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DATA DA PUBLICAÇÃO 04/04/2010 | Economia
Diadema já sonha com pleno emprego
A perspectiva de crescimento da economia brasileira com a exploração do petróleo do pré-sal vai ter reflexos no ABCD. A avaliação é do secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho de Diadema, Luís Paulo Bresciani, que defende que indústrias e empresas de serviços da cidade e da Região sejam fornecedoras da cadeia produtiva do pré-sal.

Bresciani não fala de um futuro distante e afirma que atualmente já é difícil um jovem se formar nos cursos do Senai e não encontrar emprego. O secretário revela que a Prefeitura está sendo procurada por empresas que buscam mais espaço para aumentar a produção e que já existe um gargalo no que se refere a novas áreas industriais.

ABCD MAIOR - Como a descoberta da camada de pré-sal no litoral do Estado pode beneficiar Diadema e o ABCD?
Luís Paulo Bresciani -
Nós estamos falando de um crescimento da economia do País em torno de 5% ou 6% e que, de uma forma geral, essa taxa se reproduz aqui na Região até com mais peso devido ao caráter industrial do ABCD. Com a nossa entrada na cadeia de investimento de petróleo e gás, teremos a condição de investir em empregos e recuperar a taxa de postos de trabalho perdidos nas indústrias com a crise financeira mundial. Será necessária a expansão de setor de serviços porque há uma série de segmentos vinculados a esse ramo e que podem ser aproveitados pelas empresas da cidade e da Região em função desse cenário grandioso e expressivo. Por enquanto, as empresas do ABCD têm presença muito tímida na cadeia produtiva de petróleo e gás. Temos que ampliá-la praticando vários eventos como foi o seminário “Petrobras e os Fornecedores do ABC”, no início de março deste ano, realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho de Diadema. O seminário motivou as empresas a se engajarem como fornecedores diretos e como subfornecedores.

ABCD MAIOR - Como a Prefeitura de Diadema pode auxiliar as empresas do município a investir nesse segmento?
Bresciani -
O nosso papel como Prefeitura é catalisar e estimular as empresas da cidade. Faremos articulações com instituições da Região e secretarias municipais para auxiliar nesse processo. Estamos bastante focados nas empresas de Diadema, como, por exemplo, o setor metalmecânico, que segue dependente do setor automotivo. Por isso é importante a diversificação de ramos porque se a cadeia automotiva esquenta isso é bom para todas as categorias. Senão, se houver um resfriamento, toda a cadeia sofre. O que podemos fazer além do nosso papel é buscar construir uma ação de capacitação de fornecedores e subfornecedores da nossa cidade a partir dos critérios de avaliação da Petrobras, para avaliar as empresas de pequeno porte principalmente. Ainda não tem data estimada para que isso aconteça, por isso, precisamos negociar com parceiros e trabalhar no projeto que ainda precisa ser discutido. Começamos a trabalhar isso através da Diretoria de Articulação e Desenvolvimento Empresarial, ou seja, nós já temos uma ideia do que faremos, mas precisamos negociar com parceiros na capacitação de recursos para financiar uma ação desse tipo. Pode demorar um mês, como pode demorar mais meses para amadurecer o projeto, mas isso não invalida o que vamos trabalhar nesse meio tempo. Tudo o que for preciso para trabalhar com a perspectiva a curto prazo e imediata em relação às nossas empresas que participam desse ramo, nós faremos.

ABCD MAIOR - Existe mão de obra qualificada para suprir a possível demanda das indústrias?
Bresciani -
Existe uma força de trabalho que já está disponível para o mercado de trabalho, tanto pelos trabalhadores oriundos do setor metalmecânico quanto do setor químico e petroquímico. Nós temos na Região, não só pelo trabalho feito pelas prefeituras, mas pela Fundação Florestan Fernandes e o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), por exemplo, profissionais qualificados. Todos poderão ser aproveitados pelas empresas. Na verdade, existe demanda maior de profissional qualificado. Atualmente é difícil um jovem sair do Senai e não arranjar emprego, mas precisamos ampliar o investimento na qualificação profissional. As empresas também precisam investir nisso para retomar a empregabilidade e ter a qualificação como um foco. Outros órgãos públicos também têm o papel de profissionalizar. A Prefeitura tem recursos do Ministério do Trabalho para utilizar com essa finalidade e a gente já vem utilizando. Temos o PDS (Plano de Desenvolvimento Setorial) que visa o fortalecimento das micro e pequenas empresas para aumentar a competitividade e podemos direcionar para o setor de petróleo e gás. O gargalo é mais de quantidade do que de qualidade e podemos gerar muitos empregos.

ABCD MAIOR - As empresas já têm potencial para fornecer serviços e equipamentos?
Bresciani -
As indústrias, de certa forma, já vêm investindo, as empresas que sobreviveram à crise estão preparadas. Há empresas que passaram ter problemas no final de 2008, mas têm condições de se recuperar. Essa inserção é uma forma de recuperação. É uma questão de ajuste no sistema de produção, talvez na expansão de volume. Têm fábricas que já nos procuraram que querem espaço maior para produzir e existe um gargalo em relação a essa capacidade de produção. Uma empresa pode demorar alguns meses para se ajustar aos critérios exigidos pela Petrobras ou pelo fornecedor, mas a gente não tem problemas graves em relação à gama de empresas de médio ou pequeno porte na questão de reajuste do sistema de produção.

ABCD MAIOR - Qual é o próximo passo da Prefeitura?
Bresciani -
Queremos fortalecer a presença das empresas no APL (Arranjo Produtivo Local) Metalmecanico e possibilitar que as empresas cresçam buscando a inserção no processo de petróleo e gás, mesmo que seja como subfornecedores. Isso não vale para as 1.500 empresas da cidade, mas se a gente tem um universo de 137 empresas da Região no cadastro de fornecedores da Petrobras, é necessário ter um número, no mínimo, dobrado. Por isso, vamos nos reunir e pensar nos possíveis desdobramentos para esse setor.

Por Deise Cavignato - ABCD Maior
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