NOTÍCIA ANTERIOR
Saiba o valor do salário mínimo em 2014
PRÓXIMA NOTÍCIA
Imposto infla 40% do valor de materiais
DATA DA PUBLICAÇÃO 09/01/2014 | Economia
Cresce a intenção de consumir do brasileiro
 Cresce a intenção de consumir do brasileiro Foto: Celso Luiz/DGABC
Foto: Celso Luiz/DGABC
A estratégia de esperar passar a fúria consumista do fim de ano e aproveitar os saldões e as liquidações de janeiro tem sido cada vez mais adotada pelos consumidores do Grande ABC e está perfeitamente alinhada com os resultados obtidos pela pesquisa trimestral de intenção de compra realizada pelo Provar/FIA (Programa de Administração do Varejo da Fundação Instituto de Administração) em parceria com a Felisoni Associados.

De acordo com o estudo, 49,6% dos consumidores pretendem adquirir bens duráveis entre janeiro e março. O volume é maior do que o observado no período entre outubro e dezembro de 2013, que foi de 46,8%, mas bem menor do que o verificado no primeiro trimestre de 2013, quando 56,8% das pessoas pretendiam fazer compras.

“Os números indicam um maior amadurecimento do consumidor, que está controlando seu ímpeto de comprar para conseguir preços melhores nas liquidações de começo de ano, que já entraram para a cultura de consumo do brasileiro”, analisa um dos coordenadores da pesquisa Provar/FIA, o professor Nuno Fouto.

“Outro aspecto que eleva a disposição para comprar é a expectativa de manutenção do emprego, mais alta agora do que no fim do ano passado”, aponta o professor. “Essa questão do humor das pessoas impacta fortemente o varejo e tem como raiz as percepções da realidade econômica.”

EMPATE - O especialista observa que é atípico encontrar mais disposição para comprar nos três primeiros meses do que em plena época natalina. Um dos indícios para explicar essa situação neste ano está na gestão dos orçamentos das famílias.

Entre outubro e dezembro do ano passado, as pessoas estavam gastando mais com crediário (parcelamentos diversos em carnês, boletos ou cartão de crédito), 21,6%, do que com alimentação, que ficou com 19,6% do orçamento familiar. Neste trimestre, a alocação de recursos para essas duas categorias de despesas empatou em 21%.

Esse tipo de percepção afeta o humor das pessoas e tende a gerar pessimismo. “Quando um consumidor ganha crédito, ele tem a sensação de que sua renda aumentou. O contrário também é verdadeiro: conforme ele compromete seu rendimento, tem a sensação de falta, e coloca o pé no freio.” Hoje, depois de pagar as despesas, as famílias ficam com apenas 9% do salário disponível para novos gastos ou para poupança. “O alto comprometimento da renda impede a alta do consumo”, adverte o presidente do conselho Provar/FIA, Claudio Felisoni.

A despeito de estar com pouco dinheiro no bolso, o consumidor tende a manter suas contas em dia, o que pode ser observado na tendência de redução da inadimplência neste começo de ano. Em janeiro de 2013, o percentual de pessoas que não conseguiram honrar seus pagamentos era de 5,5%. Neste mês está em 4,2% e a projeção é que chegue a 4% em março.

Já o percentual de poupadores caiu de 29% no quarto trimestre do ano passado para 26% neste ano, mas o volume de dinheiro guardado subiu de R$ 1.107 para R$ 1.476.

Por Andréa Ciaffone - Diário do Grande ABC
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Economia
25/09/2018 | Operação mira sonegação de R$ 100 mi de grupos cervejeiros e cerca Proibida
25/09/2018 | Greve na Argentina cancela voos no Brasil nesta terça-feira
25/09/2018 | Demanda por GNV aumenta até 350% após alta na gasolina
As mais lidas de Economia
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7717 dias no ar.