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DATA DA PUBLICAÇÃO 15/10/2011 | Saúde e Ciência
Dengue pode vir mais forte este ano no ABCD
Dengue pode vir mais forte este ano no ABCD  Pneus ao ar livre podem se tornar criadouros do mosquito transmissor da dengue. Foto: Arquivo ABCD MAIOR
Pneus ao ar livre podem se tornar criadouros do mosquito transmissor da dengue. Foto: Arquivo ABCD MAIOR
Levantamento do Centro de Vigilância Epidemiológica da secretaria estadual de Saúde aponta que, entre janeiro e setembro deste ano, o ABCD registrou aumento de 3,6% nos casos de dengue, em relação ao mesmo período de 2010. Até o mês passado, foram confirmados 562 casos da doença, contra 542 notificados no ano passado. O professor de infectologia da FMABC (Faculdade de Medicina ABC), Munir Akar Ayub, alerta que, nos próximos meses, o aumento pode ser maior.

O percentual é justificado pelo aumento de casos importados da doença – munícipes que contraíram a dengue em outras cidades. Enquanto até setembro de 2010 foram confirmados 120 casos, no mesmo período deste ano foram notificados 156. Entretanto, em todas as cidades houve redução de casos autóctones da doença – contraídos no município –, sendo que em Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra esse índice foi zerado.

Ayub explicou que nesse período do ano, quando o clima está mais ameno, normalmente há queda na quantidade de casos. “Entretanto, houve aumento neste ano. Nos próximos meses a tendência é que esse percentual seja mais acentuado”, disse.

De acordo com infectologista, essa tendência de aumento está relacionada ao fato de o tipo 4 da doença não ter muitas notificações no Sudeste. Ayub explicou que existem quatro tipos de vírus que transmitem a dengue. “Quando uma pessoa contrai a doença, ela cria anticorpos contra o tipo do vírus. Até o momento, foram notificados poucos casos do tipo 4 em São Paulo, portanto o organismo das pessoas não tem as defesas necessárias para combater esse vírus específico. Mesmo quem já teve a doença pode contraí-la novamente”, alertou.

Cidades vulneráveis somam 283 no Estado
Recentemente, a secretaria estadual de Saúde listou 283 municípios do Estado com maior vulnerabilidade para a circulação do vírus da dengue, entre os quais estão São Bernardo, São Caetano e Diadema. A classificação de risco foi feita com base em indicadores como série histórica de dengue, índices de infestação predial e densidade populacional.

O secretário de Saúde de São Bernardo, Arthur Chioro, destacou que o Ministério da Saúde não tem essa expectativa de aumento e que o número de notificações deva girar em torno do resultado de 2010 – quando foram confirmados 785 casos no ABCD. “Casos do tipo 4 surgirão e serão contabilizados. Não há o que fazer de diferente para evitar que isso aconteça”, destacou.

Chioro destacou que é fundamental maior conscientização da população de que é necessária a participação de todos para acabar com os criadouros do mosquito. “As equipes de saúde não conseguem entrar em todas as residências, principalmente nas de famílias de classe A”, salientou.
Nos próximos dias, haverá intensificação do combate aos focos do mosquito Aedes aegypti na cidade.

Além das ações rotineiras, haverá mutirões casa a casa nas áreas de maior concentração de casos.
Quanto ao aumento de casos importados da doença, o secretário destacou que o fato de a cidade estar próxima do Litoral favorece para que isso aconteça. “Esse não é um agravante somente para São Bernardo, mas para toda a Região. Se há um surto de dengue na Baixada, corremos o risco de que aconteça aqui também”, disse.

Classe A limita trabalho de agentes
Em São Caetano, além das vistorias casa a casa, os agentes de vetores também fazem visitas quinzenais em pontos estratégicos como borracharias, terrenos, parques e cemitérios.

A coordenadora da campanha antidengue em São Caetano, Melissa Valtier, disse que o problema está nos bairros com moradores de alto poder aquisitivo. “Em casas do Jardim São Caetano, a equipe é impedida de entrar para fazer a verificação de possíveis focos. Porém, em muitas dessas residências há piscinas”, exemplificou.

Melissa disse que é comum as equipes de agentes de saúde da cidade visitarem um imóvel, passar todas as orientações, mas em uma nova visita, constatar que nada foi feito.

O chefe do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Diadema, Sandro Corumba, destacou que as pessoas só lembram da doença no verão. “O combate deve ser feito todo o ano. Nos meses com o clima mais ameno o mosquito põe os ovos; no verão, esses ovos eclodem. Aí não há muito que fazer. O ideal é que o combate ocorra durante todo o ano”, disse.

Por Vladimir Ribeiro - ABCD Maior
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