DATA DA PUBLICAÇÃO 15/01/2009 | Cidade
Damo deixa cadeiras de plástico no teatro
O ex-prefeito de Mauá Leonel Damo (PV) deixou o Teatro Municipal com 80 cadeiras de plástico no mezanino. Elas estão no lugar das 70 poltronas estofadas originais. No dia 23 de dezembro, Damo ainda assinou, sem o consentimento do departamento jurídico, um contrato de compra de 581 novas poltronas para equipar o local ao preço de R$ 688.986, ou R$ 1.185,86 cada. São 41 assentos a mais do que a capacidade do Teatro, de 540.
O acordo, no entanto, foi barrado pelo prefeito Oswaldo Dias (PT). Segundo o secretário de Cultura e Esportes, José Estevam Gazinhato, a compra dificilmente será efetivada. "Achamos o valor muito alto."
Outro agravante é que, segundo o coordenador de Cultura e diretor do Teatro, Caio Evangelista, as cadeiras compradas por Damo são inadequadas para o local. "Elas são para auditório. Prova disso é que são mais estreitas e possuem prancheta lateral", reclamou. Caio explicou ainda que das 470 poltronas restantes, trinta estão quebradas. Algumas das retiradas do camarote estão amontoadas em um depósito ao lado do palco. "O restante não sei onde foi parar. O conserto das cadeiras sairia muito mais barato".
O pedido de compra foi feito em maio de 2008, pela então secretária de Educação e Cultura, Angela Donatiello Lopes. Ela explicou que não acompanhou o processo licitatório. "Fiz o pedido de compra e cheguei a pesquisar preços, mas deixei o cargo no dia 20 de junho e o contrato foi assinado seis meses depois."
Angela disse que preferiu a substituição de todos os assentos porque não havia mais no mercado o modelo original. Além disso, segundo ela, as poltronas em bom estado seriam utilizadas em outros locais. "Tínhamos cerca de 80 cadeiras quebradas e o nosso objetivo era transferir os 200 assentos em bom estado para o anfiteatro Vinícius de Moraes, outros 100 para o anfiteatro do Paço Municipal e o restante para o mesmo espaço do Colégio Cora Coralina".
Palestras - A escolha pelo modelo com prancheta foi justificada pelo fato de o teatro também ser o local onde ocorrem palestras e reuniões. "Sei que cadeiras de auditório não são as mais adequadas. Mas o teatro da cidade não tem como objetivo único a apresentação de peças. Ele é utilizado em diversas situações, como audiências, reuniões e palestras, porque a cidade não possui outros locais para estes fins".
A empresa escolhida na licitação foi a L&T Soluções, com sede em Indaiatuba, na região de Campinas. A empresa confirmou que o contrato assinado no último dia 23 com a Prefeitura referia-se à compra de cadeiras para auditório. Os novos assentos, no entanto, ainda não foram fabricados. Segundo a responsável, que não quis se identificar, a nova gestão pediu prazo até sexta-feira para terminar a análise do documento. A data prevista para a entrega, segundo ela, seria 10 de fevereiro, com pagamento posterior em até 60 dias "Já compramos o material para iniciar a produção. Caso a Prefeitura decida cancelar a compra, temos o contrato para nos resguardar."
O ex-coordenador de Cultura e ex-diretor do Teatro, Valter Carriel, afirmou que não teve participação na escolha das cadeiras e ainda acusou a ex-secretária de Educação de autoritarismo.
"Sou profissional do teatro e expliquei à secretária que elas não eram apropriadas. Eu era obrigado a acatar as decisões". Angela se defendeu e disse que caso a escolha tivesse sido equivocada, Carriel poderia ter informado ao novo secretário. "Não fui eu quem assinou o contrato. Isso não é responsabilidade minha". Damo não foi encontrado para comentar o assunto.
O acordo, no entanto, foi barrado pelo prefeito Oswaldo Dias (PT). Segundo o secretário de Cultura e Esportes, José Estevam Gazinhato, a compra dificilmente será efetivada. "Achamos o valor muito alto."
Outro agravante é que, segundo o coordenador de Cultura e diretor do Teatro, Caio Evangelista, as cadeiras compradas por Damo são inadequadas para o local. "Elas são para auditório. Prova disso é que são mais estreitas e possuem prancheta lateral", reclamou. Caio explicou ainda que das 470 poltronas restantes, trinta estão quebradas. Algumas das retiradas do camarote estão amontoadas em um depósito ao lado do palco. "O restante não sei onde foi parar. O conserto das cadeiras sairia muito mais barato".
O pedido de compra foi feito em maio de 2008, pela então secretária de Educação e Cultura, Angela Donatiello Lopes. Ela explicou que não acompanhou o processo licitatório. "Fiz o pedido de compra e cheguei a pesquisar preços, mas deixei o cargo no dia 20 de junho e o contrato foi assinado seis meses depois."
Angela disse que preferiu a substituição de todos os assentos porque não havia mais no mercado o modelo original. Além disso, segundo ela, as poltronas em bom estado seriam utilizadas em outros locais. "Tínhamos cerca de 80 cadeiras quebradas e o nosso objetivo era transferir os 200 assentos em bom estado para o anfiteatro Vinícius de Moraes, outros 100 para o anfiteatro do Paço Municipal e o restante para o mesmo espaço do Colégio Cora Coralina".
Palestras - A escolha pelo modelo com prancheta foi justificada pelo fato de o teatro também ser o local onde ocorrem palestras e reuniões. "Sei que cadeiras de auditório não são as mais adequadas. Mas o teatro da cidade não tem como objetivo único a apresentação de peças. Ele é utilizado em diversas situações, como audiências, reuniões e palestras, porque a cidade não possui outros locais para estes fins".
A empresa escolhida na licitação foi a L&T Soluções, com sede em Indaiatuba, na região de Campinas. A empresa confirmou que o contrato assinado no último dia 23 com a Prefeitura referia-se à compra de cadeiras para auditório. Os novos assentos, no entanto, ainda não foram fabricados. Segundo a responsável, que não quis se identificar, a nova gestão pediu prazo até sexta-feira para terminar a análise do documento. A data prevista para a entrega, segundo ela, seria 10 de fevereiro, com pagamento posterior em até 60 dias "Já compramos o material para iniciar a produção. Caso a Prefeitura decida cancelar a compra, temos o contrato para nos resguardar."
O ex-coordenador de Cultura e ex-diretor do Teatro, Valter Carriel, afirmou que não teve participação na escolha das cadeiras e ainda acusou a ex-secretária de Educação de autoritarismo.
"Sou profissional do teatro e expliquei à secretária que elas não eram apropriadas. Eu era obrigado a acatar as decisões". Angela se defendeu e disse que caso a escolha tivesse sido equivocada, Carriel poderia ter informado ao novo secretário. "Não fui eu quem assinou o contrato. Isso não é responsabilidade minha". Damo não foi encontrado para comentar o assunto.
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