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DATA DA PUBLICAÇÃO 05/05/2015 | Economia
Conta de luz segue cara em maio
Conta de luz segue cara em maio Foto: Denis Maciel/DGABC
Foto: Denis Maciel/DGABC
A conta de luz dos brasileiros vai permanecer cara em maio. Pelo quinto mês seguido, a bandeira tarifária adotada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) será vermelha, o que significa que os custos de geração de energia seguem elevados, por causa da crise hídrica, com o baixo nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas e a necessidade de se acionar termelétricas para suprir o consumo de eletricidade no País.

Pelo sistema de bandeiras tarifárias, as cores verde, amarela e vermelha indicam se a energia custará mais ou menos por causa das condições de geração energética. Na verde, as condições são favoráveis e a tarifa não sofre acréscimo; na amarela, são menos benéficas, e há aumento de R$ 2,50 para cada 100 kWh (quilowatts-hora); e, na vermelha, são mais custosas, e a tarifa tem ampliação de R$ 5,50 para cada 100 kWh consumidos – ou proporcionalmente, pela fração desse consumo.

Uma série de fatores conjunturais colabora para a crise hídrica, que vem desde 2013, segundo especialistas. O diretor da consultoria Thymos Energia, Ricardo Saboia, cita que, além da falta de chuvas, houve atraso estrutural na oferta de geração de energia hidrelétrica, com o demora na construção de usinas desse tipo. “E como o despacho (o acionamento) térmico tem custo alto, é necessário o acréscimo”, diz.

O professor Sérgio Valdir Bajai, do curso de pós-graduação em Planejamento Energético da Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp, assinala que o valor da bandeira tarifária não é tão elevado quanto o custo da tarifa, que sofreu forte reajuste – 31,9% no caso da elevação autorizada para a AES Eletropaulo em fevereiro, que entrou em vigor em março –, mas é uma sinalização para o consumidor de que o desembolso com eletricidade segue alto para o País. Bajai explica que, no momento atual, de níveis baixos nos reservatórios das hidrelétricas, a Aneel deve seguir com a bandeira vermelha pelo menos até setembro, e não está afastado o risco de racionamento de energia neste ano, se a situação hidrológica não melhorar, ou seja, se não chover mais. Ele acrescenta que o custo adicional de R$ 5,50 para cada 100 kWh não é cumulativo na conta, ou seja, não se sobrepõe a aumento do mês anterior. No entanto, esse valor também sofreu elevação: no início do ano, essa bandeira estava em R$ 3 a cada 100 kWh, tendo sido majorada em 1º de março.

PESO NO ORÇAMENTO - Para consumidores da região, a conta de luz, neste ano, está pesando bem mais no bolso. O autônomo Benedicto Pisani, 66 anos, morador de São Caetano, viu o valor da tarifa aumentar, junto com custos mais altos de água, impostos e também de supermercado. Sua fatura deste mês está em R$ 87,28, para um consumo de 163 Kwh. Em outubro do ano passado, ele usou mais eletricidade em sua casa, 182 Kwh, mas o valor pago para a concessionária foi bem menor (R$ 63,99), o que dá uma diferença de R$ 23. “Quaisquer R$ 20 ou R$ 30 fazem falta, já que tudo está mais caro, não sei onde vamos parar desse jeito”, desabafa.

O aposentado Eleotério Domenech, 69, da mesma cidade, também reclama da situação. Ele diz que está pagando quase R$ 120, enquanto, no ano passado, a conta girava em R$ 70. “Minha aposentadoria só subiu 6%. Acaba pesando, não tem de onde tirar”, afirma.

Por Leone Farias - Diário do Grande ABC
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