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DATA DA PUBLICAÇÃO 09/06/2012 | Internacional
Cruz Vermelha calcula que 1,5 milhão de sírios precisam de ajuda
Chefe da ONU sugeriu que os 300 observadores deixem a Síria

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) anunciou nesta sexta-feira (8) que 1,5 milhão de civis necessitam de ajuda humanitária na Síria.

"Segundo nossas estimativas, o número de sírios que precisam de ajuda é de 1,5 milhão de pessoas, um número que segue aumentando dia após dia", afirmou em entrevista coletiva o porta-voz do CICV, Hicham Hassan, ao apresentar um balanço que difere em 500 mil pessoas dos dados da ONU.

Além disso, o porta-voz afirmou que sua organização tem acesso "a todo o território" sem muitas limitações, o que não acontece com a missão da ONU na Síria, cujos observadores foram impedidos na quinta-feira de entrar na região de Al Qubeir, onde na véspera ocorreu um massacre.

Durante discurso ontem na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, disse que os monitores da ONU esperando investigar as denúncias foram impedidos de chegar ao local onde os ativistas de oposição dizem que ocorreu o massacre na quarta-feira.

— Eles estão trabalhando agora para chegar ao local. E eu descobri há poucos minutos atrás que enquanto estavam tentando fazer isso, os monitores da ONU levaram tiros de pequenas armas.

Há uma ameaça crescente do surgimento de uma guerra civil em grande escala na Síria, onde mais de um ano de violência entre as forças do governo e oposição não mostram sinais de diminuição, alertou o secretário-geral.

Já o intermediador internacional Kofi Annan disse à Assembleia Geral que chegou a hora de aumentar a pressão para acabar com a violência em Damasco.

A oposição síria e as nações do Ocidente e do Golfo veem o plano de paz para o país cada vez mais ameaçado por causa do uso consistente da violência militar para enfrentar uma oposição cada vez mais armada.

Os diplomatas do Conselho de Segurança disseram que o recado de Annan e de Ban nas Nações Unidas foi claro: Chegou a hora de atingir o governo de Bashar al Assad com sanções.

"A população síria está sangrando", disse Ban aos repórteres depois de participar de uma reunião a portas fechadas com o Conselho de Segurança da ONU.

— Eles estão bravos. Eles querem paz e dignidade. Acima de tudo, eles querem ação. O perigo de uma guerra civil é iminente e real.

Segundo Ban, "terroristas estão explorando o caos".

Tanto Ban como Annan condenaram veementemente o massacre de pelo menos 78 pessoas em Mazraat al Qubeir e reconheceram que o plano de paz de Annan não está funcionando.

"Novos relatos hoje de um outro massacre em (Mazraat) al Qubeir ... são chocantes e doentias", disse Ban em sessão especial em Assembleia Geral das 193 nações.

— Nós condenamos esta barbárie sem palavras e renovamos nossa determinação de atribuir a estes sua responsabilidade.

O embaixador sírio na ONU Bashar Ja'afari disse na Assembleia Geral que o novo registro foi "um verdadeiro massacre atroz. É injustificável". O governo da Síria atribuiu as recentes atrocidades à oposição e extremistas islâmicos classificados de terroristas.

Falando para as 15 nações do Conselho de Segurança, Ban disse que as esperanças de sucesso com o plano de paz de Annan estão acabando e sugeriu que a ONU deve em breve decidir se é viável ou útil manter os seus 300 membros da missão de monitoramento na Síria, disse um dos diplomatas em condição de anonimato.

É a primeira vez que um líder das Nações Unidas acena com a ideia de retirar uma missão de observadores, que muitos países esperavam que pudesse acabar com 15 meses de violência.

Annan alertou o conselho que a crise síria pode em breve sair de controle e pediu por "pressão substancial" sobre Damasco e penalidades por minarem os esforços de paz, disseram os diplomatas das Nações Unidas.

Por R7 - Efe
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