NOTÍCIA ANTERIOR
Acesso a quatro bairros será melhorado em São Bernardo
PRÓXIMA NOTÍCIA
Sacola confunde consumidor
DATA DA PUBLICAÇÃO 26/01/2012 | Setecidades
Consumidores do ABCD ainda usam sacolas plásticas
Consumidores do ABCD ainda usam sacolas plásticas   Apesar da campanha, nesta quarta, Joanin ainda distribuía sacolas plásticas aos clientes. Foto: Andris Bovo
Apesar da campanha, nesta quarta, Joanin ainda distribuía sacolas plásticas aos clientes. Foto: Andris Bovo
Apesar de retirarem as sacolas dos caixas, alguns varejistas continuam a oferecer a antiga opção aos clientes

Os consumidores que foram às compras nesta quarta-feira (25/01) exercitaram a criatividade durante o primeiro dia da campanha da Apas (Associação Paulista de Supermercados) e do governo do Estado que coloca fim na distribuição das sacolas de plásticos derivadas de petróleo. Os mais prevenidos entravam nos supermercados munidos com as ecobags (sacolas retornáveis). Já aqueles mais distraídos tiveram de improvisar, e em alguns casos exigiram o uso das sacolas plásticas comuns.

“Esqueci de trazer a sacola, então pedi para o caixa. A moça liberou, mas disse que faria isso só desta vez, por ser o primeiro dia”, explicou o aposentado Gino Bosio, 75 anos. No supermercado Joanin, apesar de as sacolas comuns terem desaparecido dos caixas, os consumidores que exigiam a sacolinha, nesta quarta, recebiam as unidades.

“Me enganei de dia. Pensei que a campanha começava na quinta. Porém, não quis comprar sacola, então pedi as comuns”, comentou o porteiro Carlos de Oliveira Campos, 49 anos. Além da antiga opção, o varejista ainda oferece sacolas retornáveis ao custo de R$ 1,00 e as biodegradáveis a R$ 0,19.

Venda - Na Coop (Cooperativa de Consumo), a campanha está sendo seguida à risca. Os clientes que se esqueceram de levar as ecobags tiveram de comprar as sacolas no local. “Agora tem de se programar para vir ao mercado, pois se vier de emergência, temos de comprar sacolas ou trazer os produtos na mão. Isso é um absurdo”, desabafou o funcionário público Osmir Silveiro Camargo, 57 anos.

Para quem estava de carro, a situação foi mais fácil. Caixas de papelão eram distribuídas gratuitamente aos consumidores, e aqueles que não quiseram a opção colocavam as compras soltas no porta-malas.

Para o vendedor Rowen Tonello, 24 anos, a campanha tem um lado bom e outro ruim. “O positivo é que vamos melhorar o meio ambiente. Mas, por outro lado, ao usar as sacolas retornáveis amassamos os produtos e perdemos a qualidade dos mesmos”, avaliou. Apesar disso, Tonello acredita que o sacrifício vale a pena. “Se é para preservar o planeta temos defazer”, destacou.

Intenções - Já a dona de casa Jamile Assef, 63 anos, desconfia que existam outras intenções, além das ambientais, por detrás da campanha. “Alguém vai ganhar com a venda dos sacos de lixo e das sacolas retornáveis”, destacou. Para a moradora de São Bernardo, a medida só seria ambiental se o governo estadual optasse pela volta do sistema onde o caminhão do lixo recolhia os resíduos de dentro das latas de lixo das ruas, ao invés de sacolas. “Os sacos de lixo e sacolas biodegradáveis vão continuar a poluir e entupir bueiros, a não ser que não precisemos mais deles”, disse.

Para Jamile, a solução está na educação ambiental e no bom exemplo a ser dado pelos governantes. “Sabemos que as pessoas são mal educadas, mas também é preciso que o próprio governo sirva de exemplo. Nas ruas não vemos latas de lixo para produtos reciclados, então como cobrar da população que recicle lixo”, questionou.

Propagandas – A opinião da população está dividida com a circulação de vídeos e propagandas favoráveis e contrárias à iniciativa nos canais de televisão e na internet. Enquanto a Apas e o governo estadual tentam explicar os objetivos da campanha e as grandes redes anunciam em seus comerciais o fim das sacolas plásticas, a Plastivida (Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos) e a Abief (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas) incentivam os consumidores a exigirem as sacolas comuns.

Na publicidade, a Plastivida e a Abief dizem que o Tribunal de Justiça de São Paulo garante o direito à livre distribuição das sacolas plásticas e que o problema não é a sacola plástica, mas sim o desperdício. Para eles, a solução não é o banimento, mas sim a educação para o consumo responsável.

Apesar de não existir lei que obrigue as redes de aderirem à campanha Vamos Tirar o Planeta do Sufoco, no ABCD e em todo o Estado grandes e pequenos varejistas apóiam a iniciativa. Para a Apas, a campanha motiva uma mudança de comportamento e a saída da cultura de descarte. A Associação ainda alerta que esta será apenas a ponta do iceberg, uma vez que a Lei Nacional de Resíduos Sólidos prevê a logística reversa, onde as embalagens voltam aos fabricantes, de modo que outras campanhas no mesmo estilo estão a caminho.

Por Claudia Mayara - ABCD Maior
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Setecidades - Clique Aqui
As últimas | Setecidades
25/09/2018 | Acidente na Tibiriçá termina com vítima fatal
25/09/2018 | Santo André quer tombar 150 jazigos de cemitérios municipais
21/09/2018 | Região ganha 13 mil árvores em um ano
As mais lidas de Setecidades
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7717 dias no ar.