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DATA DA PUBLICAÇÃO 04/07/2013 | Economia
Consumidores pisam no freio nas compras
Consumidores pisam no freio nas compras Foto: Denis Maciel/DGABC
Foto: Denis Maciel/DGABC
Com cada vez menos dinheiro disponível depois de pagar as contas, o consumidor está apertando os cintos e reduzindo seus planos de fazer compras de bens duráveis ao nível mais baixo dos últimos 11 anos. Esse clima de insegurança não ocorria desde 2002, quando houve grande desvalorização do real e incerteza no cenário político com o fim do governo Fernando Henrique Cardoso.

“A massa real de salários, o volume de crédito no mercado, a taxa de juros, o prazo médio de pagamento, o comprometimento de renda e a inadimplência têm afetado muito o ânimo de compra e a tendência é de forte desaceleração do consumo até o fim de 2013”, argumenta Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Conselho do Provar/FIA, entidade que trimestralmente pesquisa a intenção de consumo dos paulistanos.

De acordo com o estudo, entre os meses de julho e setembro, apenas 50,4% dos paulistanos pretendem adquirir um bem durável, índice 8,8 pontos percentuais menor do que o registrado no segundo trimestre, em que se verificou que 59,2% tinham intenção de ir às compras. O índice inclui a intenção de adquirir imóveis, que nestes meses do ano é a menor já registrada: 3,4%.

Como o trimestre que vai de abril a junho inclui o Dia das Mães e o Dia dos Namorados – a segunda e a terceira melhor data para o comércio, respectivamente – o mais justo é comparar com o mesmo trimestre do ano passado, quando o índice era de 53,8%. Ou seja, mesmo assim houve queda de 3,4 pontos percentuais.

BOLSO CURTO

A pesquisa apontou que, depois do pagamento das despesas, sobra apenas 8,3% no orçamento das famílias para novas aquisições. Essa fatia que resta do bolo está cada vez mais fina. No terceiro trimestre do ano passado, era de 12,3%.

Esses quatro pontos percentuais migraram quase que em sua totalidade para o item crediário entre os compromissos que absorvem a renda das famílias. A pesquisa mostra que o percentual da renda comprometida com prestações saltou de 16,1% nos meses de julho, agosto e setembro de 2012 para 19,7% neste ano.

De acordo com o estudo, dentre as principais despesas das famílias estão alimentação, que consome 21% do orçamento, e Educação com 20,4%. Em quarto lugar, depois do crediário, ficam os gastos com habitação que absorvem 13%. Nesses três itens não houve variação importante nos últimos quatro trimestres.

INADIMPLÊNCIA

Os economistas responsáveis pela Pesquisa Trimestral de Intenção de Compra Provar/FIA consideram alarmante a expectativa de inadimplência de 7,6% para os meses de julho, agosto e setembro. Vale lembrar que inadimplente é aquele que não consegue pagar seus parcelamentos por mais de 90 dias e, com isso, sofre restrições de crédito.

Mesmo assim, o crediário é visto pela ampla maioria dos pesquisados como alternativa para o acesso a novas aquisições. No segmento de viagens e turismo, a intenção de parcelar as compras atinge 85,2%.

Os economistas também demonstram preocupação com a baixa adesão à poupança por parte das famílias. Dentre os pesquisados, 34% informaram ter poupado algum valor entre abril e junho. Para este trimestre, a pretensão de guardar dinheiro foi declarada por apenas 22%. O valor médio pretendido para reserva nos meses de julho e setembro é de R$ 1.572.

Por Andréa Ciaffone - Diário Online
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