DATA DA PUBLICAÇÃO 04/06/2011 | Setecidades
Descontentes, motoristas retornam ao trabalho
A orientação do Sinetra (Sindicato dos Rodoviários e Anexos do ABC) de que motoristas e cobradores suspendessem a greve e retornassem ao trabalho nesta sexta-feira (03/06) causou descontentamento da categoria, que queria continuar a paralisação para pressionar as empresas a conceder um percentual maior de reajuste.
Na assembleia realizada na sede do sindicato na manhã desta sexta, que reuniu cerca de 1,8 mil trabalhadores, diretores do Sinetra explicaram que a entidade estava sujeita a uma multa de R$ 200 mil diários, caso a greve continuasse. “Além disso, há a possibilidade de demissão por justa causa de quem não se apresentar a empresa”, disse o diretor de imprensa do Sinetra, Marcos Antonio Aleixo.
No fim da reunião, alguns trabalhadores mais exaltados não aceitavam a orientação de voltar ao trabalho. “Isso é um absurdo. Não nos apresentaram nada de novo e nos impuseram uma volta às atividades”, disse, enquanto chorava, uma trabalhadora que não quis se identificar.
O motorista Joaquim Alves Ferreira destacou que a decisão de fazer uma greve é a última opção da categoria na luta por um bom percentual de reajuste salarial. “Não queremos fazer paralisações, pois prejudicamos a população. Porém, no ano passado o aumento foi de 3%, o que consideramos humilhante. Vamos voltar ao trabalho, por conta da decisão judicial”, disse.
Negociações - A definição de reajuste de 7,8%, definida na quinta-feira (02/06) pela desembargadora Sonia Maria Prince Franzini, não foi sequer votada na assembleia. “Avaliamos que esse percentual é muito abaixo do que pretendíamos e também há a definição judicial de que as negociações prossigam. Vamos conversar com as empresas, para melhorar esse percentual”, disse Aleixo.
Para o sindicalista, a diretoria do Sinetra sai enfraquecida do movimento. “Toda vez que há uma greve, os diretores devem falar a verdade para a categoria e a verdade às vezes dói”, afirmou.
Aleixo não descartou a possibilidade de uma nova paralisação caso as negociações não avancem. “Às vezes é melhor recuar um passo para avançar dois”, argumentou. Os trabalhadores reivindicavam 15% e as empresas propunham aumento de 8% nos salários, reajuste no PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de 33% para os cobradores e de 12% para os motoristas.
Quanto à volta da normalidade do transporte público no ABCD, o diretor do sindicato acredita que no início da tarde desta sexta-feira 100% da frota já esteja circulando pelos sete municípios. Durante a manhã, os terminais ainda estavam vazios e alguns pontos lotados de passageiros. Os poucos ônibus que faziam operação trafegavam com intervalos maiores e lotados.
Julgamento – Ainda nesta sexta, à tarde, o presidente do Sinetra, Francisco Mendes da Silva, tentará reverter no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) a multa de R$ 200 mil diários por dias trabalhados. A audiência está marcada para as 13h.
Na assembleia realizada na sede do sindicato na manhã desta sexta, que reuniu cerca de 1,8 mil trabalhadores, diretores do Sinetra explicaram que a entidade estava sujeita a uma multa de R$ 200 mil diários, caso a greve continuasse. “Além disso, há a possibilidade de demissão por justa causa de quem não se apresentar a empresa”, disse o diretor de imprensa do Sinetra, Marcos Antonio Aleixo.
No fim da reunião, alguns trabalhadores mais exaltados não aceitavam a orientação de voltar ao trabalho. “Isso é um absurdo. Não nos apresentaram nada de novo e nos impuseram uma volta às atividades”, disse, enquanto chorava, uma trabalhadora que não quis se identificar.
O motorista Joaquim Alves Ferreira destacou que a decisão de fazer uma greve é a última opção da categoria na luta por um bom percentual de reajuste salarial. “Não queremos fazer paralisações, pois prejudicamos a população. Porém, no ano passado o aumento foi de 3%, o que consideramos humilhante. Vamos voltar ao trabalho, por conta da decisão judicial”, disse.
Negociações - A definição de reajuste de 7,8%, definida na quinta-feira (02/06) pela desembargadora Sonia Maria Prince Franzini, não foi sequer votada na assembleia. “Avaliamos que esse percentual é muito abaixo do que pretendíamos e também há a definição judicial de que as negociações prossigam. Vamos conversar com as empresas, para melhorar esse percentual”, disse Aleixo.
Para o sindicalista, a diretoria do Sinetra sai enfraquecida do movimento. “Toda vez que há uma greve, os diretores devem falar a verdade para a categoria e a verdade às vezes dói”, afirmou.
Aleixo não descartou a possibilidade de uma nova paralisação caso as negociações não avancem. “Às vezes é melhor recuar um passo para avançar dois”, argumentou. Os trabalhadores reivindicavam 15% e as empresas propunham aumento de 8% nos salários, reajuste no PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de 33% para os cobradores e de 12% para os motoristas.
Quanto à volta da normalidade do transporte público no ABCD, o diretor do sindicato acredita que no início da tarde desta sexta-feira 100% da frota já esteja circulando pelos sete municípios. Durante a manhã, os terminais ainda estavam vazios e alguns pontos lotados de passageiros. Os poucos ônibus que faziam operação trafegavam com intervalos maiores e lotados.
Julgamento – Ainda nesta sexta, à tarde, o presidente do Sinetra, Francisco Mendes da Silva, tentará reverter no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) a multa de R$ 200 mil diários por dias trabalhados. A audiência está marcada para as 13h.
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