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DATA DA PUBLICAÇÃO 09/10/2015 | Economia
Crise leva consumidor a pesquisar
Crise leva consumidor a pesquisar Foto: Claudinei Plaza/DGABC
Foto: Claudinei Plaza/DGABC
Em tempos de crise e inflação alta, muitos consumidores estão ‘gastando a sola do sapato’ atrás de preços mais em conta e promoções, a fim de conciliar o desejo dos filhos, sobrinhos, netos e afilhados com o tamanho do bolso. Pesquisar e focar nos descontos das redes do varejo estão sendo a saída para não deixar de presentear no Dia das Crianças, comemorado na segunda-feira.

Foi o que constatou a equipe do Diário, que conversou com consumidores em compras ontem à tarde no Centro de Santo André. A atendente de call center Samanta Cavalaro de Paula, 29, adquiriu dois carrinhos de plástico, de R$ 20 e R$ 30, para os filhos, de 5 e 2 anos. “Estou aproveitando que tem promoções. Eles ficam na expectativa de ganhar presente”, disse.

O ajudante de motorista Rodrigo Salles, 32, já havia atendido o pedido do filho de 3, gastado R$ 270, comprando um Autorama, mas ele ainda se preocupava em presentear quatro sobrinhas. “Algo que caiba no bolso, no máximo R$ 30 cada”, resumiu.

Outra consumidora, a cozinheira Edsônia da Conceição Pinheiro, 51, procurava, para a afilhada, uma boneca Baby Alive, da Hasbro, que em um estabelecimento no calçadão da Rua Coronel Oliveira Lima, em Santo André, saia por R$ 299. Ela disse que já tinha ido a várias lojas. “Estou dando uma pesquisada antes de comprar”, afirmou.

Levantamento do Procon-SP na Capital mostra que vale a pena gastar a sola do sapato, já que há grande diferença de preços de produtos entre os estabelecimentos. Chega a 124% essa variação, que foi o caso da boneca Monster High. O maior preço encontrado foi de R$ 89,90 e o menor, R$ 39,99, diferença de R$ 49,91.

DESEJO - Nesse período de retração econômica, conciliar preço com os pedidos de quem vai receber o presente, em especial os filhos, é importante, como aponta outro estudo, de intenção de compras para o Dia das Crianças, da Universidade Metodista. Entre os principais determinantes da escolha dos produtos neste ano na região, segundo essa análise, estão o desejo do presenteado (56%) e, em segundo, o valor do produto (29%). A pesquisa mostra ainda que o morador do Grande ABC vai gastar menos neste ano por causa da crise. O valor médio por produto para a data ficará em R$ 153,40, o que será (descontando a inflação) 12,8% menos que em 2014.

OTIMISMO - Neste ano, apesar do cenário econômico, as redes de varejo dá região seguem, em geral, otimistas, dando atenção especial aos itens de valores menores e apostando em promoções. O gerente da loja Miamor, que vende brinquedos, itens de bazar, papelaria e confecções, Wellington Marques de Oliveira, espera alta de 10% a 15% nas vendas. Para ele, os produtos que vão sair mais serão os de até R$ 20, mas destaca que bonecas, bicicletas e triciclos, com valores bem mais altos, também têm boa procura. “O consumidor está pesquisando muito.”

A rede Nivalmix, de bazar, brinquedos e papelaria, projeta crescimento um pouco mais modesto: 5%. O gerente José Edson de Oliveira também aposta que brinquedos mais em conta, de até R$ 50, são os que devem puxar as vendas.

Procon de Diadema faz blitz no comércio do bairro Serraria

O Procon de Diadema realizou ontem blitz no comércio do bairro Serraria, com o objetivo de orientar lojistas neste período em que o movimento se intensifica por causa da proximidade do Dia das Crianças. O diretor do órgão no município, André Ruiz, cita que o intuito não é de fiscalização, mas de orientação aos comerciantes em relação às normas, para que eles corrijam o que contraria a legislação.

Foram visitados 39 estabelecimentos de gêneros variados (não apenas de brinquedos) e, segundo Ruiz, os problemas mais comuns se referem à falta de identificação clara dos preços nos produtos, para que o consumidor não tenha de recorrer a um funcionário da loja. Outra coisa é que, se o comerciante aceita, por exemplo, cartão de débito ou crédito, não pode fixar valor mínimo para o pagamento dessa forma. Além disso, o diretor afirma que, em comércios que vendem produtos perecíveis, é preciso verificar periodicamente a data de validade desses itens.

Para os consumidores, Ruiz cita que, além de pesquisar os preços, é importante verificar na embalagem para que faixa etária o produto se destina, buscar estabelecimentos sólidos e não adquirir pirataria, pois produtos sem o selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia) podem gerar riscos à saúde das crianças.

Por Leone Farias - Diário do Grande ABC
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