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DATA DA PUBLICAÇÃO 03/02/2016 | Saúde e Ciência
Corrida por vacina antizika já mobiliza setores acadêmico e farmacêutico
Há apenas 30 menções ao zika até agora, porém, em pedidos de patentes.

Sanofi e parceira da Merck já iniciaram projetos; GSK estuda viabilidade.


Mais uma vez o mundo clama para que cientistas e empresas farmacêuticas criem rapidamente uma vacina contra uma doença viral que, no caso mais recente, poucas pessoas tinham ouvido falar até algumas semanas atrás, e menos ainda temiam.

Em teoria, não deveria ser muito difícil produzir uma reação imunológica contra o zika vírus, que está se espalhando pelas Américas, mas criar um produto seguro, eficaz e de pronta entrega que proteja mulheres e meninas em risco não é fácil na prática.

Para começar, cientistas de todo o mundo sabem ainda menos sobre o zika do que sabiam sobre o vírus ebola, que causou uma epidemia jamais vista na África Ocidental no ano passado.

Devido ao seu alto índice de mortandade, o Ebola foi tema de pesquisas sobre bioterrorismo, o que forneceu pelo menos um argumento a favor da busca acelerada por uma vacina. Desta vez, o vácuo de conhecimento é mais preocupante.

Só há 30 menções ao zika em pedidos de patentes – são 1.043 para o Ebola e 2.551 para a dengue, de acordo com o Índice Mundial de Patentes Thomson Reuters Derwent. E só foram publicados 108 estudos de destaque sobre o Zika desde 2001, contra mais de quatro mil a respeito do ebola, como revela a plataforma digital de pesquisa Web of Science.

Ainda assim, o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, a Agência de Saúde Pública do Canadá e o Instituto Butantan, em São Paulo, iniciaram trabalhos com candidatos em potencial a uma vacina para o Zika, e várias empresas de biotecnologia também estão no páreo.

Entre elas está a NewLink Genetics, que ajudou a desenvolver a primeira vacina bem-sucedida contra o ebola junto com a Merck.

Já há ao menos uma grande fabricante de vacinas: a Sanofi informou na terça-feira (1) que vai lançar um programa para criar uma vacina contra o zika, um dia depois de a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter declarado a doença e seus supostos elos com má-formação cerebral de recém-nascidos uma emergência de saúde pública mundial.

A japonesa Takeda Pharmaceutical também disse, nesta quarta-feira (3), que montou uma equipe para investigar como pode ajudar a criar uma vacina, e a GlaxoSmithKline (GSK) está finalizando estudos de viabilidade para determinar se sua tecnologia de produção de vacinas pode servir.

A infecção do Zika é tão amena que, na ampla maioria dos casos, suas vítimas não sabem estar infectadas, por isso é improvável que este grupo de pacientes em potencial precise ou queira ser imunizado.

O grupo alvo crucial são as mulheres que podem estar grávidas, já que a maior ameaça que se suspeita na doença é sua possível conexão com a microcefalia.

Por G1 - Reuters
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