DATA DA PUBLICAÇÃO 01/10/2015 | Economia
Demissões no ABCD em 2015 atingem os maiores salários
Ao perder mais postos de trabalho na indústria, massa de rendimentos diminuiu na Região com muito mais intensidade. Foto: Rodrigo Pinto
Queda na massa de renda da população caiu numa proporção muito maior que o nível de emprego
Com a atual onda de demissões, a população do ABCD viu diminuir seu poder de compra numa proporção maior que o próprio crescimento do desemprego. Os dados da PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego) divulgada nesta quarta-feira (30/09) revelam que o volume da massa de rendimento da Região caiu em R$ 1,5 bilhão entre janeiro e julho de 2015.
Ao perder mais postos de trabalho na indústria, massa de rendimentos diminuiu na Região com muito mais intensidade. Foto: Rodrigo Pinto
A média salarial dos trabalhadores do ABCD também está em declínio desde janeiro. Para se ter ideia, no primeiro mês de 2015 o rendimento médio dos trabalhadores ocupados era de R$ 2.183, já em julho foi de R$ 2.051.
De acordo com Alexandre Loloian, economista da Fundação Seade, as demissões na indústria estão na raiz da queda severa na massa de salários. “O rendimento médio do trabalhador da indústria geralmente é mais elevado que os demais, e como o ABCD ainda é bastante industrial, quando este setor é atingido pela crise, ele a sente mais profundamente”, explicou.
Para Loloain, a queda do volume de massa de rendimento é preocupante para para a retomada da economia local. “Com o poder de compra menor, a população consome menos produtos e serviços. Desta maneira, os estoques continuam elevados, e a indústria produzindo menos, consequentemente os setores continuam fechando vagas”, disse.
DESEMPREGO
A taxa de desemprego apresentou um ligeiro aumento no ABCD, ao passar de 12,7% em julho para 13,6% em agosto. O contingente de trabalhadores desempregados em agosto foi estimado em 188 mil pessoas, cerca de 11 mil a mais do que em julho. O resultado está atrelado aos 20 mil postos de trabalho eliminados no período e da saída de 9 mil pessoas que deixaram de se apresentar ao mercado de trabalho para concorrer uma vaga.
Os dados também revelam que a Região empregava em agosto 1 milhão e 193 mil pessoas; a indústria empregava 261 mil trabalhadores. Este volume é o menor da média de trabalhadores do setor desde 2011. A indústria metalmecânica também acompanha a queda e atuou no mês de agosto com 134 mil funcionários, este número é 30% a menos do que o setor representava em 2011. É é justamente nela que estão os melhores salários da Região. Na montadoras por exemplo, cortes por meio de programas de demissão voluntária visam os trabalhadores em final de carreira e no topo da evolução salarial.
Os empregos com carteira assinada, que também são considerados um termômetro para a economia, também caíram. Em agosto o setor privado empregava 667 mil pessoas com carteira, cerca de 53 mil a menos do que o mesmo mês de 2014.
O nível de ocupação (carteira assinada ou não) no comércio ficou em 196 mil pessoas, 8% menos que há quatro anos. Já o setor de serviços cresceu 13,4% entre 2011 a 2015 e fechou agosto com 660 mil pessoas.
Com a atual onda de demissões, a população do ABCD viu diminuir seu poder de compra numa proporção maior que o próprio crescimento do desemprego. Os dados da PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego) divulgada nesta quarta-feira (30/09) revelam que o volume da massa de rendimento da Região caiu em R$ 1,5 bilhão entre janeiro e julho de 2015.
Ao perder mais postos de trabalho na indústria, massa de rendimentos diminuiu na Região com muito mais intensidade. Foto: Rodrigo Pinto
A média salarial dos trabalhadores do ABCD também está em declínio desde janeiro. Para se ter ideia, no primeiro mês de 2015 o rendimento médio dos trabalhadores ocupados era de R$ 2.183, já em julho foi de R$ 2.051.
De acordo com Alexandre Loloian, economista da Fundação Seade, as demissões na indústria estão na raiz da queda severa na massa de salários. “O rendimento médio do trabalhador da indústria geralmente é mais elevado que os demais, e como o ABCD ainda é bastante industrial, quando este setor é atingido pela crise, ele a sente mais profundamente”, explicou.
Para Loloain, a queda do volume de massa de rendimento é preocupante para para a retomada da economia local. “Com o poder de compra menor, a população consome menos produtos e serviços. Desta maneira, os estoques continuam elevados, e a indústria produzindo menos, consequentemente os setores continuam fechando vagas”, disse.
DESEMPREGO
A taxa de desemprego apresentou um ligeiro aumento no ABCD, ao passar de 12,7% em julho para 13,6% em agosto. O contingente de trabalhadores desempregados em agosto foi estimado em 188 mil pessoas, cerca de 11 mil a mais do que em julho. O resultado está atrelado aos 20 mil postos de trabalho eliminados no período e da saída de 9 mil pessoas que deixaram de se apresentar ao mercado de trabalho para concorrer uma vaga.
Os dados também revelam que a Região empregava em agosto 1 milhão e 193 mil pessoas; a indústria empregava 261 mil trabalhadores. Este volume é o menor da média de trabalhadores do setor desde 2011. A indústria metalmecânica também acompanha a queda e atuou no mês de agosto com 134 mil funcionários, este número é 30% a menos do que o setor representava em 2011. É é justamente nela que estão os melhores salários da Região. Na montadoras por exemplo, cortes por meio de programas de demissão voluntária visam os trabalhadores em final de carreira e no topo da evolução salarial.
Os empregos com carteira assinada, que também são considerados um termômetro para a economia, também caíram. Em agosto o setor privado empregava 667 mil pessoas com carteira, cerca de 53 mil a menos do que o mesmo mês de 2014.
O nível de ocupação (carteira assinada ou não) no comércio ficou em 196 mil pessoas, 8% menos que há quatro anos. Já o setor de serviços cresceu 13,4% entre 2011 a 2015 e fechou agosto com 660 mil pessoas.
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