DATA DA PUBLICAÇÃO 13/01/2009 | Economia
Demissões chegam às montadoras
Os efeitos da crise econômica mundial começam a atingir o trabalhador brasileiro após três meses de seu surgimento, em setembro. Segunda-feira, Volkswagen e GM (General Motors) anunciaram medidas para reduzir o quadro de funcionários. A primeira abriu o PDV (Programa de Demissão Voluntária) na unidade de São Bernardo, para os funcionários com doenças do trabalho. Já a GM afirmou que vai desligar 744 trabalhadores temporários da unidade de São José dos Campos, interior de São Paulo, enquanto negocia a situação dos funcionários de São Caetano. Segunda-feira, pela primeira vez, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu que a crise pode chegar ao País.
Apreensivos com as demissões já realizadas desde o final do ano, sindicatos já estão se mobilizando para encontrar alternativas uma avalanche de desemprego. Nesta terça-feira, dirigentes das centrais sindicais se reúnem às 15 horas com o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, para discutir medidas contra o desemprego.
Enquanto isso, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, se reune na sede regional da entidade, em Diadema, para conversar com os funcionários demitidos no final de dezembro pela empresa TRW.
Mesmo com essas notícias, o Brasil registrou no ano passado 6.471 novos postos de trabalho nas montadoras. Segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), em dezembro houve a redução de 1.968 vagas, em comparação com novembro.
A Volkswagen abriu o PDV para os funcionários com doenças do trabalho comprovadas pelo INSS até 19 de dezembro do ano passado. Segundo a assessoria de imprensa da montadora, o programa é um acordo coletivo firmado em 2006 com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e renovado no final de 2008. A empresa nega que o PDV seja por causa da crise internacional.
A empresa espera que 250 pessoas se inscrevam no PDV. A Volks não informou quantos, dos 11,5 mil funcionários, têm doenças do trabalho.
Segundo o diretor do sindicato Francisco Duarte de Lima, o Alemão, a abertura do programa foi opção dos funcionários. "Tenho certeza que muitos trabalhadores gostariam de participar do programa, mas como a doença ainda não foi caracterizada pelo INSS não podem aderir", diz.
De acordo com Alemão, entre os benefícios para quem aderir está o de permanecer por três meses com o convênio médico ou, se preferir, receber R$ 350 em dinheiro.
Demissão - O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos confirmou que a GM irá desligar 744 trabalhadores temporários da unidade da montadora na cidade.
Segundo o sindicato, entre os demitidos estão 600 trabalhadores admitidos em 2008 por prazo determinado. "Alguns desses contratos venceriam somente em junho, mas a empresa dispensará os metalúrgicos imediatamente", informou.
A empresa respondeu que apenas não está renovando os contratos de funcionários temporários, mas não confirmou o número citado pelo sindicato. Em nota, a montadora afirmou que a não renovação foi "em decorrência da diminuição da atividade industrial em geral e, particularmente, no setor automobilístico, as previsões de vendas de veículos no mercado interno para o primeiro trimestre de 2009 estão sendo revistas, como reflexo da crise financeira internacional".
Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Francisco Nunes Rodrigues, a empresa vai se reunir nesta semana com a entidade para discutir alternativas para a manutenção do emprego. "Com as ocorrências em São José não temos como não ficar apreensivos? Mas por outro lado, a GM de São Caetano é aberta à flexibilização da jornada de trabalho como banco de horas, férias coletivas entre outras medidas antes de demitir", afirma Nunes.
Para o diretor da consultoria Megadealer, José Caporal, as montadoras têm fôlego para manter seus funcionários até os estoques voltarem ao normal. "As vendas de novos voltaram a subir com a redução do IPI. Até março o mercado já vai registrar melhoras", afirma.(Com Agências)
Apreensivos com as demissões já realizadas desde o final do ano, sindicatos já estão se mobilizando para encontrar alternativas uma avalanche de desemprego. Nesta terça-feira, dirigentes das centrais sindicais se reúnem às 15 horas com o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, para discutir medidas contra o desemprego.
Enquanto isso, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, se reune na sede regional da entidade, em Diadema, para conversar com os funcionários demitidos no final de dezembro pela empresa TRW.
Mesmo com essas notícias, o Brasil registrou no ano passado 6.471 novos postos de trabalho nas montadoras. Segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), em dezembro houve a redução de 1.968 vagas, em comparação com novembro.
A Volkswagen abriu o PDV para os funcionários com doenças do trabalho comprovadas pelo INSS até 19 de dezembro do ano passado. Segundo a assessoria de imprensa da montadora, o programa é um acordo coletivo firmado em 2006 com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e renovado no final de 2008. A empresa nega que o PDV seja por causa da crise internacional.
A empresa espera que 250 pessoas se inscrevam no PDV. A Volks não informou quantos, dos 11,5 mil funcionários, têm doenças do trabalho.
Segundo o diretor do sindicato Francisco Duarte de Lima, o Alemão, a abertura do programa foi opção dos funcionários. "Tenho certeza que muitos trabalhadores gostariam de participar do programa, mas como a doença ainda não foi caracterizada pelo INSS não podem aderir", diz.
De acordo com Alemão, entre os benefícios para quem aderir está o de permanecer por três meses com o convênio médico ou, se preferir, receber R$ 350 em dinheiro.
Demissão - O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos confirmou que a GM irá desligar 744 trabalhadores temporários da unidade da montadora na cidade.
Segundo o sindicato, entre os demitidos estão 600 trabalhadores admitidos em 2008 por prazo determinado. "Alguns desses contratos venceriam somente em junho, mas a empresa dispensará os metalúrgicos imediatamente", informou.
A empresa respondeu que apenas não está renovando os contratos de funcionários temporários, mas não confirmou o número citado pelo sindicato. Em nota, a montadora afirmou que a não renovação foi "em decorrência da diminuição da atividade industrial em geral e, particularmente, no setor automobilístico, as previsões de vendas de veículos no mercado interno para o primeiro trimestre de 2009 estão sendo revistas, como reflexo da crise financeira internacional".
Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Francisco Nunes Rodrigues, a empresa vai se reunir nesta semana com a entidade para discutir alternativas para a manutenção do emprego. "Com as ocorrências em São José não temos como não ficar apreensivos? Mas por outro lado, a GM de São Caetano é aberta à flexibilização da jornada de trabalho como banco de horas, férias coletivas entre outras medidas antes de demitir", afirma Nunes.
Para o diretor da consultoria Megadealer, José Caporal, as montadoras têm fôlego para manter seus funcionários até os estoques voltarem ao normal. "As vendas de novos voltaram a subir com a redução do IPI. Até março o mercado já vai registrar melhoras", afirma.(Com Agências)
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