DATA DA PUBLICAÇÃO 19/06/2009 | Economia
Cooperativa da Volks pode fechar
As duas unidades da Cooperativa da Volkswagen na região, em São Bernardo e Santo André, passam por dificuldades financeiras e não pagam os funcionários desde o 5º dia útil do mês. Segundo o Sindicato dos Empregados do Comércio de Santo André e Região, a unidade andreense deve ser fechada.
Ao todo, cerca de 230 trabalhadores atuam nas lojas. Segundo o diretor do sindicato, Jonas José dos Santos, a cooperativa está negociando uma possível venda. "Sabemos que a unidade de Santo André fechará, os cerca de 120 trabalhadores serão demitidos e o espaço físico deverá ser alugado para uma rede varejista da região", afirmou.
Desde outubro, a cooperativa sinaliza que as contas não vão bem. "Os salários de abril tiveram de ser pagos em duas parcelas e os trabalhadores têm sofrido com os atrasos", destacou o diretor.
O nome da rede varejista que negocia com a cooperativa é mantido em sigilo para não atrapalhar o andamento dos trabalhos.
A preocupação do sindicato é de que haja liberação imediata para acertar as contas com os funcionários. "O prazo que demos à empresa acaba amanhã (hoje) e vamos nos reunir com os trabalhadores para decidir que rumo tomar", explicou Jonas.
O sindicalista lamentou o fato de não ser possível reverter as demissões na unidade de Santo André. "As contas da companhia não permitem manter as duas lojas, eles decidiram priorizar São Bernardo. É possível que haja um remanejamento de funcionários, mas o saldo final deve diminuir de 230 para cerca de 90 funcionários atuando somente em São Bernardo."
A direção da cooperativa não quis se pronunciar sobre as negociações, mas assumiu que a empresa passa por dificuldades financeiras.
Além da região, a cooperativa tem unidade em Taubaté (SP), que segundo especulações também deve ser fechada. A Cooperativa Volkswagen foi fundada em 1959 por funcionários da montadora, à época recém-instalada no Brasil. Desde o fim da Autolatina, na década de 80, o supermercado não tem mais vínculos com a empresa.
Expansão da Coop deve-se à estratégia moderna de gestão
Ao contrário da Cooperativa da Volkswagen, cuja unidade de Santo André deverá fechar suas portas, a Coop é um exemplo de cooperativismo que deu certo.
Isso porque ela é hoje a maior cooperativa de consumo da América Latina, e ampliou sua rede ao longo dos anos, bem como o acesso aos consumidores. Criada em 1954 por 292 funcionários da indústria francesa Rhodia, ela completa neste ano 55 anos de funcionamento e possui 1,5 milhão cooperados. A rede, destinada inicialmente aos trabalhadores da Rhodia, tornou-se aberta ao público em 1976, uma ação permitida pela lei do cooperativismo. Assim, modificou sua razão social para Coop Cooperativa de Consumo, e em seu primeiro ano de formato novo saltou de 20 mil para 80 mil associados, depois para 150 mil e continua crescendo.
A Rhodia nunca participou como sócia, pois a rede sempre pertenceu aos funcionários. A indústria francesa apenas incentivava e até cedia seu nome.
Além da abertura ao público, em 1995, a rede passou a investir em tecnologia de ponta com a integração dos checkouts (caixas). Em seguida, voltou sua atenção para a estrutura logística e comercial. No biênio 1996/1997 houve a mudança da logomarca (antes era Cooperhodia) e o investimento na expansão do mix de produtos de 10 mil para 18 mil itens. Cabe lembrar que desde 1988 a companhia investe em marcas próprias.
Região - A Coop conta hoje com 27 unidades de distribuição em operação sendo 20 delas instaladas no Grande ABC. A rede detém 24% de share na região e ocupa o 11º lugar em fornecimento bruto no ranking da Abras (Associação Brasileira de Supermercados).
Colaborou Banco de Dados
(Tauana Marin)
Ao todo, cerca de 230 trabalhadores atuam nas lojas. Segundo o diretor do sindicato, Jonas José dos Santos, a cooperativa está negociando uma possível venda. "Sabemos que a unidade de Santo André fechará, os cerca de 120 trabalhadores serão demitidos e o espaço físico deverá ser alugado para uma rede varejista da região", afirmou.
Desde outubro, a cooperativa sinaliza que as contas não vão bem. "Os salários de abril tiveram de ser pagos em duas parcelas e os trabalhadores têm sofrido com os atrasos", destacou o diretor.
O nome da rede varejista que negocia com a cooperativa é mantido em sigilo para não atrapalhar o andamento dos trabalhos.
A preocupação do sindicato é de que haja liberação imediata para acertar as contas com os funcionários. "O prazo que demos à empresa acaba amanhã (hoje) e vamos nos reunir com os trabalhadores para decidir que rumo tomar", explicou Jonas.
O sindicalista lamentou o fato de não ser possível reverter as demissões na unidade de Santo André. "As contas da companhia não permitem manter as duas lojas, eles decidiram priorizar São Bernardo. É possível que haja um remanejamento de funcionários, mas o saldo final deve diminuir de 230 para cerca de 90 funcionários atuando somente em São Bernardo."
A direção da cooperativa não quis se pronunciar sobre as negociações, mas assumiu que a empresa passa por dificuldades financeiras.
Além da região, a cooperativa tem unidade em Taubaté (SP), que segundo especulações também deve ser fechada. A Cooperativa Volkswagen foi fundada em 1959 por funcionários da montadora, à época recém-instalada no Brasil. Desde o fim da Autolatina, na década de 80, o supermercado não tem mais vínculos com a empresa.
Expansão da Coop deve-se à estratégia moderna de gestão
Ao contrário da Cooperativa da Volkswagen, cuja unidade de Santo André deverá fechar suas portas, a Coop é um exemplo de cooperativismo que deu certo.
Isso porque ela é hoje a maior cooperativa de consumo da América Latina, e ampliou sua rede ao longo dos anos, bem como o acesso aos consumidores. Criada em 1954 por 292 funcionários da indústria francesa Rhodia, ela completa neste ano 55 anos de funcionamento e possui 1,5 milhão cooperados. A rede, destinada inicialmente aos trabalhadores da Rhodia, tornou-se aberta ao público em 1976, uma ação permitida pela lei do cooperativismo. Assim, modificou sua razão social para Coop Cooperativa de Consumo, e em seu primeiro ano de formato novo saltou de 20 mil para 80 mil associados, depois para 150 mil e continua crescendo.
A Rhodia nunca participou como sócia, pois a rede sempre pertenceu aos funcionários. A indústria francesa apenas incentivava e até cedia seu nome.
Além da abertura ao público, em 1995, a rede passou a investir em tecnologia de ponta com a integração dos checkouts (caixas). Em seguida, voltou sua atenção para a estrutura logística e comercial. No biênio 1996/1997 houve a mudança da logomarca (antes era Cooperhodia) e o investimento na expansão do mix de produtos de 10 mil para 18 mil itens. Cabe lembrar que desde 1988 a companhia investe em marcas próprias.
Região - A Coop conta hoje com 27 unidades de distribuição em operação sendo 20 delas instaladas no Grande ABC. A rede detém 24% de share na região e ocupa o 11º lugar em fornecimento bruto no ranking da Abras (Associação Brasileira de Supermercados).
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(Tauana Marin)
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