DATA DA PUBLICAÇÃO 28/09/2014 | Economia
Dia das Crianças anima fabricantes
Foto: Nario Barbosa/DGABC
O grande número de lançamentos de produtos e a elevação do dólar frente ao real (hoje em R$ 2,43), que encarece os importados, devem colaborar para impulsionar as vendas de brinquedos nacionais na semana do Dia das Crianças (12 de outubro) e contribuir para o crescimento médio de 16% no faturamento das indústrias brasileiras para a data, que deve chegar a R$ 3,5 bilhões, estima a Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos).
Estão chegando às lojas, para a alegria da criançada, cerca de 1.000 lançamentos, estima a associação. A Grow, de São Bernardo, sozinha traz 100 novos produtos. O gerente de marketing da empresa, Gustavo Arruda, afirma que as novidades, muitas ligadas ao licenciamento de personagem – 40% do que a companhia fabrica –, devem ajudar a ampliar em pelo menos 10% as vendas do período em comparação a 2013.
Entre as apostas da Grow, que conta com 550 funcionários, estão jogos que aliam o conceito tradicional de tabuleiro com aplicativos para tablets ou smartphones: o Dream Phone, para as meninas, e o Captain Jack Pott, para os meninos. Os dois produtos têm preço sugerido de cerca de R$ 60 nas lojas. Para enfrentar a concorrência com os importados, diz o gerente da empresa da região, é importante se diferenciar e apostar em itens inovadores, como estes.
Arruda cita ainda outros lançamentos: a linha Acerte o Desenho (valor sugerido de R$ 80), baseado em novo quadro do Caldeirão do Huck; e os bonecos Finn e Jake (respectivamente estimados em R$ 65 e R$ 40), de desenho do canal de TV a cabo Cartoon Network. Há outros que já estão no mercado e que têm forte expectativa de vendas, como a Mônica Baby Barriguinha (em torno de R$ 100) e bonecos Toy Story (na faixa de R$ 50).
COMÉRCIO - Se as indústrias mostram otimismo, o mesmo não se pode dizer do comércio da região, que faz projeções mais modestas. Por causa de receios de elevação do desemprego entre a população, muitas lojistas de brinquedos calculam que as vendas do Dia das Crianças podem empatar com as do ano passado. Isso apesar de Pesquisa de Intenção de Compra, divulgada pela Universidade Metodista na semana passada, apontar que o consumidor da região está propenso a gastar 4% mais neste ano em presentes na data, atingindo R$ 56,5 milhões.
A gerente da Ri Happy do Shopping São Bernardo Plaza, Rosângela Moliterno Costa, cita que muitas metalúrgicas nas imediações têm demitido, o que pode implicar resultado bem próximo ou até ligeiramente menor neste ano. Mesmo assim, a loja dobrou o número de funcionários, com a contratação de temporários (20), e projeta boas saídas em itens como a boneca Peppa Pig (R$ 79,90), Lalaloopsi (até R$ 239,90), Transformers (de R$ 49 a R$ 150) e a Fábrica de Pulseiras (R$ 60).
Outro lojista, Valdemar Corrado, que é gerente da loja HB Brinquedos, de São Caetano, também é cauteloso e prevê vendas no mesmo nível de 2013. Suas apostas estão em bonecas com mecanismo, como a Baby Alive (de R$ 169 a R$ 259), e jogos, como o Lego (R$ 69 até R$ 500).
Hora da compra exige cuidados básicos para se evitar acidentes
Pais, tios e avós que se prezam não deixam de sair em busca de presentes para o Dia das Crianças, mas é importante ter em mente cuidados básicos na hora de escolher os produtos. O Ipem (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo) orienta sobre algumas cautelas e dicas no momento da compra, para que o item adquirido não gere acidentes nem prejuízos.
Entre as orientações, o instituto cita que as embalagens devem ter o selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia), o que indica que estão de acordo com normas de segurança. Mesmo mercadorias importadas e comercializadas no País precisam desse certificado.
Outra coisa que deve ser observada na hora da compra é a idade indicativa do brinquedo. Para crianças abaixo de 3 anos, é importante que o produto não tenha peças pequenas ou que possam ser soltas, pois há o risco de serem facilmente engolidas.
Também é importante saber se o item não possui material tóxico ou alguma substância que, se ingerida, possa causar acidentes. Quem vai presentear deve evitar comprar brinquedos no mercado informal, além de exigir a nota fiscal na loja, já que é a única garantia em caso de acidente de consumo ou para auxiliar na troca de produtos com defeito.
Impostos consomem até 72% do valor do presente
Os impostos costumam levar boa parte da despesa feita com os presentes para o Dia das Crianças. É o que revela levantamento da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), com base em dados do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação).
No topo da lista de brinquedos para a data, o videogame é um dos campeões de carga tributária. Do preço pago, 72,18% vão para os cofres públicos. Jogos e consoles têm a mesma tributação.
