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DATA DA PUBLICAÇÃO 02/09/2010 | Saúde e Ciência
Cresce número de cirurgias estéticas para implantes nas panturrilhas no Brasil
A procura por implantes de silicone nas panturrilhas cresceu. No país vice-campeão de cirurgias plásticas (atrás apenas dos EUA), próteses de batatas da perna ocupam o quarto lugar nas preferências delas e deles.

Segundo pesquisa realizada pelo Ibope, 2.238 mulheres e 139 homens passaram por esse tipo de operação no ano passado. No ranking, a panturrilha de silicone fica atrás de mamas/tórax, glúteos e queixo.

As vendas da única fabricante desses implantes na América Latina também indicam que a cirurgia está se popularizando no país. Em 2009, a alta foi de 15% sobre 2008, puxada pelos principais mercados: São Paulo, Rio e Minas. Para 2010, deve chegar a 30% segundo projeções da empresa, a Silimed.

"É uma cirurgia que tem atraído cada vez mais a população", afirma o cirurgião plástico Ivan Abadesso.

Segundo o médico, os pacientes típicos são mulheres que acham a panturrilha "fina demais" e se queixam de não conseguir resultados apenas com a malhação.

Estética

Era esse o caso da estudante de administração Sandra de Freitas Soares, 31. Ela contou que, antes de implantar a prótese, evitava usar saias e shorts para não deixar as pernas à mostra. "Minha panturrilha não era proporcional ao meu corpo".

O médico aconselhou a estudante a colocar 140 ml de silicone em cada perna. "Agora, uso a roupa que quiser", afirma a carioca.

O cirurgião plástico Augusto Cesar Teixeira, que realiza o procedimento desde 1988, explica que, hoje, a maioria dos implantes é feita com finalidades estéticas.

No passado, a cirurgia era indicada apenas em casos de atrofia muscular como a causada pela poliomielite.

Segundo Teixeira, o procedimento é mais simples do que o de implante de silicone nos seios. Depois da anestesia, é feita uma pequena incisão na parte de trás do joelho, por onde são inseridos os instrumentos que separam o músculo da fáscia (tecido que o envolve). É aí que é inserida a prótese.

Riscos

Como toda cirurgia, porém, o procedimento envolve riscos, como o de infecção ou de reações adversas à anestesia. Em alguns casos, pode ocorrer o rompimento dos pontos internos e a formação de uma hérnia. A prótese também pode comprimir os nervos e levar à perda dos movimentos da perna.

"Mas isso só ocorre quando há uma atrofia significativa da perna", diz Teixeira. "Dos 150 pacientes que operei, só um teve esse problema." Nesse caso, é preciso remover a prótese para a recuperação dos movimentos.

Submetida à cirurgia há quatro meses, a professora de Educação Física e advogada Mônica Bach, 41, está satisfeita com o resultado. "Minha perna é um sucesso!", diz ela, que já tinha silicone nos seios e nos glúteos. "Isso vai me poupar horas de academia, já que não tenho tanto tempo para malhar."

Já o modelo paulista Guilherme Rutigliano, 22, disse ter recorrido ao implante porque a única parte de seu corpo que precisava de um "arranjo" era a panturrilha. "Na época eu tinha 17 anos e todos me achavam louco. Hoje, recebo muitos elogios."

Por Diana Brito e Denise Menchen - Folha Online, Rio
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