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DATA DA PUBLICAÇÃO 04/09/2015 | Setecidades
Corte da Sabesp pode levar São Caetano ao racionamento
Corte da Sabesp pode levar São Caetano ao racionamento São Caetano dependia 100% do Sistema Cantareira até maio deste ano; Estado mudou para o Alto Tietê, que também beira a falência, com nível em apenas 13,4%. Foto: Luiz Augusto Daidone/Prefeitura de Vargem
São Caetano dependia 100% do Sistema Cantareira até maio deste ano; Estado mudou para o Alto Tietê, que também beira a falência, com nível em apenas 13,4%. Foto: Luiz Augusto Daidone/Prefeitura de Vargem
Mauá também está preocupada com nova redução neste mês e convoca audiência com companhia

Um novo corte no abastecimento planejado pela Sabesp, empresa de saneamento gerenciada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), aproximou São Caetano do racionamento de água. Neste mês a companhia estadual pode diminuir em 30% o volume de água enviado para o DAE (Departamento de Água e Esgoto) são-caetanense e também para a Sama (Saneamento de Mauá).

Até o momento, entre as cidades que possuem contrato com o Estado, apenas São Caetano estava fora dos prejuízos empurrados pela Sabesp. Em Mauá, a seca total das torneiras é encarada como realidade e a Administração municipal vai acionar o Estado em audiência pública no próximo dia 25, na Câmara de Vereadores.

São Caetano dependia 100% do Sistema Cantareira até maio deste ano; Estado mudou para o Alto Tietê, que também beira a falência, com nível em apenas 13,4%. Foto: Luiz Augusto Daidone/Prefeitura de Vargem

Em São Caetano, a autarquia responsável pela distribuição reforçou as campanhas de conscientização sobre o consumo responsável e prevê ampliar o período de redução de pressão da água. Atualmente, entre 0h e 6h, a água chega aos lares são-caetanenses com menos pressão. A possibilidade é estender até as 11h. Porém, a administração pública não descarta a hipótese de implantar o racionamento e priorizar bairros onde estão instaladas unidades de saúde. Com o novo corte da Sabesp, o volume de água enviado para o município cai de 480 para 330 metros cúbicos por segundo.

“Estamos totalmente dependentes da Sabesp. Se o consumo da população não atingir o percentual de redução anunciado pela Sabesp, vai faltar água”, explicou o diretor do DAE, Osmar Silva Filho. Nesta semana, o departamento municipal vai iniciar a operação caça vazamentos. O processo vai se estender até dezembro com uma empresa contratada para detectar falhas nas tubulações. “Planejamos também ampliar o período de redução da pressão”, informou. “A população tem de entender que dá para reduzir o consumo sem deixar de usar água para as necessidades básicas do dia a dia.”

CANTAREIRA

O corte da Sabesp se baseia em normativa divulgada pela ANA (Agência Nacional de Águas) que obriga a empresa a reduzir de 13 para 9 metros cúbicos por segundo a retirada do Sistema Cantareira já em setembro. São Caetano dependia 100% desse reservatório até maio deste ano. O Estado decidiu mudar o sistema de abastecimento para o Alto Tietê, que também beira a falência. O Cantareira operava com volume morto em nível negativo de -14% nesta quinta-feira (03/09). Já o Alto Tietê funcionava com 13,4% positivos.

Mauá recebe 30% a menos de água

A margem de 30% a menos no fornecimento de água vem sendo praticada de forma não oficial em Mauá desde o ano passado. Conforme dados da Sama, “a Sabesp, além de estar reduzindo constantemente o fornecimento, fecha os registros todas as vezes que a reservação atinge níveis críticos. Só para se ter uma ideia, em junho de 2013, a Sabesp mandava mais de 1,2 mil litros/segundo, média mensal, para Mauá; em 2014 caiu para 1.000 l/s e em junho de 2015 operou com a média de 930 l/s.”

Em nota, a autarquia municipal ressaltou ainda que a manobra do governo estadual “impede que os técnicos da Sama mantenham o volume necessário para aplicar o rodízio e minimize a situação de bairros mais elevados, que passam dias sem receber água nas torneiras”.

Ainda em nota, o superintendente da Sama, Alessandro Baumgartner, afirmou: “Se implantarmos o racionamento, não será para administrar a água. É porque não teremos mais água para distribuir”.

Sobre a redução prevista para este mês, a Sama explicou que “já foi informada sobre a nova redução e vai continuar operando conforme as possibilidades da autarquia”.

Por Renan Fonseca - ABCD Maior
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