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DATA DA PUBLICAÇÃO 06/02/2015 | Educação
Corte de salas de aula já afeta alunos de escolas estaduais
Mães, professores e estudantes já são prejudicados após Alckmin cortar 300 vagas em todo o ABCD

O fechamento de cerca de 300 salas de aula no ABCD promovido pelo governo do Estado de São Paulo, comandado por Geraldo Alckmin (PSDB), já causa transtornos aos alunos, aos pais e também aos professores. Ao contrário da justificativa da secretaria Estadual de Educação, que afirma não deixar nenhum aluno sem vaga, o jornal ABCD MAIOR recebeu nos últimos dias reclamações apontando dificuldade na realização de matrículas na rede estadual. Algumas escolas já contariam com lista de espera superior a 300 alunos.

O corte de vagas já criou problemas para Vânia da Silva Santos, de São Bernardo, que busca vagas em escolas estaduais para seus dois filhos, de 14 e 16 anos, ambos para o 9º ano (último do ensino fundamental). Hoje os dois estão fora da escola. Vânia já tentou encontrar uma sala de aula para seus filhos em três escolas, mas não conseguiu matrícula por falta de vagas: Carlos Pezzolo (Ferrazopolis), Brasília Tondi de Lima (Vila São José) e Nelson Monteiro Palma (Jardim Irajá).

“Em todas as escolas coloquei meu nome em uma lista de espera e fui avisada que a lista está grande. Recomendaram que eu fosse em outras escolas estaduais para ver se consigo vaga, mas são muito longe de minha casa. Fui em todas que são próximas”, lamentou Vânia.

A superlotação das salas de aula na rede estadual é confirmada pelos educadores. Entre as reclamações, os professores afirmam que o governo fecha salas de aula que possuem 30 alunos por considerá-las “vazias”. Com isso, outras salas ficam sobrecarregadas, chegando a ter até 55 alunos, como aponta a professora de filosofia Lúcia Denardi, que leciona na E.E Professora Palmira Grassiotto, em São Bernardo.

“Na escola onde trabalho teve uma sala com 28 alunos que foi fechada. O resultado disso é que lotou outras tantas salas. Nesta condição é inviável conversar, ou debater o tema da aula. Com isso, o aluno finge que aprende, os professores fingem que ensinam e o Estado finge que está cumprindo seu papel. É por isso que muitos alunos se formam sem conseguir interpretar”, constatou Lúcia.

Equipe de Alckmin nega existência de listas de espera
De acordo com a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), o governador Geraldo Alckmin dificulta o acesso à informação e impede que as escolas divulguem as listas de espera.

Para se ter uma ideia, uma das escolas procuradas por Vânia, a E.E. Nelson Monteiro Palma, possui fila de espera que varia entre 200 e 300 alunos.

“Temos denúncias de que algumas salas possuem mais de 60 alunos na Capital. O governador vai ter que reabrir as salas. Vamos estudar medidas legais para isso. Vamos procurar a Justiça”, avaliou a presidente da Apeoesp.

Em nota, o governo Estadual nega as listas de espera: “A Diretoria de Ensino de São Bernardo informa que a rede atende toda a demanda para a Educação Básica, alocando o aluno na unidade de ensino mais próxima.”

Por Karen Marchetti - ABCD Maior
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