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DATA DA PUBLICAÇÃO 01/11/2017 | Economia
Dia de Finados não anima floriculturas
Dia de Finados não anima floriculturas Estimativa de vendas é 50% menor; feriado prolongado e crise prejudicam os negócios. Foto: Nario Barbosa/DGABC
Estimativa de vendas é 50% menor; feriado prolongado e crise prejudicam os negócios. Foto: Nario Barbosa/DGABC
Tradicionalmente, o Dia de Finados é uma das melhores datas para o comércio de flores. As floriculturas do Grande ABC, porém, devido ao ciclo de vendas fracas, por conta da crise, não estão otimistas e esperam saída até 50% menor neste ano. Contribui à perspectiva o fato de o feriado ser prolongado neste ano, quando muita gente aproveita para viajar.

“Diminuí o volume de compras quase que pela metade. Antes, eu comprava cerca de 70 caixas (de flores) e, agora, encomendei 35 porque o ano como um todo está bem fraco”, conta Licoln Brago, proprietário da Floricultura Janaina, próxima ao Cemitério da Saudade, em São Caetano.

“Cada ano diminui mais. De 2015 para 2016, as vendas diminuíram 50%”, lamenta Marlene Ramos de Assis, proprietária da floricultura que leva seu nome, ao lado do cemitério andreense da Vila Pires. “Na crise, o pessoal não gasta. O preço não sobe há três anos. Tenho que mantê-lo, senão paro de vender”, acrescenta, sem estimar números para este ano.

Em Diadema, a Floricultura da Saudade, próxima ao cemitério municipal da cidade, partilha da mesma opinião. “Ano a ano o movimento cai por conta da crise”, desabafa a proprietária Lindivânia de Jesus Santana, que reduziu suas compras pela metade após o fechamento de sua segunda unidade, por conta do baixo movimento.

Brago destaca que não apenas a situação econômica do País influencia em suas expectativas, mas o fato de o feriado ser prolongado também prejudica as vendas. “O pessoal vai viajar na quinta-feira (amanhã) e acaba não vindo ao cemitério. Quando cai em um sábado, por exemplo, vende bem melhor”, explica. Para o empresário, no Dia das Mães e dos Namorados a procura é maior.

RETOMADA - Por outro lado, a são-caetanense Cecília Flores, situada ao lado do Cemitério da Saudade, prevê crescimento de até 10% nas vendas. “Os últimos anos estão estáveis. Desta vez, o clima também pode ajudar, pois se está sol ou chuva demais o pessoal deixa de vir (ao cemitério)”, relata a gerente Verônica Gomes da Silva.

“Finados é uma data muito boa para venda de flores”, afirma Fábio Vezzá De Benedetto, engenheiro agrônomo e responsável pelo mercado de flores da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André). Segundo ele, é esperado aumento de até 20% no comércio das flores, crescimento justificado pela maior oferta de produtos, consequentemente menor preço e pela mudança de hábito dos consumidores.

“Os últimos dois anos não foram bons porque o orçamento das famílias estava menor, então elas não compravam flores”, avalia De Benedetto. De acordo com o engenheiro agrônomo, a falta de chuvas também afetou a qualidade e o preço, prejudicando as vendas, nos períodos anteriores.

Assim sendo, com o regime hídrico regular deste ano, os valores tendem a estar mais equilibrados. “(As flores) São muito perecíveis, por isso seu custo oscila muito. Se as pessoas tivessem o hábito de consumí-las durante todo ano, a variação de preço em feriados seria menor”, observa.

MAIS POPULARES - As tradicionais flores do campo, como crisântemos e margaridas, são as espécies mais procuradas para homenagear os entes queridos falecidos. O vaso pode ser encontrado a partir de R$ 12, variando conforme o tamanho. Nos últimos anos, as orquídeas têm ganhado espaço com sua popularização e preços mais acessíveis, sendo compradas por R$ 20.

Vale lembrar que as flores de corte, que precisam de vaso com água, são proibidas nos cemitérios com o objetivo de evitar a criadouros do mosquito da dengue. Por este motivo, De Benedetto lembra que rosas, por exemplo, não são mais populares para a data.

ALTERNATIVAS - Por terem maior poder de compra, os supermercados vendem flores com preços menores se comparado às floriculturas. O vaso de crisântemo, por exemplo, custa a partir de R$ 4,99 e o de kalanchoes (popularmente chamada de ‘flor da fortuna’), por R$ 2,59.

As redes também se preparam para o Dia de Finados e afirmam reforçar o estoque de flores neste época. O Extra e Pão de Açúcar, do Grupo Pão de Açúcar, projetam ampliar em 10% suas vendas.

Por Flavia Kurotori - Especial para o Diário
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