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DATA DA PUBLICAÇÃO 23/05/2014 | Economia
Corte de vagas retira R$ 23 milhões da região
Corte de vagas retira R$ 23 milhões da região Foto: Marina Brandão/DGABC
Foto: Marina Brandão/DGABC
A redução do quadro de funcionários da indústria da região foi responsável pela retirada de R$ 23,038 milhões da economia no primeiro quadrimestre. Somente o segmento automotivo e de autopeças representou 59% das perdas, ou R$ 13,626 milhões.

O impacto da redução do emprego na indústria foi tão relevante que considerando todos os setores, o mercado de trabalho do Grande ABC perdeu R$ 23,533 milhões em massa salarial, ou seja, o salário médio entre as fabricantes, estimado em R$ 5.895,27, multiplicado pelo número de vagas fechadas entre janeiro e abril.

As informações são da base, sem ajustes, do Caged (Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados), do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). No quadrimestre, o setor industrial perdeu 3.877 empregados (esse número não inclui dados fornecidos com atraso pelas empresas).

Somente a indústria de materiais de transporte (montadoras e autopeças), perdeu 2.710 postos no quadrimestre, 69% do setor industrial.

Para o professor de Economia da FSA (Fundação Santo André) e diretor regional do Corecon-SP (Conselho Regional de Economia) Leonel Tinoco, a queda no emprego da indústria por si só já é um fator prejudicial à economia do Grande ABC. “Com todas as demissões, você tem um processo de insegurança quanto à manutenção do emprego. E, desta maneira, as pessoas passam a consumir menos. Você vê seu vizinho ou seu parente com dificuldade, o impacto é generalizado”, explicou Tinoco.

Coordenador do Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo, Sandro Maskio concorda que a tendência é de fator multiplicador. “A indústria automobilística da região é muito importante na economia”, afirmou.

Entre as vagas fechadas estão as do grupo de profissionais que aderiram ao PDV (Programa de Demissão Voluntária) da Mercedes-Benz. A empresa não informa o número de trabalhadores que aderiram, mas no último balanço, quando faltava uma semana para o fim do PDV, havia 700 adesões.

A indústria de veículos enfrenta queda de vendas de caminhões tanto no mercado interno quanto para a Argentina, principal importador dos pesados brasileiros. Por conta disso, a Mercedes anunciou que tinha excedente de 2.000 funcionários. A adesão ao PDV acabou neste mês, porém cada trabalhador negociou individualmente para sair da empresa em abril, ou nos meses seguintes, com contrapartidas em seus benefícios propostos pelo programa.

Tinoco citou que o recuo nas vendas, que acarretaram diminuição nas produções das montadoras, também gerou impacto no setor de autopeças, que reduziu seu quadro de funcionários para se adequar à demanda. Para ele, o cenário poderá ter mudança apenas após a Copa do Mundo de futebol. “Mas não acredito que redução de tributos funcione mais. Uma saída seria o governo federal tentar solução relacionada aos financiamentos de veículos, como por exemplo estímulo a maior taxa de aprovações.”

Abril tem pior saldo de emprego neste ano

Abril foi o pior mês do ano para o emprego no setor automotivo da região, revelam dados sem ajuste do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). Foram 964 postos eliminados, o equivalente a 69% do total de cortes da indústria. Março tinha sido o pior mês. A indústria de materiais de trasportes, que conta com fabricantes de veículos e de autopeças, perdeu no terceiro mês deste ano 715 vagas, o equivalente a 64% de todos os cortes da indústria geral, destacou o coordenador do Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo, Sandro Maskio. Em fevereiro, foram 650 postos eliminados das fábricas. E em janeiro, 381.

Professor de Economia da FSA (Fundação Santo André), Leonel Tinoco avaliou que, como o setor automotivo tem peso importante no PIB (Produto Interno Bruto), o desemprego é uma forma de as montadoras forçarem o governo a melhorar os estímulos ao setor.

Por Pedro Souza - Diário do Grande ABC
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