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DATA DA PUBLICAÇÃO 23/01/2013 | Geral
Contra abusos, internações compulsórias terão fiscalização
Contra abusos, internações compulsórias terão fiscalização Governo do Estado afirma que não haverá abuso em internações; manifestantes são contra, acusando “higienização” social. Foto: Agência Brasi
Governo do Estado afirma que não haverá abuso em internações; manifestantes são contra, acusando “higienização” social. Foto: Agência Brasi
Internações de usuários de álcool e drogas teve início nesta segunda-feira, em São Paulo

O início da internação compulsória de dependentes de drogas e álcool na cidade de São Paulo teve início nesta segunda-feira (21/01) com a promessa de que não haverá abuso de força e de autoridade. A ação, com foco nos usuários de crack que vivem na região da Luz, apelidada de “cracolândia”, no centro da Capital, desperta atenção devido aos problemas de violência associados à atuação do governo estadual na área, sintetizada pela Operação Sufoco, realizada há pouco mais de um ano no local.

“Nós esperamos que isso não aconteça. Não só o Poder Judiciário. O Ministério Público, a própria OAB (Ordem dos Avogados do Brasil) e a Defensoria Pública, todos nós estaremos atentos ao resguardo da dignidade da pessoa humana”, afirmou o desembargador do Tribunal de Justiça Antônio Carlos Malheiros.

A secretária de Justiça da Capital, Eloisa Arruda, afirmou que todas as tentativas para que as interações sejam realizadas de maneira voluntária serão tentadas.

“Existem agentes que estão atuando nas ruas. Contamos com mais de 50 abordadores sociais, além das equipes de saúde da Prefeitura e assistência social tentando as internações voluntárias. Mas há situações em que a pessoa, além de usar drogas, tem também outras doenças”, garantiu a secretária.

O Cratod (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas), para onde serão encaminhados os internados, já recebe usuários de drogas que buscam voluntariamente tratamento. De acordo com as secretarias de Saúde e de Justiça, somente serão encaminhas ao local, para que se abra um processo de internação compulsória, pessoas que estejam correndo risco de morte ou oferecendo perigo a outras pessoas.

Contrários - Manifestantes protestaram em frente ao Cratod durante o lançamento das medidas.

“Eles estão começando do final e não do começo”, lamenta o padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo da Rua. Para ele, as medidas anunciadas não garantem atendimento adequado aos dependentes químicos. “Nós não temos CAPs (Centro de Apoio Psicossocial) para toda a cidade. Temos só 22 e, desses, só dois funcionam 24 horas. Precisamos ter uma rede de atendimento na cidade que cubra toda a demanda. Hoje, por exemplo, se todos que estão aqui quiserem se internar compulsoriamente, tem lugar? Não tem. A internação compulsória está prevista na lei, mas é considerada uma exceção”, reclama o padre.

Por ABCD Maior - Redação com Agência Brasil
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