá-lo de um processo de cassação.

Ao lado dos presidentes da CUT, Vagner Freitas, e da CTB, Adilson Araújo, além do secretário-geral da Intersindical, Edson Carneiro, o Índio, Dilma afirmou que o golpe é contra a democracia e contra direitos. "Eles propõem o fim da política de valorização do salário mínimo, que garantiu aumento real de 76% acima da inflação. Querem acabar com o reajuste dos aposentados. Querem transformar a CLT em letra morta e privatizar tudo o que for possível. A primeira vítima dessa lista é o pré-sal. Eles querem acabar com a obrigatoriedade do gasto com saúde e educação", acusou. "Os programas sociais são olhados como responsáveis pelo desequilíbrio no país. É mentira", reagiu, criticando a estrutura tributária.

Dilma afirmou que a notícia "mais triste, porque a mais perversa", é de acabar com parte do Bolsa Família, que seria restrita aos 5% mais pobres, ou 10 milhões de pessoas. "Sabem quantas pessoas recebem hoje o Bolsa Família? 47 milhões", disse a presidenta, acrescentando que os excluídos serão "entregues às forças do mercado".

A presidenta também anunciou a criação de um Conselho Nacional do Trabalho e a ampliação da licença-paternidade, de cinco para 20 dias, aos funcionários públicos. E confirmou, como já havia sido noticiado, a prorrogação do programa Mais Médicos por três anos.

"O golpe é contra a democracia, contra conquistas sociais. É dado também contra investimentos estratégicos no país, como o pré-sal. O mais grave é que impediram o Brasil de combater a crise econômica e o crescimento do desemprego. Eles vão aprofundar a crise. Quero dizer uma coisa para vocês: vou resistir, eu vou resistir e lutar até o fim", afirmou ao final do discurso. "Não é a minha pessoa. O meu mandato é o que foi dado por 54 milhões de pessoas, que acreditavam num projeto. O projeto que querem impor não foi vitorioso nas urnas. Vão às urnas, se coloque sob o crivo do povo brasileiro."

Por ABCD Maior - Rede Brasil Atual
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