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DATA DA PUBLICAÇÃO 10/02/2015 | Setecidades
Cresce procura pelo passe livre em todos os municípios
Cresce procura pelo passe livre em todos os municípios Em São Bernardo, procura para carregar o passe livre gratuito é grande no posto localizado ao lado do terminal rodoviário. Foto: Rodrigo Pinto
Em São Bernardo, procura para carregar o passe livre gratuito é grande no posto localizado ao lado do terminal rodoviário. Foto: Rodrigo Pinto
Número de beneficiários sobe mais de 40% em S. Bernardo e Ribeirão; ainda não há balanço regional

Nas duas primeiras semanas de cadastro do passe escolar gratuito, popularmente conhecido como passe livre, o crescimento da procura na Região é visível nas filas que reúnem quem quer obter o benefício. Em São Bernardo, 5.900 estudantes realizaram o cadastro. O número é 42,4% superior ao de alunos registrados no mesmo período do ano passado para a meia tarifa, quando o município cadastrou 3.400 alunos.

O mesmo fenômeno foi registrado pela Prefeitura de Ribeirão Pires neste ano. Entre 26 de janeiro e a última sexta-feira (06/02), o município cadastrou mil estudantes. Já no mesmo período do ano passado, a cidade registrou 600 alunos. Ou seja, uma diferença de 400 alunos.

O aumento da demanda ficou evidente no ABCD desde 3 de fevereiro, quando moradores de Santo André passaram a madrugar na fila da Aesa (Associação das Empresas do Sistema de Transporte de Santo André) para conseguir o benefício. Até o momento, o município registrou 4 mil estudantes, o que representa 38% do total de alunos cadastrados no ano inteiro de 2014 para a meia tarifa (10,5 mil).

Fila - Os moradores de São Bernardo também têm passado por espera. Mas, no caso são-bernardense, o problema ocorre em horários específicos e apenas para carregar o cartão. Das 12h às 14h, os usuários do Cartão Legal enfrentam espera de uma hora para conseguir a recarga no Terminal Rodoviário João Setti, no Centro. Nos outros horários não há relatos de filas.

“Venho todo mês recarregar meu cartão e nunca fiquei mais do que 15 minutos. Hoje já faz 40 minutos que estou aqui e vou ficar mais 20 minutos para sair. O pior é que não sou usuária do passe livre”, afirmou Nanci Gonçalves da Cunha, 55 anos, que já estava atrasada para ir ao trabalho nesta segunda-feira (09/02). “Não esperava essa fila enorme, até porque nunca teve. O duro é enfrentar essa fila no sol, com esse calor, estou suando”, reclamou.

A estudante Giovana Novaes de Macedo, 15 anos, também estava atrasada para o curso técnico que realiza na parte da tarde. “Estudo de manhã e à tarde faço curso, então só sobra a hora do almoço para fazer a carga do cartão. O jeito é esperar”, explicou. Já Brenda Dias Milagres dos Reis, 15 anos, que também estava na fila para carregar o cartão escolar (passe livre), acredita que o problema seja a falta de funcionários. “Tem pouca gente atendendo e muita gente precisando, aí não estão dando conta e fica essa fila”, opinou.

Outras cidades - O presidente do Consórcio Intermunicipal, entidade que reúne as sete prefeituras do ABCD, Gabriel Maranhão, afirmou que ainda não há balanço regional sobre o cadastro para o passe livre.

Desde 26 de janeiro, Mauá cadastrou 5 mil alunos no passe escolar gratuito e a expectativa da Prefeitura é que a demanda seja superior aos 14 mil cadastrados de 2014, mas ainda não há uma estimativa do percentual do aumento. Já Diadema realizou, até 4 de fevereiro, o cadastro de 951 alunos.

Em São Caetano, última cidade do ABCD a iniciar o cadastramento, em uma semana houve o registro de 300 alunos, 15% do total de 2014 (2 mil). Conforme a Prefeitura, a projeção da operadora do sistema é que o número aumente até 50% em relação ao ano passado.

Procurada, a Prefeitura de Rio Grande da Serra não se manifestou até o fechamento desta edição.

Benefício deve atrair mais pessoas ao transporte público
Além de estimular o estudo, Creso Peixoto, professor de Engenharia do Centro Universitário da FEI e mestre em Transporte, acredita que o passe escolar gratuito deverá atrair mais pessoas ao transporte coletivo. “Toda vez que se estabelece um fato atrativo ao transporte público, mais carros ficam nas garagens”, comentou.

Apesar disso, Peixoto acredita ser importante deixar claro que não existe gratuidade. “O que existe é transferência de valor, então de algum lugar vem o dinheiro”, destacou o especialista. No ABCD, o passe escolar gratuito é possível graças aos subsídios das prefeituras que arcam com 50% das tarifas dos estudantes, enquanto a outra metade vem do aumento da passagem que, este ano, subiu de R$ 3 para R$ 3,50.

Peixoto acredita que, provavelmente, as prefeituras terão de aumentar o valor dos subsídios, caso queiram mais ônibus nas ruas. “Com o modelo vigente atualmente no transporte público, a empresa lucra pelo número de pessoas girando a catraca, e não por ônibus nas ruas. Para ter mais ônibus, as prefeituras teriam de aumentar o subsídio”, analisou.

Albert Araucária, um dos representantes do MPL (Movimento do Passe Livre) do ABCD, concorda com o professor da FEI. “Enquanto existir essa fórmula da catraca, teremos menos ônibus nas ruas. Porque lotação está relacionada ao lucro”, opinou



Por Claudia Mayara - ABCD Maior
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