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DATA DA PUBLICAÇÃO 08/11/2009 | Internacional
Democratas cedem na questão do aborto para aprovar reforma da saúde de Obama
Os democratas liberais, liderados pela presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, conseguiram aprovar neste sábado a reforma ampla no sistema de saúde do país defendida pelo presidente Barack Obama. Para isso, contudo, a ala teve que ceder e aceitar a proposta de restrições mais rígidas proibindo o uso dos planos de saúde adquiridos com subsídio do governo de cobrir abortos.

A concessão, destaca o jornal "The New York Times", pareceria impensável para Pelosi, defensora do direito ao aborto. Foi, contudo, feita em nome de uma ala mais moderada, e contrária à prática, dos democratas que ameaçava barrar a reforma de saúde na Câmara.

Dos males, o menor. A reforma é tida como prioridade do governo Obama e muitos democratas apontam-na como a grande conquista democrata na área social --excelente tema de campanha para as eleições do ano que vem para o Legislativo.

Mesmo com a concessão, 39 democratas moderados se juntaram aos republicanos na reprovação da reforma, que contou com vitória apertada, 220 votos a favor e 215 contra.

A restrição ao aborto causou ainda reações firmes na ala liberal do partido, que anunciou esforços para retirar a emenda na votação no Senado.

A disputa sobre o aborto nos EUa não é nova. Nos anos 80, afirma o "NYT", os democratas brigavam internamente. Na década seguinte, com o aumento do apoio público ao direito ao aborto, a ala mais liberal ganhou força.

Prazo

Obama, que tem nesta primeira aprovação da reforma uma vitória, já que é considerada prioridade da agenda nacional, disse estar "absolutamente confiante" de que a reforma será aprovada também pelo Senado.

"O Senado dos Estados Unidos deve seguir e aprovar sua versão do projeto de lei. Confio totalmente que o fará e espero assinar a lei da reforma integral do seguro de saúde para o fim do ano".

O plano aprovado será aplicado em dez anos (2010-2019) e terá um custo de US$ 1,1 trilhão para estender a cobertura médica aos americanos que não têm nenhum tipo de cobertura. Os cidadãos seriam obrigados assim a pagar as mensalidades para seguradoras privadas ou a um plano público, com a ajuda de subsídios, sob pena de multas.

O plano proíbe também as seguradoras privadas se negarem a estender uma nova apólice a pessoas que sofrem de alguma doença, algo que fazem atualmente e que é um desastre para muitos americanos que contraem uma doença grave quando estão sem seguro.

Os EUA são o único país desenvolvido que não tem um sistema amplo de saúde, que cubra todos os seus cidadãos. As estimativas do governo americano indicam que cerca de 36 milhões de pessoas nos EUA não tem nenhum tipo de cobertura de saúde.

Crítica

Os críticos questionam se o plano de saúde subsidiado não acabará com a competição no mercado, levando as empresas privadas à falência. As empresas privadas temem ainda que terão que adotar um plano geral de saúde, em vez de coberturas específicas para cada paciente.

Para os legisladores, outro temor é o efeito colateral da proposta de Obama de aumentar os impostos para os mais ricos, eleitores influentes, para bancar a reforma. Outra proposta para reduzir o impacto da reforma no orçamento é cortar a verba para os programas federais de saúde já existentes, como o Medicare, para idosos e deficientes. A oposição duvida que seja possível cortar valor significativo da verba do programa sem afetar os serviços.

Por Folha Online
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