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DATA DA PUBLICAÇÃO 18/04/2016 | Economia
Demanda em oficinas cresce até 30% na crise
Demanda em oficinas cresce até 30% na crise Foto: Ari Paleta/DGABC
Foto: Ari Paleta/DGABC
Diante de um cenário econômico desfavorável e de incertezas políticas, o consumidor preferiu colocar o pé no freio até que a situação fique mais estável e traga mais segurança. Dentre as adaptações no comportamento diante dos gastos, as oficinas têm tido procura maior, seja por quem pretendia trocar de veículo e adiou a compra ou por quem fazia revisões nas concessionárias e substituiu por mecânicas.

Em tempos de crise é natural que a demanda em oficinas independentes aumente em até 30%, dizem especialistas. Isso porque as pessoas repensam os hábitos de consumo e preferem adiar a compra de um novo carro, e quando o veículo perde a garantia, 50% dos consumidores optam pelos cuidados de mecânicas.

Para Mário Luiz Cruosara, de Santo André, dono da MC Mecânica, que está há mais de 30 anos no ramo, é notável a demanda mais aquecida. “Cerca de 70% da população está com a renda apertada e prefere nossos serviços aos de uma concessionária, já que ninguém quer assumir grandes compromissos financeiros no momento.”

A diferença de gastos entre os dois tipos de prestadores de serviço chega a ser de até 40%. E a explicação está no fato de as concessionárias terem preocupações que as oficinas não têm, como gastos com cursos para profissionais, uniformes, localização privilegiada. E tudo isso acaba sendo repassado ao consumidor, diferentemente das oficinas independentes.

Essas informações vão ao encontro do resultado de pesquisa da FecomercioSP. Conforme publicado no Diário, no ano passado as concessionárias de veículos apontaram retração de 16,7%. Já o ramo de autopeças e acessórios foi um dos únicos que apresentaram alta, com incremento de 12,1% em 2015.

Na região, só neste ano foram fechadas sete concessionárias e aberta uma, permanecendo ativas 91, de acordo com o Sincodiv-SP (Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos no Estado de São Paulo).

VENDAS - O mercado automobilístico não apresenta bons resultados desde 2014, segundo o consultor automotivo da ADK Automotive Paulo Roberto Garbossa. “A queda nas vendas de zero-quilômetro está acontecendo paulatinamente. Antes, a média mensal de comercialização era de 355 mil veículos. Hoje, não atinge nem 200 mil.”

Os dados da Fenabrave constatam que as vendas de veículos novos no País tiveram queda de 28,62% no primeiro trimestre na comparação com o mesmo período do ano passado, sendo o pior desempenho desde 2006.

CONTRAMÃO - Apesar do desfavorecimento, concessionárias de carros luxuosos estão em expansão no últimos meses. No primeiro semestre de 2015 esse tipo de comércio cresceu 14,5%. Só na região três concessionárias foram inauguradas nos últimos seis meses, como a Audi, Volvo e Jeep (em março).

Peugeot fecha outra revendedora na região

Em período menor do que 12 meses, duas concessionárias da Peugeot foram fechadas na região.

A mais recente, unidade de São Caetano que ficava localizada na Rua Oswaldo Cruz, no bairro Santa Paula, encerrou as atividades para reforma e, de acordo com funcionários da loja de São Bernardo – que faz parte da mesma rede, a Alpes, e para onde os clientes estão sendo indicados a recorrer –, não se sabe se haverá reabertura.

Em Santo André, a concessionária do mesmo grupo que ficava na Avenida Dom Pedro II, no bairro Jardim, foi desligada no semestre passado e, hoje, o local já é ocupado por loja de artigos para festa.

Há boatos ainda de que a única unidade aberta atualmente, em São Bernardo, na Avenida Senador Vergueiro, no bairro Jardim do Mar, também seria fechada, Entretanto, a Peugeot afirma que não haverá encerramento das atividades na loja, mas que a rede está passando por reestruturação desde 2015, e que para o Grande ABC a única informação é a de que o grupo que administra a concessionária na região será trocado. Por enquanto, não há previsão de inaugurações.

Para o consultor automotivo da ADK Automotive, Paulo Roberto Garbossa, as modificações na estrutura das concessionárias têm relação com o momento econômico. “Geralmente, as concessionárias preferem uma localização que atenda o máximo de clientes possível, para otimizar os gastos e aumentar o lucro. Em cenário de crise é muito comum e necessário para algumas marcas essa reestruturação.”

Por Marina Teodoro - Especial para o Diário
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