DATA DA PUBLICAÇÃO 22/06/2011 | Saúde e Ciência
Crianças de São Bernardo que fazem xixi na cama recebem tratamento gratuito
A disciplina de Urologia da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC acaba de inaugurar serviço específico para tratamento de crianças e adolescentes que fazem xixi na cama. Sediado no Hospital de Ensino Anchieta, o Ambulatório de Atendimento à Enurese recebe todas as quartas-feiras pacientes encaminhados da rede básica de saúde do município. O atendimento é totalmente gratuito, fruto de parceria entre FMABC e Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
A enurese noturna, nome científico do famoso xixi na cama, atinge grande parte da população de crianças e adolescentes em todo o mundo. As causas são principalmente genéticas e o tratamento é fundamental para evitar impactos severos na autoestima e convívio social. “A enurese na infância é mais comum em meninos do que em meninas. Estima-se que cerca de 10% das crianças com até 7 anos de idade apresentem o problema, taxa que tende a diminuir com o passar dos anos. Mesmo assim, entre 0,5% e 1% dos adultos ainda apresenta enurese noturna”, detalha Dr. Rodrigo Fernando Pereira, psicólogo da USP e coordenador do Ambulatório de Atendimento à Enurese da FMABC.
Atualmente o atendimento no ambulatório é imediato, sem fila de espera. Interessados devem ser munícipes de São Bernardo e solicitar na rede básica de saúde encaminhamento para o serviço de Uropediatria do Hospital de Ensino Anchieta-FUABC.
Tratamento especializado: A opção terapêutica varia caso a caso e pode ser feita pela administração de medicamentos ou por meio de um aparelho que desperta a criança toda vez que começa a urinar. De acordo com o tipo de enurese, são indicadas medicações que inibem as contrações da bexiga ou que regulam a produção de urina durante a noite, fazendo com que o organismo fabrique menos durante o sono. “O problema é que muitas vezes as drogas não são curativas. Quando retiradas, o problema volta”, alerta Dr. Rodrigo Fernando Pereira.
A outra opção consiste em equipamento disponível apenas em caráter de ensino e pesquisa, sem versão comercial. Trata-se de dispositivo colocado na cama, que aciona alarme com a umidade – ou seja, sempre que a criança inicia a micção. Com o tempo, ocorre processo de condicionamento em que o paciente passa a acordar antes da micção, tendo chance de urinar no banheiro ou mesmo de segurar a urina durante toda a noite. “Tanto o equipamento como a equipe especializada para resolver esse tipo de problema dificilmente estão disponíveis na rede pública de saúde. Hoje as crianças de São Bernardo podem contar com esse benefício gratuitamente, inclusive com o aparelho, que é emprestado às famílias durante todo o tratamento”, salienta o psicólogo e coordenador do Ambulatório de Atendimento à Enurese.
Problema de gente grande: Além da enurese, existem alguns quadros menos frequentes que podem levar à perda de urina durante o sono, como diabetes tipo 1 ou má formação do sistema nervoso (como espinha bífida). No entanto, é mito que a criança faça xixi na cama para chamar a atenção ou porque tem problemas emocionais. “A criança é quem mais sofre com a enurese. Os problemas emocionais geralmente são consequência da enurese e não a causa”, afirma o psicólogo da FMABC e USP, Dr. Rodrigo Fernando Pereira.
A enurese tem causa predominantemente genética, mas a fisiologia do problema pode variar. Algumas crianças podem ter bexiga hiperativa, por exemplo, ou produzir muita urina durante a noite por conta de uma disfunção hormonal. O que é comum a todas as crianças com enurese é que não conseguem acordar quando a bexiga está cheia, provavelmente por questão de maturação do sistema nervoso central.
A enurese noturna, nome científico do famoso xixi na cama, atinge grande parte da população de crianças e adolescentes em todo o mundo. As causas são principalmente genéticas e o tratamento é fundamental para evitar impactos severos na autoestima e convívio social. “A enurese na infância é mais comum em meninos do que em meninas. Estima-se que cerca de 10% das crianças com até 7 anos de idade apresentem o problema, taxa que tende a diminuir com o passar dos anos. Mesmo assim, entre 0,5% e 1% dos adultos ainda apresenta enurese noturna”, detalha Dr. Rodrigo Fernando Pereira, psicólogo da USP e coordenador do Ambulatório de Atendimento à Enurese da FMABC.
Atualmente o atendimento no ambulatório é imediato, sem fila de espera. Interessados devem ser munícipes de São Bernardo e solicitar na rede básica de saúde encaminhamento para o serviço de Uropediatria do Hospital de Ensino Anchieta-FUABC.
Tratamento especializado: A opção terapêutica varia caso a caso e pode ser feita pela administração de medicamentos ou por meio de um aparelho que desperta a criança toda vez que começa a urinar. De acordo com o tipo de enurese, são indicadas medicações que inibem as contrações da bexiga ou que regulam a produção de urina durante a noite, fazendo com que o organismo fabrique menos durante o sono. “O problema é que muitas vezes as drogas não são curativas. Quando retiradas, o problema volta”, alerta Dr. Rodrigo Fernando Pereira.
A outra opção consiste em equipamento disponível apenas em caráter de ensino e pesquisa, sem versão comercial. Trata-se de dispositivo colocado na cama, que aciona alarme com a umidade – ou seja, sempre que a criança inicia a micção. Com o tempo, ocorre processo de condicionamento em que o paciente passa a acordar antes da micção, tendo chance de urinar no banheiro ou mesmo de segurar a urina durante toda a noite. “Tanto o equipamento como a equipe especializada para resolver esse tipo de problema dificilmente estão disponíveis na rede pública de saúde. Hoje as crianças de São Bernardo podem contar com esse benefício gratuitamente, inclusive com o aparelho, que é emprestado às famílias durante todo o tratamento”, salienta o psicólogo e coordenador do Ambulatório de Atendimento à Enurese.
Problema de gente grande: Além da enurese, existem alguns quadros menos frequentes que podem levar à perda de urina durante o sono, como diabetes tipo 1 ou má formação do sistema nervoso (como espinha bífida). No entanto, é mito que a criança faça xixi na cama para chamar a atenção ou porque tem problemas emocionais. “A criança é quem mais sofre com a enurese. Os problemas emocionais geralmente são consequência da enurese e não a causa”, afirma o psicólogo da FMABC e USP, Dr. Rodrigo Fernando Pereira.
A enurese tem causa predominantemente genética, mas a fisiologia do problema pode variar. Algumas crianças podem ter bexiga hiperativa, por exemplo, ou produzir muita urina durante a noite por conta de uma disfunção hormonal. O que é comum a todas as crianças com enurese é que não conseguem acordar quando a bexiga está cheia, provavelmente por questão de maturação do sistema nervoso central.
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