O percentual varia conforme classificação do governo. Quanto mais altos os impostos, mais os itens são avaliados como supérfluos. Chama atenção também a carga tributária de tênis importado (58,59%), patins (52,78%), aparelho de MP3 ou Ipod (49,45%), bola de futebol (46,49%), tablets (39,12%) e bicho de pelúcia (29,92%).
Estão chegando às lojas, para a alegria da criançada, cerca de 1.000 lançamentos, estima a associação. A Grow, de São Bernardo, sozinha traz 100 novos produtos. O gerente de marketing da empresa, Gustavo Arruda, afirma que as novidades, muitas ligadas ao licenciamento de personagem – 40% do que a companhia fabrica –, devem ajudar a ampliar em pelo menos 10% as vendas do período em comparação a 2013.
Entre as apostas da Grow, que conta com 550 funcionários, estão jogos que aliam o conceito tradicional de tabuleiro com aplicativos para tablets ou smartphones: o Dream Phone, para as meninas, e o Captain Jack Pott, para os meninos. Os dois produtos têm preço sugerido de cerca de R$ 60 nas lojas. Para enfrentar a concorrência com os importados, diz o gerente da empresa da região, é importante se diferenciar e apostar em itens inovadores, como estes.
Arruda cita ainda outros lançamentos: a linha Acerte o Desenho (valor sugerido de R$ 80), baseado em novo quadro do Caldeirão do Huck; e os bonecos Finn e Jake (respectivamente estimados em R$ 65 e R$ 40), de desenho do canal de TV a cabo Cartoon Network. Há outros que já estão no mercado e que têm forte expectativa de vendas, como a Mônica Baby Barriguinha (em torno de R$ 100) e bonecos Toy Story (na faixa de R$ 50).
COMÉRCIO - Se as indústrias mostram otimismo, o mesmo não se pode dizer do comércio da região, que faz projeções mais modestas. Por causa de receios de elevação do desemprego entre a população, muitas lojistas de brinquedos calculam que as vendas do Dia das Crianças podem empatar com as do ano passado. Isso apesar de Pesquisa de Intenção de Compra, divulgada pela Universidade Metodista na semana passada, apontar que o consumidor da região está propenso a gastar 4% mais neste ano em presentes na data, atingindo R$ 56,5 milhões.
A gerente da Ri Happy do Shopping São Bernardo Plaza, Rosângela Moliterno Costa, cita que muitas metalúrgicas nas imediações têm demitido, o que pode implicar resultado bem próximo ou até ligeiramente menor neste ano. Mesmo assim, a loja dobrou o número de funcionários, com a contratação de temporários (20), e projeta boas saídas em itens como a boneca Peppa Pig (R$ 79,90), Lalaloopsi (até R$ 239,90), Transformers (de R$ 49 a R$ 150) e a Fábrica de Pulseiras (R$ 60).
Outro lojista, Valdemar Corrado, que é gerente da loja HB Brinquedos, de São Caetano, também é cauteloso e prevê vendas no mesmo nível de 2013. Suas apostas estão em bonecas com mecanismo, como a Baby Alive (de R$ 169 a R$ 259), e jogos, como o Lego (R$ 69 até R$ 500).
Hora da compra exige cuidados básicos para se evitar acidentes
Pais, tios e avós que se prezam não deixam de sair em busca de presentes para o Dia das Crianças, mas é importante ter em mente cuidados básicos na hora de escolher os produtos. O Ipem (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo) orienta sobre algumas cautelas e dicas no momento da compra, para que o item adquirido não gere acidentes nem prejuízos.
Entre as orientações, o instituto cita que as embalagens devem ter o selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia), o que indica que estão de acordo com normas de segurança. Mesmo mercadorias importadas e comercializadas no País precisam desse certificado.
Outra coisa que deve ser observada na hora da compra é a idade indicativa do brinquedo. Para crianças abaixo de 3 anos, é importante que o produto não tenha peças pequenas ou que possam ser soltas, pois há o risco de serem facilmente engolidas.
Também é importante saber se o item não possui material tóxico ou alguma substância que, se ingerida, possa causar acidentes. Quem vai presentear deve evitar comprar brinquedos no mercado informal, além de exigir a nota fiscal na loja, já que é a única garantia em caso de acidente de consumo ou para auxiliar na troca de produtos com defeito.
Impostos consomem até 72% do valor do presente
Os impostos costumam levar boa parte da despesa feita com os presentes para o Dia das Crianças. É o que revela levantamento da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), com base em dados do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação).
No topo da lista de brinquedos para a data, o videogame é um dos campeões de carga tributária. Do preço pago, 72,18% vão para os cofres públicos. Jogos e consoles têm a mesma tributação.
O percentual varia conforme classificação do governo. Quanto mais altos os impostos, mais os itens são avaliados como supérfluos. Chama atenção também a carga tributária de tênis importado (58,59%), patins (52,78%), aparelho de MP3 ou Ipod (49,45%), bola de futebol (46,49%), tablets (39,12%) e bicho de pelúcia (29,92%).
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