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DATA DA PUBLICAÇÃO 11/03/2015 | Setecidades
Desabamento deixa desabrigados
 Desabamento deixa desabrigados Foto: Marina Brandão/DGABC
Foto: Marina Brandão/DGABC
O desabamento de quatro casas, sendo uma com três andares, na manhã de ontem, na Rua Artur Bernardes, no bairro Casa Grande, em Diadema, assustou moradores do entorno. Apesar de ninguém ter ficado ferido, o acidente deixou quatro famílias desabrigadas. As causas do problema ainda não foram apontadas pelas autoridades, mas a população associa o ocorrido com danificação da estrutura dos imóveis devido obra particular vizinha.

A aposentada Maria Enid Costa, 80 anos, é a proprietária das quatro residências. A moradora relatou, com lágrimas nos olhos e ainda muito abalada, que já havia advertido os responsáveis por obra vizinha particular a respeito de uma rachadura na parede de sua casa. Ela morava no local com o marido, também idoso e que ocupa cadeira de rodas.

Uma outra residência no terreno era ocupada pela filha do casal e dois netos, com 15 e 8 anos. Outros quatro inquilinos (residiam em duas casas) também ficaram desabrigados. Todos os moradores conseguiram sair de casa assim que escutaram barulho forte, vindo do possível agravamento na rachadura, deixando tudo para trás. Apenas um cachorro não conseguiu escapar e foi atingido pelos escombros.

“Meus netos tinham até medo quando a casa toda tremia e não queriam ficar dentro dela. E agora eu não sei o que fazer, mas pelo menos deu tempo de tirar o carro da garagem e todos saíram sem ferimentos depois do barulho”, comenta aliviada Maria Enid.

A auxiliar de embalagens Raquel Gomes dos Reis, 28, que mora na casa em frente, comentou que até mesmo ela, do outro lado da rua, sentiu o chão tremendo no momento do acidente. “Até o espelho da sala balançou. Se fosse de madrugada, todos teriam morrido”, destaca.

A Prefeitura de Diadema confirmou que uma reclamação foi feita formalmente no dia 22 de outubro de 2014 a respeito das rachaduras pela moradora. Logo após o alerta, uma equipe da administração foi ao local para realizar vistoria, mas foi constatado que a obra estava regular e que podia ter continuidade. O alvará para execução dos trabalhos, que possui validade de dois anos, está devidamente feito e aprovado pelas autoridades.

A assistente social do Cras (Centro de Referência de Assistência) de Diadema, Maria Terezinha dos Santos, afirmou que os moradores foram transportados para a delegacia e que receberiam todo atendimento necessário. “Todas as providências serão tomadas neste momento difícil junto ao advogado da família”, disse.

A Prefeitura de Diadema informou que a rua permanece parcialmente interditada para tráfego de veículos. A Defesa Civil do município ofereceu apoio para as quatro famílias que moravam no local, mas as mesmas preferiram se abrigar na casa de parentes e amigos. Não houve necessidade de interditar os imóveis ao lado.

Moradores relatam preocupação com retroescavadeira há duas semanas

Os trabalhos de uma retroescavadeira na obra ao lado dos imóveis atingidos pelo desabamento são apontados pelos vizinhos como possível causa do acidente. Os moradores relataram que passaram a se preocupar com o risco de acidentes no local há cerca de duas semanas, quando teve início a ação do veículo.

De acordo com a comunidade, além do barulho forte, era constante a observação de solo tremendo durante a obra. “Eu cansei de ir lá e pedir para eles (funcionários da obra) não cavarem tão fundo, mas ninguém me escutava. Acredito que eles deveriam saber o que aconteceria”, lamenta a aposentada Maria Enid Costa, 80 anos, proprietária dos imóveis atingidos.

Hoje, o terreno em obra está sem nenhuma estrutura física, já que o sobrado que existia no local foi demolido para que uma casa térrea e com estruturas completamente novas seja erguida no lugar.

O processo de avaliação dos responsáveis que garantem a segurança da obra, basicamente, comparam se o que foi proposto no projeto está sendo respeitado nos resultados físicos. Aparentemente, não existia nenhuma irregularidade.

Por Oscar Brandtneris - Especial para o Diário
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