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DATA DA PUBLICAÇÃO 24/09/2007 | Cultura
Delícias da vilania
O rosto de boneca e o sorriso solto de Juliana Didone sempre emolduraram personagens doces na TV. Mas, ultimamente, têm sido usados para dar vida à fingida Fernanda em Paraíso Tropical.

A sonsa personagem chegou no meio da trama das oito de Gilberto Braga com a missão de separar o casal Fred e Camila, de Paulo Vilhena e Patrícia Werneck. Juliana admite que pensou duas vezes antes de aceitar o papel. Mas a sede por novas experiências falou mais alto.

“Quando recebi o convite, tinha acabado de gravar O Profeta e planejava férias. Fiquei apreensiva em entrar para atrapalhar um casal que passou a ser querido pelo público. Mas não dá para negar um novela do Gilberto, né?”, derrama-se a atriz, com cara de moleca.

Definitivamente, a irmã de criação do engomadinho Fred não é um papel pelo qual o público costuma torcer. O que não ocorreu, segundo Juliana, quando ela interpretou a hippie Letícia, de Malhação, ou a ingênua Baby, de O Profeta.

Juliana não se incomoda, e até prefere que seja assim. “Estava rotulada por mocinhas. Foram bons papéis, mas a repercussão não é tão apaixonada como agora. Já me disseram um ‘eu te odeio’ hoje. Mas a mesma pessoa depois me deu os parabéns pela atuação”, orgulha-se.

Fora isso, as vilanias armadas por Fernanda são vistas com outros olhos por sua intérprete. “Ela pode ser cínica, mas tudo o que faz é para conquistar o Fred, que ela ama de verdade. Defendo a Fernanda mesmo”, assume.

Mais uma característica na patricinha paulistana atraiu Juliana, que é gaúcha de Porto Alegre: o fato de ser a primeira oportunidade de fazer uma personagem adulta em uma novela. “Assim como eu, meus papéis também chegaram à maioridade. Se bem que, no caso da Fernanda, ainda falta um pouco de maturidade. Na verdade, nunca fiz papéis maduros”, avalia.

No período em que fazia Malhação, o auge de sua popularidade entre os adolescentes, ficaram os blogs, diários virtuais recheados de fotos de Juliana, criados pelos fãs de todo o Brasil.

Mesmo já contando com certa estabilidade na carreira de modelo quando foi para a novelinha, só nesta época conheceu o real significado da palavra tietagem.

“Às vezes alguém chegava e começava a conversar, como se eu fosse a melhor amiga. Ficava achando que conhecia a pessoa e só depois descobria que era um fã”, exclama, ressaltando que esse tipo de demonstração nunca foi invasivo.

“Depois de Malhação, o assédio diminuiu muito. Só restaram os fãs que têm interesse em acompanhar minha carreira, não apenas a fase da Letícia”, completa.

Na última semana de Paraíso Tropical, Juliana não esconde que torce por um final feliz para o improvável casal formado por Fernanda e Fred.

Nas conversas que teve com psicólogos para se preparar para o papel, ela jura que ouviu histórias semelhantes. “Não é normal, mas é comum. Imagino que muitas meninas sofram pela mesma razão de Fernanda, que não pode amar seu príncipe encantado por causa de um tabu social”, sustenta.

Se o futuro da patricinha ainda é incerto, Juliana já sabe muito bem com o que vai se ocupar em breve. Ela planeja levar a frente o projeto de produzir a peça Presença, cuja direção será de Daniel Hertz.

No palco, vai contracenar com Laila Zaid, amiga dos tempos de Malhação, e outra atriz, ainda não escolhida. “Será ótimo estar do outro lado também. Depois desta primeira experiência, pretendo montar textos de Nelson Rodrigues”, planeja. Mas seu sonho mesmo é logo retornar à TV. “Agora quero fazer muitas vilãs!”, avisa.

Instantâneas
Quando soube que Fernanda seria uma amazona, Juliana achou que sua experiência pessoal com cavalos a ajudaria. “Mas logo na primeira aula descobri que o hipismo clássico é bem mais difícil. Além de cavalgar, tem de ter uma postura impecável”, explica a atriz, que conta com a ajuda de uma dublê em algumas cenas.

Antes de interpretar Fernanda, Juliana leu o diário Hell, da parisiense Lolita Pille.

Quando saiu de Malhação, Juliana participou da segunda edição do quadro Dança dos Famosos, do Domingão do Faustão, no qual foi campeã ao lado de Leandro Azevedo. “Aprendi que dançar é um exercício gostoso. Depois, continuei a ter aulas de zouk com um grupo de amigas”, comenta a respeito de um estilo de dança também conhecido como lambada francesa.

O primeiro curso de Teatro que Juliana fez foi aos 10 anos. Mas só três anos depois estreou como atriz, no curta Fora de Controle, de Maurício Borges de Medeiros.

Juliana revela que seu sonho como atriz é um dia dar vida à pintora mexicana Frida Kahlo, morta em 1954 e famosa por uma série de auto-retratos.

De modelo no Japão a atriz de novela global

O amadurecimento de Juliana pode ser visto por suas idéias de futuro na carreira. Quando saiu de sua cidade natal – Porto Alegre – para trabalhar como modelo no Japão, aos 14 anos, sua intenção era juntar dinheiro para pagar cursos de interpretação.

Na volta, sete meses depois, nem passou em casa. Foi direto morar em São Paulo, onde começou a fazer uma série de comerciais, que ela via como uma forma de atuação.

A estréia em novelas foi em 2002, coincidentemente como a modelo Tati, em Desejos de Mulher. Depois dela, fez vários testes, e conseguiu participar de alguns capítulos de Mulheres Apaixonadas (2003).

Malhação - Mas a nova carreira engrenou de vez com Letícia, a protagonista da fase áurea de Malhação, em 2004. “Não passei no teste da temporada de 2003, mas acabou sendo uma grande sorte”, considera, levando em conta que foi uma fase de ótima audiência da produção para adolescentes.

Hoje, ela se diz “séria demais” na profissão. O motivo é que a jovem pensa a longo prazo. “Sei que ainda tenho muitos passos a dar e quero encurtar esta jornada. Sendo dedicada, já é difícil. Se não fosse, então, seria mais ainda!”, valoriza.

Por Ana Clara Werneck - TV Press
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