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Escolas ocupadas no Estado já são 43, 11 delas no ABCD
DATA DA PUBLICAÇÃO 17/11/2015 | Educação
Cresce o número de escolas estaduais ocupadas em SP
Cresce o número de escolas estaduais ocupadas em SP Estudantes da E. E. Diadema, a primeira ocupada no Estado, estão acampados na escola desde o último dia 9. Foto: Rodrigo Pinto
Estudantes da E. E. Diadema, a primeira ocupada no Estado, estão acampados na escola desde o último dia 9. Foto: Rodrigo Pinto
Já são 30 as unidades ocupadas por alunos contra "reorganização" imposta pelo governo do Estado

Iniciada na noite da última segunda-feira (09/11) na E. E. Diadema, a série de ocupações de escolas estaduais contra a “reorganização” do ensino imposta pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) cresce a cada dia.

Levantamento divulgado nesta segunda-feira (16/11) pela Apeoesp (Sindicato do Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) mostra que subiu para 30 o número de escolas ocupadas no estado, incluindo cinco no ABCD. A reorganização pretende separar as escolas por ciclos e fechar ao menos 93 unidades.

Os alunos da Escola Estadual Diadema, antiga Cefam, conquistaram na Justiça o direito de permanecer no local ao menos até 12h desta terça-feira (17/11), data da nova reunião de conciliação com a Procuradoria Regional do Estado. A saída dos alunos da escola estava prevista para as 14h desta segunda, mas foi suspensa após decisão do Ministério Público.

O advogado Elton Cândido, representante da OAB, acompanhou uma das tentativas de conciliação e acredita que não há motivos para pedir a reintegração de posse. “Os alunos não estão ocupando para depois requerer propriedade, só querem chamar para o diálogo e exigir políticas públicas de educação”, disse.

“É inaceitável que uma questão educacional se torne uma questão policial”, avaliou Ariel de Castro Alves, membro do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, que visitou a escola nesta segunda. Ariel afirma que tem acompanhado de perto as ocupações e acredita que o Estado precisa rever o projeto de reorganização.

Os estudantes da E. E. Diadema continuam acampados no pátio da escola. Os jovens foram divididos em grupos e cada um é responsável por um setor da ocupação. Michelle Moreira, 15 anos, ficou responsável pela limpeza do local. Ela conta que os jovens têm recebido doação de comida e fazem vigília durante a noite.

“Dormi três noites seguidas aqui. Temos nos revezado, se eu precisar sair, alguém fica no meu lugar para fazer a tarefa”, explicou. “Pensamos muito antes de ocupar a escola. Sabíamos que poderia ter represália, mas isso dá mais valor para a nossa luta”.

Alunos da antiga Cefam se dividiram em tarefas, como a de limpeza, por exemplo. Foto: Andris Bovo

DÉLCIO

Ainda em Diadema, a E.E. Délcio de Souza Cunha, no Bairro Canhema, foi ocupada por estudantes na manhã desta segunda.

Suellen Dias, 17 anos, é aluna da Délcio e conta que os estudantes se inspiraram no exemplo da primeira escola ocupada na cidade. “Fomos fazer uma visita e nos espelhamos neles. Ocupamos a nossa escola hoje (segunda) de manhã e vamos ficar até ter uma resposta concreta”, afirmou. Com o novo modelo estadual, a unidade passará a oferecer somente turmas do Ensino Fundamental, o que resultará no fechamento do período noturno.

SANTO ANDRÉ

Outras três escolas, em Santo André, estavam ocupadas até as 20h desta segunda. A E. E. Oscavo de Paula foi ocupada por volta das 19h de sexta-feira (13/11) por cerca de 250 alunos. A diretoria da escola, que fica no Bairro Bangu, anunciou no início deste mês o fechamento do período noturno.

Indignados com o fechamento da E.E. Valdomiro Silveira, em Santo André, previsto para acontecer em 2016, um grupo de estudantes permanece na escola desde a noite de quinta-feira (12/11). Desde então, a entrada e saída é monitorada pelos alunos, que decidem por meio de votação quais os próximos passos.

A E.E. Adib Chammas, no Jardim Santa Cristina, foi ocupada na noite de sexta-feira. Cerca de 100 pessoas participaram da ocupação, entre alunos, pais de alunos e militantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto).

Por Rosângela Dias - ABCD Maior
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