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DATA DA PUBLICAÇÃO 28/02/2009 | Cidade
Desalojados ocupam casas em Mauá
Depois de serem desalojados de seus imóveis, localizados em área de risco, e cansados de esperar por quatro anos a Prefeitura de Mauá realocá-los em outras residências, cinco famílias tomaram uma atitude inusitada: invadiram os imóveis que estavam sendo construídas para elas mesmas, no Jardim Itapeva.

Além da demora da administração em resolver a situação, eles se queixam que estão com o auxílio-moradia atrasado. "Desde dezembro eles não pagam. A imobiliária me pediu a casa", explicou João de Deus Lima, de 41 anos.

As famílias ocuparam os imóveis na segunda-feira. Eles tinham sido retiradas de uma área de risco no bairro Oratório em 2004. A promessa da administração municipal, segundo eles, era de que no período máximo de dois anos as famílias seriam alojados em casas populares no bairro Itapeva. Em contrapartida, deveriam pagar 19 prestações no valor de R$ 40 cada.

Enquanto as casas não fossem construídas as famílias teriam direito a um auxílio-aluguel custear o pagamento da locação de outro imóvel. Desde dezembro, no entanto, o benefício deixou de ser pago. As famílias dizem já ter pago todas as prestações acertadas com a prefeitura e, mesmo assim, não receberem o imóvel prometido.

O pedreiro José Afrânio Pereira da Silva, de 48 anos, se queixa de há quatro anos morar em um apartamento minúsculo com a mulher e três filhos, tendo de deixar para trás uma casa de cinco cômodos na área desapropriada. Segundo ele, com o auxílio-aluguel que recebe, de R$ 200, não é possível conseguir um imóvel melhor. "E se você fala que o aluguel vai ser pago pela prefeitura, ninguém quer alugar", afirma.

O pedreiro também reclama de não ter sido chamado para ocupar as residências, enquanto outras famílias na mesma situação já estarem habitando alguns imóveis. "Passou gente na minha frente. Tenho certeza".

GCMs tentam fazer famílias desocupar casas invadidas

A GCM (Guarda Civil Metropolitana) e funcionários da Prefeitura de Mauá foram até o Jardim Itapeva na tarde ontem tentar convencer as famílias a sair das residências invadidas.

Eles permaneceram aproximadamente duas horas no local, mas não apresentaram pedido de reintegração de posse formalizado na Justiça e argumentaram com os moradores que todos seriam recebidos pelo secretário de Habitação da cidade na segunda-feira. Até por volta das 18h,quando a GCM deixou o local, apenas uma das famílias tinha se convencido a desocupar as residências.

Segundo os moradores, nos dias anteriores os guardas fizeram ameaças aos invasores. "É uma ameaça constante, Vêm aqui até de noite e dizem que vão passar por cima das mulheres, das crianças", afirmou João de Deus Lima.

Pai de sete filhos, ele disse que não teria para onde ir caso deixasse o imóvel invadido. Lima procurou o Ministério Público de Mauá pedindo providências contra a administração municipal.

Por Deh Oliveira - Diário do Grande ABC / Foto: Ari Paleta
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