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DATA DA PUBLICAÇÃO 14/01/2014 | Economia
Corrida por pacotes para o Carnaval se intensifica
Corrida por pacotes para o Carnaval se intensifica Foto: Ari Paleta/DGABC
Foto: Ari Paleta/DGABC
Depois de dar adeus ao ano velho, o consumidor se preocupa em garantir tanto riso e alegria quanto lhe for possível no Carnaval. De acordo com agências e operadoras da região, é neste momento que a procura por pacotes para os dias da Folia de Momo aumenta.

“Agora que o ano já entrou, que as pessoas já sabem quanto vão gastar com contas como IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores) e matrículas escolares é que dá para saber o quanto pode ser investido no Carnaval. Essa segurança é que faz os negócios acontecerem”, diz o proprietário da agência de turismo e operadora andreense Me Leva Tur, Daniel Alvino.

O empresário afirma que a preocupação é saber se a viagem vai caber no orçamento depois da Quarta-feira de Cinzas. “Mais de 90% dos clientes parcelam”, observa o empresário, que identifica duas faixas de investimento bem claras na região: em torno de R$ 1.500 e perto dos R$ 4.000.

Entre os destinos mais acessíveis estão Ouro Preto e Muzambinho, em Minas Gerais, e Votuporanga e São Luiz do Paraitinga, em São Paulo. Nas cidades mineiras, que são universitárias, os pacotes incluem comida e bebida e acesso às festas das repúblicas, que são fechadas e competem pela preferência do público com os cordões de rua. “Muitos clientes se dizem mais tranquilos sabendo que o pacote inclui alimentação, bebidas e também acesso às atrações. Assim, dá para ter uma ideia mais exata do quanto o feriado vai custar e também dá a certeza de que ele não vai ficar de fora da badalação”, diz Alvino.

Na faixa de preços mais alta estão Salvador e Rio de Janeiro, dois dos mais disputados destinos para passar os dias de Momo no planeta. Aliás, para quem gosta de música, bailes, cortejos e lindas fantasias, fora do Brasil só valem a pena as festas realizadas em Nova Orleans (Estados Unidos) e Veneza (Itália). O interessante é que quem viaja para o Exterior nesta época não tem o menor interesse carnavalesco.

Para Salvador, com o ingresso de uma noite para o trio elétrico Chiclete com Banana, o desembolso fica em torno de R$ 3.700. Para o Rio, com uma noite no desfile das escolas de samba, são R$ 3.500.

“Com os preços do Nordeste valorizados, muitas vezes o valor dos pacotes empata com os do Caribe, por exemplo”, diz Dulce Bonaldo, gerente de produto da Viajanet, operadora virtual com sede em São Caetano. “Muitos dos nossos clientes veem o Carnaval só como um superferiado que dá para emendar a semana e isso tudo torna a possibilidade de viajar para o Exterior ainda mais atraente”, diz Dulce. “Quem se antecipou na compra pagou entre R$ 3.000 e R$ 3.500 para fazer um roteiro internacional”, completa.

Os consumidores do Grande ABC que preferem descansar no feriado, longe da farra, estão optando por um destino econômico, e que, de quebra, permite fazer compras em Ciudad del Este, no Paraguai. Basta atravessar a ponte. É possível viajar a partir de R$ 1.195. “As pessoas que querem distância da bagunça procuram preço bom. Uma cliente queria Natal, mas pela metade do preço optou por Foz”, disse Carla Abad, proprietária da Abad Viagens e Turismo, de São Bernardo. Ela informa, ainda, que Florianópolis também tem demanda pelo preço acessível, a partir de R$ 1.438.

DÓLAR - A ressaca de uma temporada vivida em dólares não preocupa a clientela das agências. Isso apesar da volatilidade da moeda norte-americana, que teve grandes flutuações nos últimos meses, sendo cotada a R$ 2,48 (modalidade turismo de ontem), e do custo do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que é de 6,38% para as operações com cartões de crédito ou débito realizadas em outros países, e de 0,38% para a compra de moeda estrangeira em espécie. “A procura por viagens internacionais deu uma caída no fim do ano, mas agora está voltando, e as pessoas têm procurado bastante para o Carnaval, principalmente quem pode emendar a semana”, explica a gerente de produto da são-caetanense JVS Tour, Pâmella Nogueira.

“Há experiências que só são possíveis no Exterior. Por isso o custo do dólar não impede quem, por exemplo, quer ver um glaciar na Patagônia, algo que só se pode fazer nessa época do ano”, diz a diretora da operadora paulistana Vivaterra, Sylvia Silva. “Além disso, porque este ano será atípico, com a Copa do Mundo no meio do ano, muita gente está antecipando sua agenda de viagens”, completa. Dez dias saem por R$ 8.680.

Buenos Aires, na vizinha Argentina, é a campeã de procura internacional das agências de turismo da região para o feriado. Cinco dias custam R$ 2.289. “Muita gente também procura Orlando para fazer compras nos outlets e aproveita para ir em um ou dois parques da Disney”, conta Pâmela. Neste caso, a viagem durante o Carnaval sai por R$ 5.400.

Para superar eventual rejeição aos custos em dólar, gigantes como a CVC adotaram a estratégia de oferecer câmbio mais barato. Nos últimos dias, a operadora estava vendendo pacotes com a moeda a R$ 2,17.

Por Andréa Ciaffone e Soraia Abreu Pedrozo - Diário do Grande ABC
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