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DATA DA PUBLICAÇÃO 09/04/2009 | Geral
Deficientes visuais terão mapas táteis nas estações de metrô em São Paulo
Deficientes visuais que vivem em São Paulo, ou que visitam a cidade, terão à sua disposição mapas táteis instalados nas estações de metrô para orientá-los sobre a região em que se encontram as estações.

O lançamento do primeiro mapa foi realizado ontem (8), na sede da Fundação Dorina Nowill para Cegos. Ele mostra toda a região onde está localizada a entidade.

No metrô, a primeira estação que recebeu o mapa foi a de Santa Cecília, na região central da cidade. O mapa foi elaborado por especialistas em mobilidade e orientação do departamento de arquitetura do Complexo Educacional Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). Em um primeiro momento, voluntários de organizações não-governamentais vão orientar os usuários sobre o uso dos mapas.

Construído em formas tridimensionais, o mapa reproduz em alto relevo o urbanismo da área. A próxima estação onde o mapa será instalado é a de Santa Cruz, que fica nos arredores da fundação.

As duas experiências servirão como teste para que os próximos mapas sejam aperfeiçoados, mas ainda não há um cronograma de quando todas as estações terão os mapas.

Segundo a diretora executiva da Fundação Dorina Nowill e coordenadora do projeto Conexão, Ika Fleury, no mapa, o usuário consegue encontrar as principais ruas e estabelecimentos do bairro, como escolas, hospitais, igrejas, estações do metrô, restaurantes e outros pontos de referência.

Além dos quarteirões serem apresentados em relevo e com uma cor de destaque, haverá inscrições em braille e em tinta para aqueles que têm algum índice de visão. “Os mapas vão ajudar não só com os deficientes visuais, mas também outras pessoas. Por exemplo, pessoas idosas que têm mais dificuldade de ler uma letra pequena”, explicou.

De acordo com a coordenadora do curso de arquitetura da FMU, Paula Katakura, o projeto começou com um pequeno protótipo elaborado há alguns anos, instalado na Fundação Dorina Nowill. Nesse novo projeto, foram utilizados materiais inovadores e cores. “O mapa fica na posição horizontal, com cada quadra em relevo e o mapa colocado na estação Santa Cecília já tem um material mais eficaz, lavável, durável e com melhor contraste do que o mapa colocado na fundação.”

O diretor presidente da fundação, Alfredo Weiszflog, disse que a idéia é expandir o projeto para outras áreas de grande circulação, além do metrô, o primeiro a aderir à idéia. “A expectativa é convencer outros poderes públicos para que apliquem em outros locais também, porque o mapa não serve só para os deficientes visuais. Ele é um mapa tão fácil de ver e entender, que serve para outras pessoas. Quanto mais pudermos fazer sinalizações inclusivas, mais pessoas poderemos beneficiar. Um projeto inclusivo pode servir para toda população”, observou.

Weisflog citou dados de 2003 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que aponta haver 180 milhões de deficientes no mundo, dos quais 40 milhões são visuais. Desses, 35 milhões têm uma deficiência visual severa. No Brasil, 14,5% da população tem alguma deficiência, com 24,6 milhões de deficientes visuais.

O deficiente visual Daniel de Moraes Monteiro já consultou o mapa e disse que ele tem uma grande riqueza de elementos, atingindo seu objetivo. “Tem uma gama de possibilidades muito grande para que o usuário do mapa se beneficie dele. Essa é uma ferramenta muito importante desde que a pessoa com deficiência esteja pronta para usar.”

Por Diário Regional - Reportagem Local
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