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DATA DA PUBLICAÇÃO 15/01/2010 | Geral
Corpo de Zilda Arns chega a Curitiba; velório será aberto ao público
O corpo da médica Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, vítima do terremoto que atingiu o Haiti na terça-feira, chegou às 10h20 desta sexta-feira a Curitiba (PR), foi recebido por cerca de 50 familiares, e seguiu em caminhão dos bombeiros até o Palácio das Araucárias, sede oficial do governo do Paraná, onde será velado a partir das 11h.

O velório será aberto ao público até as 13h, quando será realizada uma celebração apenas com os familiares. Após as 14h, a visitação volta a ser aberta. O enterro será no sábado no Cemitério da Água Verde, em Curitiba, onde estão enterrados familiares da vítima.

O corpo da médica chegou a Brasília às 3h30 de hoje em um caixão parafusado, segundo seu sobrinho, o senador Flávio Arns (PSDB-PR), que também integrou a comitiva. Após ser desembarcado, ele seguiu para uma funerária de Brasília para ser preparado para o enterro.

Junto no avião também veio a irmã Rosangela Altoé, que trabalhava com Zilda na Pastoral da Criança. Muito abalada e com um ferimento na mão esquerda, ela relatou que estava a cinco metros de Arns quando houve o desabamento do prédio em que estavam.

"Ela [Zilda] já saía do local quando ocorreu o terremoto. Foi por uma questão de minutos que ela não se salvou", disse.

No mesmo voo, retornou ao Brasil o ministro Nelson Jobim (Defesa), que foi ao Haiti para verificar a situação do país.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), confirmaram presença no velório.

Missão

Zilda estava em Porto Príncipe, capital do Haiti, para uma missão humanitária. Ela era irmã do cardeal dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo.

Em nota, ele disse que ouviu emocionado a notícia que sua "caríssima" irmã sofreu "com o bom povo do Haiti o efeito trágico do terremoto". Para o religioso, não é hora de perder a esperança.

"Que nosso Deus, em sua misericórdia, acolha no céu aqueles que na terra lutaram pelas crianças e os desamparados. Não é hora de perder a esperança", diz dom Paulo na nota.

Em nota, a família de Zilda pede que em vez de enviar coroas de flores, sejam feitas doações para o trabalho da Pastoral da Criança, "como seria o desejo dela".

Quem desejar fazer doações, deve acessar o site da pastoral para mais informações. "Essa seria a melhor maneira de homenagear concretamente a Dra. Zilda Arns Neumann, ajudando com isso a salvar vidas", diz a família na nota.

Nascida em 1934, Zilda era representante da CNBB (Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil) e fundadora também da Pastoral da Pessoa Idosa.

Ela também era membro do Conselho Nacional de Saúde e membro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

Viúva e mãe de cinco filhos, ela era empenhada em causas ligadas ao combate à mortalidade infantil, desnutrição e violência familiar. Ela chegou a ser indicada ao prêmio Nobel da Paz em 2006 e recebeu outros diversos prêmios.

Brasileiros

Segundo reportagem da Folha, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou na madrugada de hoje, ao desembarcar em Brasília, que 17 brasileiros morreram no terremoto de 7 graus que devastou a capital do país.

O governo do Haiti enterrou nesta quinta-feira 7.000 em uma vala comum, diante de estimativas de que as vítimas podem chegar aos 50 mil.

Jobim afirmou que, até o momento, há 14 militares e três civis brasileiros mortos. Os militares já haviam sido confirmados pelo Comando do Exército na manhã de ontem.

O ministro disse ainda que os quatro militares tidos como desaparecidos estão mortos --informação que não é confirmada pelo Comando do Exército. "Evidente que nesse momento, a palavra desaparecido funciona como um eufemismo."

Há cerca de 1.310 brasileiros no Haiti, dos quais cerca de 50 são civis. O Brasil possui 1.266 militares na missão de paz da ONU, Minustah (missão de estabilização da ONU liderada pelo Brasil), enviada ao país depois de uma sangrenta rebelião, em 2004, que sucedeu décadas de violência e pobreza.

Por Estelita Hass Carazzai - Agência Folha, em Curituba / Folha Online
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